NA FAMÍLIA tinha esse primo de terceiro grau, neto do primo de primeiro, a cara de safado dos mais safados da minha gens. A nota familiar está em pregar apelidos, sem perdão para os de casa. O priminho recebeu o de Peido. Um parêntese: a família é useira e vezeira na inspiração do apelido, porque consome carboidratos nas quatro refeições.
POR QUÊ PEIDO, quis saber. “Porque só o dono aguenta”, foi a resposta. Acho que a bom entendedor meia palavra b*sta. O moleque envergava o apelido à perfeição, mas não na completude. Pelo menos a mim só revelou o ruído, nunca o odor. Nunca mais soube do Peido, nem pelo ruído nem pelo cheiro. É que nunca mais visitei a família.
E O PAI do Peido, tinha apelido? Garanto que vocês querem saber. Tem, como todos na família, eu incluído, o meu nem às paredes confesso. O pai tem apelido bobo, das tantas onomatopeias com que a família batiza cachorras e gatos, como a Munjola, a Perrete e o Pichuits. De conta própria apelidei o pai de Bundão. Afinal, Bundão produz e aguenta o Peido.
Sobre Solda
Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido
não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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