Padrelladas

No tempo antigo os jogadores de futebol da minha infância eram Danilo, Pirilo, Heleno (esse era um “general” no tapete verde)… Depois, apareceram Pelé, Garrincha, Bebeto, Ronaldo, todos com uma só palavra no nome.

Então, os nomes duplos pegaram de ganhar corpo: Ronaldinho Gaúcho, David Luís… Não demora e começam a pintar nomes triplos: Mário Amélio Silva, Rodolfo Coentro Souza, Jeime Barriga de Chope… Não me admirarei se, num futuro breve, a coisa não desandar: João Paulo Marins Abravanel, o “Barrigudo”, passa para José Alencar Furtado Santos, vulgo “Coisa Nenhuma”, que aproveita a distração do goleiro e chuta direto para os três paus, mas Wiuçon Andrade Salustiano Saad, o “Carinhoso”, segura firme a “leonor”. Aliás, Dona Leonor, Maduro Xexênia da Costa Lima.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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