Nova edição do Cândido destaca a literatura pop brasileira

A edição de novembro do jornal Cândido, editado mensalmente pela Biblioteca Pública do Paraná, traz como destaque uma reportagem sobre a literatura pop brasileira. O escritor Santiago Nazarian mostra como essas narrativas trouxeram novas referências à literatura brasileira e aproximaram a ficção de outras manifestações culturais de massa.

A partir de entrevistas com alguns autores pop, como Ana Paula Maia, Antônio Xerxeneski, Raphael Montes e Fernanda Young, Nazarian discute, entre outras coisas, como o cinema, a TV, os quadrinhos e a internet foram incorporados à literatura brasileira contemporânea e como isso diversificou o panorama literário do país.

A literatura brasileira também está na pauta da coluna Pensata. O poeta e crítico Antonio Carlos Secchin escreve sobre o uso do verso livre entre os poetas contemporâneos e do passado. Para ele, ao romper as barreiras da métrica regular, o verso livre forneceu a (falsa) perspectiva de um facilitário irrestrito: bastava alguém não saber metrificar para dizer-se poeta.

Outro destaque da edição é o bate-papo com o jornalista e escritor Laurentino Gomes, que participou em agosto do projeto Um Escritor na Biblioteca. Durante a conversa, Laurentino comenta sua trajetória na imprensa e, mais recentemente, como autor de livros-reportagem sobre a história do Brasil, tal como 1808, que relata a chegada da corte portuguesa ao país. Além de falar sobre seus recentes best-sellers, o autor paranaense deu detalhes sobre sua nova empreitada: uma trilogia sobre a escravidão no Brasil.

Após 120 anos da morte de Lewis Carroll, As aventuras de Alice no país das maravilhas continua sendo um clássico absoluto. Em ampla reportagem, o jornalista e escritor Marcio Renato dos Santos ouviu tradutores e acadêmicos sobre a importância da obra do autor inglês. Já o repórter Daniel Tozzi resgata a história da curitibana Itiban Comic Shop, uma das principais lojas especializadas em histórias em quadrinhos do país, que pode encerrar as atividades em 2019, quando completa 30 anos.

Entre os textos inéditos, o Cândido publica contos de Carlos Machado, Vilma Arêas e Luís Roberto Amabile. Completa a edição poema de Thiago E. A arte da capa é de André Ducci.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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