A frase “Março não acabou” se refere ao mês que o movimento (que Lula já chamou de “exército do Stédile”) escolheu para ações violentas mais simbólicas. Foi num mês de março, por exemplo, que o MST invadiu o horto da Aracruz Celulose, no Rio Grande do Sul, destruindo estufas e mudas dos viveiros, além do laboratório de pesquisas da empresa. Para a invasão, o MST usou uma sigla fraudulenta, o “Movimento das Mulheres Camponesas”, que é composto nada mais nada menos do que com mulheres do próprio MST. A tática também é de usar mulheres nessas ações para no caso de repressão policial ou outro tipo de violência eles poderem capitalizar a vitimização feminina. É espantoso, mas eles são mesmo escabrosos desse jeito.
A sigla de “mulheres camponesas” cria a ilusão de mais força política e organização, permitindo também ao MST englobar em suas ações o conceito feminista que a esquerda vem adotando para ganhar espaço na mídia e fazer avançar seu projeto de poder. Deverá ser neste formato o movimento de rua anunciado para o próximo 29 de março, exatamente uma semana antes do dia da eleição, com a hastag “#EleNão”, que vem sendo disseminada desde o lançamento da candidatura de Fernando Haddad, do PT.
Isso mesmo, a hastag que muita gente compartilha de boa fé nas redes sociais foi criada para uso do PT, buscando criar um clima para a polarização entre o petista Haddad e Jair Bolsonaro. A imagem que estou publicando, com um grupo de mulheres mal encaradas e portando um facão, serve como aperitivo do que esse pessoal planeja fazer das ruas brasileiras na véspera da eleição. A imagem permite concluir o que eles pretendem aprontar, juntando o MST ao PT, mais o Psol e partidecos de esquerda, além de grupos políticos dos mais variados, da longa lista de agregados, os chamados puxadinhos do partido do Lula.
Quem até aqui ainda não notou que caiu numa trapaça política com esse “#EleNão”, prepare-se para algo ainda pior. É ele, sim, que os petistas pretendem beneficiar. A bagunça planejada para dentro de poucos dias será para estimular os votos em Bolsonaro, facilitando sua ida para o segundo turno. O plano completo é que o clima conturbado empurre Haddad junto com Bolsonaro. Claro que não existe nenhum modo de garantir que tudo se arrume de forma tão ordenada, mas seria loucura esperar lógica dos planos de uma esquerda com uma base doutrinária de um determinismo marxista que vê a História de forma progressiva, com eles evidentemente à frente agitando a bandeira do bem.
A trama esquerdista lembra também a história do sapo e o escorpião, que sempre encaixa com perfeição a um partido como o PT, que já nasceu com a natureza do escorpião que dá uma picada mortal no sapo que o carrega nas costas na travessia de um rio. Como todo mundo sabe, os dois morrem, mas desta vez o plano do PT é picar o sapo só depois de ambos atravessarem o rio. O sapo, ou melhor, o Bolsonaro, por sua vez, também aceita a jogada porque acredita que o escorpião é o adversário mais fácil para aniquilar na outra margem. O fim da história para cada um deles, logo mais saberemos. Mas uma coisa já é certa: o risco do Brasil ir para o fundo é de quase cem por cento.