Ontem

Foto de Toninho Vaz tendo como
cenário o bar do Mike.

Este que vocês vêm dedilhando o violão é Gaspar Leal, meu vizinho em Santa Teresa. Rapaz versado em boas referências musicais, defendeu tese universitária ao apresentar trabalho sobre Lupicínio Rodrigues, seu conterrâneo. Ontem, ele me chamou para um chope com a intenção de mostrar algumas parcerias (póstumas, é claro) com poemas de Paulo Leminski. Devo afirmar que o Gaspar tem um violão limpo e profissional, harmonioso. Sua inventiva como compositor também é relevante . Gostei particularmente (o fiz tocar pelo menos três vezes) da solução encontrada para aquele poema que diz:

À pureza com que sonha
o compositor popular

um dia poder compor
uma canção de ninar

it´s only life
but I like it

(…)



Pois bem, o Gaspar (que a qualquer hora pode embarcar para a Sorbone) gostaria de desenvolver um trabalho mais abrangente, mais profundo, de resgate da memória musical do nosso poeta maior. Está se organizando pra isso. E o fará em nome da poesia e do também conterrâneo, Mario Quintana, de quem Leminski era grande admirador.

Toninho Vaz, de Santa Teresa

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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