Ontem, terça, mais uma vez saí por Santa Teresa para auscultar a voz da vizinhança e contemplar esta natureza morta de vergonha. Este é um bairro protegido (?) por uma legislação que poucas pessoas obedecem. Parece que agora vamos organizar uma comissão para perturbar e exigir das autoridades posições firmes na questão ambiental e do patrimônio cultural.
A rigor, na obediência da lei, os padrões arquitetônicos não poderiam ser alterados e qualquer obra de reforma ou demolição deveria ser comunicada a um conselho que estaria qualificado a apreciar as conveniências técnicas de cada projeto. Não é assim que acontece. A tendência é transformar tudo em favela – mesmo quando a obra é rica.
Na minha caminhada pelas ruas e ladeiras, registrei o Corcovado (e imitando Belchior, resmunguei: em Santa Teresa, quem abre os braços sou eu); o jornalista Newton Carlos, em sua peregrinação matinal até o Silvestre, e por último, o aniversariante do dia, o poeta Jorge Salomão, tomando uma Original no Bar do Mineiro.
Salomão faz festa na sexta, fechando a Rua Paschoal Carlos Magno (vejam vocês!) no Largo dos Guimarães, trazendo seus amigos músicos para uma animação com DNA baiano.
Toninho Vaz, de Santa Teresa