Na noite de Beto Bruel

Foto de Marcelo Elias.

Surpresas, confirmações e, como não poderia deixar de ser, humor completamente involuntário deram o tom da 29ª Edição do Troféu Gralha Azul, cerimônia que aconteceu na noite da última terça-feira (10), no Auditório Salvador de Ferrante. Tropeço, da Tato Criação Cênica, que não era favorita, faturou o prêmio de melhor espetáculo. Beto Bruel, verdadeiro “papa-gralhas”, abocanhou o prêmio de melhor iluminação, por Macho Não Ganha Flor. Simultaneamente, Bruel recebia no Espaço Oi, no Rio de Janeiro, premiação na mesma categoria no Prêmio Shell.

A mais importante festa da artes cênicas do Paraná teve como mestres-de-cerimônia Bia Reiner e Áldice Lopes, que entregaram as estatuetas em metal concebidas pelo artista plático Ivens Fontoura, o prêmio inclui ainda quantia em dinheiro que varia de acordo com a categoria. Em meio à expectativa dos mais de 500 convidados, a atriz, figurinista e também artista plástica Maureen Miranda levou o prêmio Revelação pela sua estreia como diretora no espetáculo

Não Assim Tão Longe.

Prêmio Shell e o talento paranaense no palco
A melhor direção ficou para George Sada, pela sua performance à frente de Entre Lágrimas e Cutículas, peça que contemplou a atriz Giovana de Liz com a estatueta de melhor atriz coadjuvante. Ranieri Gonzalez, devido a sua atuação em Os Psicólogos Não Choram, foi o vencedor na categoria de melhor ator. O Gralha de melhor atriz foi concedido a Sonia Bacila, que atuou em A Gorda e o Anão. O troféu de ator coadjuvante foi para Fernando Kadlubsky pelo trabalho em Laranja Mecânica.
A comissão julgadora: formada por Annunciada Oswald, Neiva Camargo Iovanovitchi, Milzi Digiovanni Guiz, Vitória Arabela Sahão e Sidne Gaspar, concedeu a Carmen Jorge, uma colecionadora de Gralhas, o prêmio de melhor coreografia pela sua intervenção em Peter Pan e a Terra do Nunca. O júri premiou Leopoldo Baldessar pelo cenário do espetáculo O Diabo É Meu Amigo.
A 29ª Edição do Troféu Gralha Azul premiou 15 espetáculos dos 27 indicados.

***
Saiba quem foram alguns dos outros premiados nesta 29ª edição do Gralha Azul. Adereço e figurino: Cristine Conde, por Estórias Brincantes de Muitos Paizinhos ; Sonoplastia: Jader de Oliveira, por Habitues – O Longo Caminho de Dois Frequentadores de Boteco; Texto original ou adaptado: Patrícia Kamis, por Nacional Kids; Espetáculo saltimbanco: Neusa C. Cascaes Produções Artísticas, por O Garanhão da Melhor Idade; Composição musical: Ary Giordani e Denis Mariano, por Circo Mundi.

Sobre o Gralha Azul

O prêmio foi criado em 1974 pelos artistas Yara Sarmento, Waldir Manfredini e ainda por Edson e Delcy D’Ávila. É concedido anualmente aos destaques do teatro paranaense. Desde 1983, a premiação é realizada pelo Centro Cultural Teatro Guaíra em co-promoção com o sindicato dos artistas (Sated/PR) e dos produtores teatrais
(Seped/PR).

Curiosidade: Tropeço, além do Gralha de melhor espetáculo, também recebeu o Troféu Epidauro, concedido pelo Consulado da Grécia entre os espetáculos do Paraná, Santa Catarina e
Rio Grande do Sul.
Gaderno G/Gazeta do Povo.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
Esta entrada foi publicada em Sem categoria. Adicione o link permanente aos seus favoritos.
Compartilhe Facebook Twitter

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.