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O cientista americano e Prêmio Nobel de Medicina Robert Furchgott, cuja pesquisa sobre os efeitos de um gás na dilatação dos vasos sanguíneos abriu caminho para drogas contra a impotência como o Viagra, morreu aos 92 anos, informou a imprensa americana neste domingo.
Furchgott faleceu na terça-feira passada, em Seattle, disse sua filha ao jornal “New York Times”.
A pesquisa conduzida por Furchgott e seus colegas Louis Ignarro e Ferid Murad revelou que o óxido nítrico tem um papel vital no sistema cardiovascular humano e na regulação da pressão e da circulação sanguíneas.
A academia sueca concedeu aos três pesquisadores o Nobel de Medicina em 1998, assinalando que os cientistas provaram, pela primeira vez, os importantes efeitos de um gás nas funções bioquímicas do corpo humano.
A descoberta do papel do óxido nítrico – um gás incolor e inodoro – na dilatação e contração dos vasos sanguíneos foi fundamental para o laboratório Pfizer desenvolver o sildenafil, lançado no mercado sob o nome de Viagra.
Furchgott nasceu em Charleston, na Carolina do Sul, em 4 de junho de 1916, e desde jovem se dedicou às ciências naturais.
Formado em química pela Universidade da Carolina do Norte, Furchgott obteve doutorado em bioquímica em 1940, na Northwestern University.
O cientista trabalhou durante vários anos na State University, de Nova York, e continuou pesquisando e lecionando até os 80 anos.
Em 1978, descobriu, acidentalmente, em elemento das células endoteliais que dilatava os vasos sanguíneos e o descreveu como fator de dilatação derivado do endotélio ou EDRF. Oito anos mais tarde, concluiu que o EDRF era de fato o óxido nítrico.
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