Minha lealdade com Bolsonaro é total.
O vice presidente Hamilton Mourão, na recente viagem aos EUA. Ninguém duvida, é da formação militar. Um exemplo, um só. O general Ernesto Geisel, um dos presidentes da ditadura militar, até o fim da vida foi leal a Agildo Barata, seu colega de escola militar e participante da Intentona Comunista dos anos 1930. A ponto de, com outros ex-colegas, recolher dinheiro para a família do ex-capitão Barata. Essa coisa de lealdade é interessante e tem lá suas conveniências. Por exemplo: se Bolsonaro sofrer impeachment, Mourão renuncia ao mandato? Durante o impeachment, se Bolsonaro for afastado, ele convoca o jipe com o cabo e o soldado para apoiar o presidente? Questões em aberto.
De imediato lembro do garoto aqui do prédio, torcedor fanático do Paraná Clube. Conversávamos no elevador, ele sempre triste com a rotina inelutável de derrotas do time, eu, conformado, torcedor por lealdade ao filho, paranista incurável. O garoto insistia: “Vou com o Paraná até o fim”. E completava: “Mas o fim está próximo”. O Paraná não acabou, continua com a rotina inelutável de derrotas. Quem mudou foi o garotinho. Hoje é advogado recém-formado, arrogante e sabe-tudo como todos os advogados recém-formados. E torcedor nojentinho do Coritiba, onde revive a rotina inelutável de derrotas. A lealdade com o Paraná Clube foi total. Até o momento em que achou que o Coritiba fazia mais o seu gênero.