Houve o tempo em que Curitiba era a cidade-padrão para o lançamento de produtos. Aquilo de capital universitária, arremedo de primeiro mundo, povo exigente no consumo. Não que fôssemos tudo isso. As outras cidades que não eram nada disso. Portanto, no plano do relativismo, essa lei fundamental da vida, estávamos bem.
Hoje Curitiba é igual às demais capitais. No que há de pior: segurança, trânsito, saneamento, educação, saúde. E nos políticos. Tratando de Curitiba e de política temos que falar em prefeitos e vereadores. Deixemos os prefeitos de lado, toma tempo, espaço e amarra a boca, mais que caqui verde.
Falemos de vereadores, essa casta parasitária que a constituição de 1988 fez quase iguais à outra, igualmente nociva e parasitária, os deputados e senadores – e deputadas e senadoras, porque graças a Dilma Rousseff e Gleisi Hoffmann até paralelepípedos têm gênero: companheira paralelepípeda, aquela cheirosinha.
Vereadores como esses mais recentes de Curitiba. Pejo-me de dizer-lhes o nome para não ofender seus iguais, tão inúteis quanto. Hoje, dois, a vereadora que quer proibir o foguetório de comemoração e o vereador que propõe plebiscito sobre a separação do Sul do Brasil, gente que vive de engendrar tolices.
Barulho de foguetes. Uma vez por semana, outra no pré eleitoral. E os de carros, das motos, na maioria furtadas, dos entregadores, das supermotos dos pilotos micropênis, que disturbam dia e noite enfermos em hospitais, famílias em repouso e idosos? Barulhos piores vêm dos puns das cabeças dos vereadores.
Que dizer do desocupado que quer nos sondar sobre a República do Pacasul? O plebiscito que não vale, que não importa, que não ajuda e que nada representa – a não ser espaço para o vereador cabeça-de-pum no diário oficial. Ah, sim, e dinheiro jogado fora para montar o cirquinho de sua insignificância. Rogério Distéfano