O Poeta Bêbado Vai à Merda

Mirem aquele amontoado de estrelas
Mas que belo espetáculo
O turbilhoneamento das centelhas

“Mas tem por aí um buraco negro
Que lhes serve de obstáculo”
Diz um poeta grogue, falando grego

Dessa mesa repleta de garrafas
Ergo mais esse brinde
E uma a uma vão goela abaixo as taças

O vinho é bom, dá força e alegria
A poesia vem de brinde
É beleza que algum deus irradia

E depois de tantos e tantos goles
São tão veros os versos
Que a emoção vai deixando as pernas moles

Estou mais bêbado que todos juntos
Não sou um, sou diversos
Corações chorando por meus defuntos

Thadeu Wojciechowski

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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