Em 1968, por conta da censura do governo militar, Fausto Wollf exilou-se na Europa, onde passou 10 anos, na Dinamarca e na Itália. Ainda no exílio, foi um dos editores de O Pasquim, além de diretor de teatro e professor de literatura nas universidades de Copenhague e Nápoles. Na volta ao Brasil, com a Anistia de 1978, trabalhou em jornais como O Globo e Jornal do Brasil, mas em seguida passou a dedicar-se apenas à imprensa independente, em especial a O Pasquim. Apoiou Brizola em sua eleição para o governo do estado do Rio de Janeiro em 1982 e, a partir dessa experiência, organizou o volume “Rio de Janeiro, um Retrato: a Cidade Contada por seus Habitantes” (1985), considerado um dos mais completos retratos sociológicos da cidade. A partir daí, longe do cotidiano das redações de jornais, dedicou-se à literatura. Em 1997, ganhou o Prêmio Jabuti por seu romance À Mão Esquerda. Voltou a ficar entre os dez finalistas do Jabuti em mais duas oportunidades: em 2004 na categoria Poesia e em 2006 na categoria Contos, com A Milésima Segunda Noite. Wolff teve também algumas participações no cinema.
Em 1977 foi co-roteirista do filme dinamarquês Jorden er flad, no qual igualmente foi ator. Fez ainda pequenos papéis em filmes dirigidos por amigos seus – como Natal da Portela (1988) e O Viajante (1999). Fausto Wolff morreu no dia 5 de setembro de 2008, no Rio de Janeiro, vítima de uma hemorragia digestiva e disfunção de múltiplos órgãos.