Pereira, dizem seus interlocutores, ficou contente. Acha que poderá mandar um sinal para o governo sobre sua capacidade de liderança e, assim, se firmar como o candidato ideal à sucessão de Lira, com a simpatia da base governista.
Ao autorizar a votação, porém, o presidente da Câmara fez uma jogada de ganha-ganha. Se efetivamente Pereira conseguir votar – e, sobretudo, aprovar o projeto de lei -, Lira também fica bem com o governo por não segurar a votação até seu retorno, no dia 23. Se Pereira não aprovar, a culpa será sua e, politicamente, poderá ser usada contra ele.
Lira prefere como sucessor o aliado Elmar Nascimento (União Brasil-BA), embora não tenha explicitado isso, nem dado autorização para o começo de uma campanha por sua sucessão.