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O artista plástico e cartunista Amilde Pedrosa, o Appe, foi um dos mais consagrados cartunistas da imprensa brasileira. Mestre também dos quadrinhos, ilustrou as páginas de O Cruzeiro de 1953 a 1970. Appe, que era casado com Neusa Pedrosa, morreu de problemas cardíacos e pulmonares, aos 86 anos de idade, no município fluminense de São Pedro da Aldeia. Seu corpo foi cremado no Rio de Janeiro.
O cartunista nasceu em Sena Madureira, no Acre, em 1920. Começou a trabalhar como repórter colaborador e, mais tarde, como ilustrador em jornais de Manaus. Publicou sua primeira charge em 1940 e realizou a sua primeira exposição individual de caricaturas em 46.
Um ano depois, transferiu-se para o Rio, onde criou suas primeiras charges políticas no Diário da Noite, no jornal integralista A Vanguarda e em O Jornal: “O pessoal me achava cara-de-pau porque eu fazia charges anticomunistas, disse numa entrevista. Mas sou um profissional, nunca tive cor ideológica”.
Appe também trabalhou em A Cigarra e, em 1953, transferiu-se para a revista O Cruzeiro, onde foi um dos principais chargistas, ao lado de Borjalo, Ziraldo e Péricles, entre outros, até ganhar sua própria coluna, na página dupla “Blow-Appe”. Algumas charges de Appe foram censuradas, como a que mostrava Papai Noel levando ao Congresso Nacional um saco onde se lia a inscrição “Cassações”.
Associação Brasileira de Imprensa