O empresário Francisco Emerson Maximiano, sócio da Precisa e investigado no caso Covaxin, tentou, em novembro de 2020, negociar um tipo de “vale-vacina” no mercado privado, diz o Estadão.
Ao custo de R$ 1,9 mil por pessoa, ele oferecia um “seguro” que dava direito a duas doses de um imunizante contra a Covid. Na ocasião, a Anvisa ainda não havia aprovado nenhuma vacina.
A Precisa e a BSF Gestão em Saúde, ambas controladas por Maximiano, eram parceiras da seguradora Generali na oferta do seguro das vacinas. Em propagandas veiculadas nas redes sociais no final do ano passado, a Generali informava que, além das duas doses da vacina, o seguro dava direito a cobertura em caso de invalidez ou morte acidental e a um reembolso de medicamentos de uso agudo.
Os anúncios diziam que as doses da vacina seriam fornecidas “assim que aprovadas pela Anvisa”. A legislação atual, no entanto, não permite que empresas privadas tenham lucro com imunizantes contra a Covid. Além disso, hoje, os imunizantes são distribuídos apenas pelo SUS.
Os anúncios levaram o Procon de São Paulo a notificar as companhias por identificar suspeitas de oferta enganosa. Com isso, as propagandas foram excluídas das redes sociais e o site criado exclusivamente para a venda do serviço também foi encerrado.