O gaiteiro da corte

LULA levava o amigo churrasqueiro pra cima e pra baixo. Bolsonaro, que tenta imitar o outro mito, tem o amigo gaiteiro. Na live do dia 25, o presidente homenageia os mortos da pandemia (ele não usa a palavra, é subversiva) e manda o gaiteiro tocar Ave Maria – a menos evangélica de todas as músicas sacras.

O gaiteiro é daqueles de festa de aniversário, dos que fazem Luiz Gonzaga e Dominguinhos revirarem na cova (fazem e revirarem, flexões corretas do infinitivo). O gaiteiro da corte também é presidente da Embratur. Toca mal, desafina como cachorro castrado, mas “fala diversas línguas”, como enaltece o presidente – que não fala nenhuma.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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