O haikai (“haiku”, em inglês), antiga forma popular-erudita de poesia japonesa, tem despertado, em todo o mundo, ao longo do século XX, amplo interesse. Estudando-a e tentando adaptá-la ao nosso idioma desde 1933, temos que não se trata, a rigor, de um gênero intransplantável. Examinando-so com desempenho, chegamos a admitir que esse interesse de alguma forma possa contribuir para maior e mútuo entendimento dos povos brasileiro e japonês, já tão aproximados pelo sentido complementar das configurações geo-econômicas em que se encontram
Desconhecendo o idioma japonês, e utilizando bibliografia ocidental, não nos foi possível, de logo, adaptar a grafia dos nomes nipônicos à prosódia brasileira. Ainda: os haikais japoneses, não os transladamos ipisis literis dos textos estrangeiros, procurando recriá-los, quiçá desvalorizando-os. Aos divulgadores não japoneses preocupados com o compromisso da documentação e temerosos ante os perigos de uma tradução, não lhes ocorreria adicionar. Aos poemas exemplificantes, qualquer toque poético mais fino. A isto, porém, aventurosamente nos dispusemos, sem esquecer, todavia, a obrigação da penitência.
Oldegar Franco Vieira — O Hai Kai — Editora Cátedra
Sobre Solda
Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido
não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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