LULA levava o amigo churrasqueiro pra cima e pra baixo. Bolsonaro, que tenta imitar o outro mito, tem o amigo gaiteiro. Na live do dia 25, o presidente homenageia os mortos da pandemia (ele não usa a palavra, é subversiva) e manda o gaiteiro tocar Ave Maria – a menos evangélica de todas as músicas sacras.
O gaiteiro é daqueles de festa de aniversário, dos que fazem Luiz Gonzaga e Dominguinhos revirarem na cova (fazem e revirarem, flexões corretas do infinitivo). O gaiteiro da corte também é presidente da Embratur. Toca mal, desafina como cachorro castrado, mas “fala diversas línguas”, como enaltece o presidente – que não fala nenhuma.