© Fernando Frazão|Agência-Brasil
”Viva Carmén Lúcia!” – era o primo Savério M. hoje, aos berros. Ele soube que a ministra presidente do Supremo pode não cair na esparrela de Renan Calheiros, Michel Temer e Moreira Franco e esperar o substituto do ministro Teori Zavascki para a relatoria da Lava Jato. “Por essas e outras que fui, sou e sempre serei feminista”. A atual mulher de Savério não cai nas expansões do primo.
É a segunda mulher, mais habilidosa e política que a primeira. Quem se dá ao trabalho de ler estas crônicas lembra da prima-cônjuge, aquela que dispensou Savério por causa do filme pornô. O autoproclamado feminismo tem trazido ‘não poucos problemas ao primo’, como diria Fernando Muniz, nova aquisição do blog. Fernando estaria ‘prenhe’ de razões se conhecesse o primo Savério.
O primo, aliás, me dará um cascudo ao ler ‘a atual mulher’. Dia desses ficou indignado quando o amigo que não via há vinte anos apresentou-lhe “minha mulher atual”. “Não existe mulher atual, existe a mulher da nossa vida”, todo encanto e falsidade com a ‘atual’ do amigo. É ou não é um craque o primo Savério? A (atual) senhora Savério rebate o feminismo do marido: “Feminista o catzo, você é mulherengo”.
Nem a paixão de Savério pelas netas levanta a moral do primo. A mulher de novo, “neto é neto, você também é louco pelos moleques”. Feminista ou mulherengo, por fas ou por nefas, Savério tem medo da mulher. Não teve efeitos colaterias, mas Savério teve mais tias mandonas que o prefeito Rafael Greca. A mulher dá-lhe o golpe de misericórdia: “É feminista, então por que a assinatura contra Dilma?”.
“O problema de Dilma era o excesso de testosterona”, a saída do primo. “Ah, é, – a prima não perdoa -, então o problema de nosso feminista é o de estrogênio que usou para tratar a próstata”. O câncer foi, o estrogênio não resolveu, a testosterona sempre alta, Savério continua feminista – ou mulherengo, que seja. A mulher, filha de deputado antigetulista, vive sob o lema da UDN, que adaptou para Savério: “O preço da fidelidade é a eterna implicância”.