O sargento do Exército Luis Marcos dos Reis, que integrava a equipe da Ajudância de Ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), negou durante depoimento à CPMI do 8 de janeiro nesta quinta-feira (24) ter participado do esquema de falsificação de cartões de vacina de Bolsonaro, familiares dele e assessores do governo. Reis está preso desde maio após operação da Polícia Federal (PF) sobre as fraudes nos cartões envolvendo o ex-presidente.
“Jamais tive ou tenho envolvimento direto ou indireto, ou mesmo conhecimento, sobre suposto esquema de falsificação de cartão de vacinação envolvendo o nome do ex-presidente ou qualquer membro de sua família“, disse o sargento do Exército que atuava na equipe de Mauro Cid, na Ajudância de Ordens de Bolsonaro. Mauro Cid foi preso na mesma operação sobre os cartões de vacinação.
Ainda durante o seu depoimento, o sargento negou qualquer tipo de envolvimento nos atos do 8 de janeiro. “Não financiei, planejei, coordenei, estimulei, instruí ou dei suporte ou tomei parte de qualquer ato preparatório ou executório”, completou.
Quebras de sigilos
Antes do início do depoimento de hoje, a CPMI aprovou requerimento para reconvocar o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Além disso, o colegiado aprovou a quebra dos sigilos fiscal, telefônico e telemático da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e do hacker Walter Delgatti Neto.