Na moldura

Hergé nasceu em Etterbeek na Bélgica. A inspiração para Tintim veio, segundo declarou Hergé, do seu irmão Paul, apesar de que este assunto ainda gera polêmicas até hoje. Muitos dos principais personagens retratados nas suas histórias eram baseados em pessoas de carne e osso. Tintim nasceu em 1929.
Conhecido como o Walt Disney Europeu, Hergé criou diversos personagens além de Tintim, tais como Jo, Zette e Jocko. Hergé também criou Quim e Filipe (Quick et Flupke), dois meninos miúdos que vivem aventuras urbanas. O estilo impecável de Hergé e o soberbo uso de cores levou-o a ser aclamado internacionalmente bastante tempo após a Segunda Grande Guerra, pois com o fim desta guerra, ele passou a ser censurado devido às suas ligações com o Nazismo, especialmente com o líder nazista belga León Degrelle.
O racismo, colonialismo, anti-semitismo e outros aspectos negativos das estórias de Tintim também fizeram com que o personagem fosse mal visto ainda até hoje.
O livro “Tintim no Congo”, por exemplo, retrata os congoleses com grande preconceito e racismo, apresentando a visão estereotipada e deturpada que os belgas e fascistas tinham dos africanos. Muitos vilões das estórias de Tintim eram também negros, asiáticos, marxistas ou semitas, o que condiz com a visão fascista que Hergé tinha na época.
Muitos livros de Tintim, portanto, passaram por “revisões”, procurando fazer a crítica e o público esquecerem-se do passado de Hergé e do conteúdo lamentável de algumas de suas estórias.
Os álbuns de Tintim, como os de outros personagens criados por Hergé, são lidos em mais de 40 línguas pelo mundo fora. Seu estilo influenciou a criação de outros personagens mais famosos dos quadrinhos, como (Astérix, Lucky Luke, Blake & Mortimer e muitos outros). Os álbuns com histórias completas são um marco no desenvolvimento de histórias em quadrinhos. Os álbuns de Tintim são de uma precisão incrível, com todos os detalhes minuciosamente cuidados. Foto sem crédito

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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