A campanha para o governo do Paraná é secreta: não sai nos jornais. Curitiba, desse tamanho, tem três jornais nas bancas e um no ônibus. É a insignificância do Estado que se diz significante. A campanha não sai na internet, nos sites a serviço dos candidatos, nem nos portais das famílias e nos ligados aos candidatos.
Os candidatos preferem o semi anonimato. Para eles, melhor não se dar a conhecer, quando muito em dose homeopática. O eleitor tem vaga noção de quem são. Nem os rarefeitos debates atraem a atenção. Não tem comício nem corpo-a-corpo nas ruas. Os candidatos preferem cabos eleitorais a eleitores.
Antes trabalhar na névoa que a céu aberto. Disse o poeta que “fingir é conhecer-se”. Os candidatos fingem ser conhecidos, fingem fazer campanha. Eles se conhecem, a si mesmos e uns aos outros. Nós que sofreremos com eles, os desconhecemos. Só sabemos que nossa república regional terá outra dinastia. E não será a do Barão do Serro Azul.