O recado sobre a reforma

Mesmo com a resistência do governo e do PT, a sonhada reforma administrativa defendida pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), encontra eco na base de sustentação de Lula.

Lideranças de partidos de centro, como MDB, PSD e União Brasil – que juntos somam 9 ministérios no governo – avaliam que as medidas econômicas aprovadas até o momento ainda não são suficientes.

A avaliação é que iniciar a discussão sobre a reforma administrativa, em uma tentativa de mostrar à sociedade a intenção do governo de cortar gastos, facilitaria o debate sobre a taxação dos super-ricos e dos fundos exclusivos, a nova meta do Palácio do Planalto.

Há resistência em partidos da base em analisar projetos que aumentem a carga tributária. Já há um movimento no Congresso para criar uma espécie de teto constitucional para o volume de impostos a ser pago.

A proposta faria com que o governo precisasse aprovar Propostas de Emenda à Constituição toda vez que quisesse aumentar gastos por meio de aumento de impostos.

Depois das sinalizações, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, autorizou o início das conversas para tratar da reforma administrativa. Antes, Alexandre Padilha (Relações Institucionais) chegou a dizer que a reforma destrói o serviço público.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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