Muito mais do que frases

Lembre frases marcantes de grandes nomes da política

Como dizia Vinicius de Moraes, “a vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida”. E, com a devida licença do poetinha, a política também não deixa de ser uma arte do encontro, embora haja tanto desencontro por aí. E sempre previsíveis…

Mas, hoje, tempos mais do que sombrios na política brasileira (não é que o Eduardo Bolsonaro chegou a defender a volta do abominável AI-5 da ditadura civil/militar de 64), há quem tenha pulado de Vinicius para outros personagens que entraram para a História. Pelo bem e pelo mal.

– O único ditador que eu aceito é a voz silenciosa da minha consciência.

Mahatma Gandhi

– Não possuímos direito maior e mais inalienável do que o direito ao sonho. O único que nenhum ditador pode reduzir ou exterminar.

Jorge Amado

– Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História.

Getúlio Vargas, ex-presidente do Brasil.

– Sinto-me feliz, todas as noites, quando ligo a televisão para assistir ao jornal. Enquanto as notícias dão conta de greves, agitações, atentados e conflitos em várias partes do mundo, o Brasil marcha em paz, rumo ao desenvolvimento. É como se eu tomasse um tranquilizante após um dia de trabalho.

General Emílio Garrastazu Médici, durante a ditadura civil/militar.

– A corrupção é o cupim da República.

Ulysses Guimarães, presidente da Assembleia Constituinte de 1988.

– De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.

Ruy Barbosa

– O dinheiro não é só facilmente dobrável como dobra facilmente qualquer um.

Millôr Fernandes

– Leis são como teias de aranha: boas para capturar mosquitos, mas os insetos maiores rompem sua trama e escapam.

Sólon

– O processo ditatorial, o processo autoritário, traz consigo o germe da corrupção. O que existe de ruim no processo autoritário é que ele começa desfigurando as instituições e acaba desfigurando o caráter do cidadão.

Tancredo Neves

– É a maldição do ofício: as promoções se obtêm só por pedidos e amizades, não pelos velhos meios em que herdava sempre o segundo o posto do primeiro.

William Shakespeare

– Os políticos e as fraldas devem ser trocados frequentemente e pela mesma razão.

Eça de Queirós

– Que sorte para os ditadores que os homens não pensem.

Adolf Hitler

– Viver é perigoso.

Riobaldo, em Grande Sertão: Veredas, de Graciliano Ramos.

E também merece registro um diálogo. Tempos atrás, Museu Oscar Niemeyer, o Museu do Olho, em Curitiba. Darcy Ribeiro, acompanhado de um amigo índio, conversava com Oscar Niemeyer. Um papo muito sério, profundo, da política à filosofia e ao cotidiano do cidadão comum. O índio, só na escuta, quieto, caladão. Lá pelas tantas, Darcy quis saber o motivo do silêncio do amigo. A resposta, quase acompanhada de um bocejo:

– Estou com preguiça…

Darcy era mineiro de Montes Claros; Niemeyer, carioca; o índio, descendente do bravo povo Pankararu, Pernambuco.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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