O ventríloquo e o capitão

Jair Bolsonaro teve hoje um momento presidencial, o único desde que assumiu: ao saber da prisão dos supostos matadores de Marielle Franco e Anderson Gomes, insistiu que é preciso investigar a existência de mandantes.  Em seguida, aproveita a deixa e diz que também quer descobrir o mandante de seu atentado.

O primeiro Bolsonaro falou pela boca do ventríloquo, estava bom demais, incompatível com a realidade. O segundo Bolsonaro era ele mesmo, desvencilhando-se aos chutes do colo do ventríloquo. Perda de tempo, senhores generais do Planalto, o guizo não permanece no pescoço do gatinho Messias.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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