Ao convidar Lula para a Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global, que começou nesta quinta (22) em Paris, o presidente francês, Emmanuel Macron, disse que um dos objetivos da reunião é alertar a parte desenvolvida do mundo para o erro que é impor o dilema entre preservação ambiental e desenvolvimento social aos países em desenvolvimento. A fala foi vista com otimismo pela diplomacia brasileira, que enxerga de maneira mais otimista a reunião entre o presidente francês e Lula.
Lula foi ao encontro promover uma série de reuniões bilaterais, mas um dos principais objetivos é encontrar Macron, o que está previsto para ocorrer nesta sexta (23).
Lula quer usar a declaração de convite para arrancar um compromisso do colega francês. Ele deve argumentar contra o que considera ser uma tentativa de impor cláusulas draconianas na negociação da Europa com o Mercosul.
Europeus vêm incluindo novas exigências ambientais e estabelecem até sanções contra países sul-americanos em caso de descumprimento das regras impostas pela Europa. Para Lula, quando se trata de um acordo entre parceiros deve haver “confiança mútua”.
A principal resistência para o avanço do acordo de livre comércio é justamente da França, que teme a concorrência do agronegócio brasileiro, mais competitivo. Na conversa, Lula espera destravar as dificuldades e encontrar um termo em que o acordo saia do papel.