A abertura da exposição “Nego Miranda no acervo do Museu Alfredo Andersen” ocorre no dia 25 de abril, às 18 horas, na Casa Rocha Pombo (Largo Dr. José Pereira, 43), com visita guiada feita pelo próprio fotógrafo. Já a mostra “Jesus Santoro, a revelação de um mestre”, abre no mesmo dia, mas um pouco mais tarde, às 19h30, no Instituto Mirtillo Trombini (Alameda João de Almeida, 20). A entrada de ambas é gratuita.
“Nego Miranda no acervo do Museu Alfredo Andersen”
Carlos Alberto Xavier de Miranda – o Nego Miranda – nasceu em Curitiba no ano de 1945, dez anos após a morte de Alfredo Andersen (1860-1935), pintor norueguês que chegou ao Paraná no final do século 19 e aqui viveu até sua morte, aos 75 anos.
Nome referencial na história da arte, tanto pelo trabalho artístico como pela contribuição ao ensino da arte no Paraná, Andersen teve sua residência em Curitiba transformada em museu, que leva seu nome. Esse espaço cultural promove diversas atividades para preservar e divulgar a obra do mestre, entre elas projetos para incentivar interpretações e leituras contemporâneas sobre a arte de Andersen.
Essa é a origem da coleção fotográfica assinada por Nego Miranda. Viajando pelo Paraná em busca de lugares que Andersen percorreu e retratou, o fotógrafo nos revela, com técnica apurada e sensível percepção artística, a atmosfera contemporânea de paisagens que o pincel de Andersen eternizou cem anos atrás.
“Jesus Santoro, a revelação de um mestre”
O Museu da Imagem e do Som do Paraná (MIS-PR) apresenta uma seleção inédita de imagens de seu acervo, organizada em mostra de especial significado: trata-se da primeira exposição dedicada à arte quase desconhecida de Jesus Santoro (1924-2003), fotógrafo mineiro radicado no Paraná, que influenciou grandes nomes da fotografia em nosso Estado, mas cujo trabalho foi bem pouco difundido em vida.
Com curadoria do fotógrafo contemporâneo João Urban, esta exposição leva, agora, o nome e a obra de Jesus Santoro a todas as regiões do Estado. São 31 imagens que registram a sensibilidade artística do autor, reconhecido em seu tempo pela maestria técnica, cujos segredos compartilhava generosamente com jovens fotógrafos ou discípulos que frequentavam seu ateliê.
Estilo e visão autoral sempre andaram juntos no trabalho de Santoro, mesmo aqueles feitos sob encomenda por grandes empresas (fotografou, por exemplo, as obras de instalação da Refinaria do Paraná, a Repar, em Araucária, na década de 1970). Estreitamente ligado à vida cultural, fez a direção de fotografia do primeiro filme de Sylvio Back (As Moradas, 1964), e teve grande atuação no estúdio fotográfico em sociedade com Francisco Kava Sobrinho, a Prisma Realizações, espaço sempre aberto a estudantes e profissionais de fotografia, interessados em seus ensinamentos técnicos ou nas câmaras escuras onde eram revelados, entre outros, os registros de passeatas estudantis e protestos contra a ditadura militar.
Nos anos 1990, isolou-se no sítio de um amigo na Serra do Mar. Retirado, fazia esculturas, vendia milho cozido na beira da estrada e recebia poucos amigos. Morreu só, deixando um valiosíssimo acervo de mais de 23 mil negativos fotográficos, hoje incorporados ao acervo do MIS-PR.
Serviço: Exposição “Nego Miranda no acervo do Museu Alfredo Andersen”. Abertura: 25 de abril, às 18 horas, com visita guiada feita pelo próprio fotógrafo. Local: Casa Rocha Pombo (Largo Dr. José Pereira, 43). Período expositivo: até 2 de junho de 2013. Entrada gratuita.
Exposição mostra “Jesus Santoro, a revelação de um mestre”. Abertura: 25 de abril, às 19h30. Local: Instituto Mirtillo Trombini (Alameda João de Almeida, 20). Período expositivo: até 2 de junho de 2013. Entrada gratuita.