Converter negacionistas da vacina é um ato de repúdio a Bolsonaro

Se oito em cada dez pessoas que morreram de covid-19 no Brasil não receberam nenhuma dose de vacina, como aponta reportagem do UOL deste domingo (5), por que precisamos insistir tanto em vacinar quem parece não se importar? Trago cinco razões pelas quais vale a pena não desistir.

Primeiro: nem todos os que não foram imunizados são negacionistas. Muita gente aceitaria com prazer a dose com um pouco mais de informação. Infelizmente, o governo gastou mais recursos em promover a nova cédula de R$ 200, aquela do lobo-guará, do que em campanhas de prevenção de covid. Por sorte, grande parte da sociedade aprendeu ao longo de décadas com o Programa Nacional de Imunizações do SUS que vacinar é bom. E temos até negacionista que faz “vacina crítica” – leva a dose e reclama.

Segundo: as vacinas reduzem drasticamente a chance de morte por covid-19 e significativamente a chance de contaminação, mas não zera. Se o vírus continua circulando intensamente em uma comunidade, há probabilidade de vitimar vacinados mais frágeis. Nunca é demais ressaltar, portanto, que se vacinar também é um ato de solidariedade com os que contam com a saúde mais vulnerável.

Leonardo Sakamoto

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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