Involução

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O general, o negro, o índio e o porrete

O general Mourão, vice do capitão Bolsonaro, juntou lé com cré para dizer que negro é malandro e índio indolente. Só faltou completar garantindo que, se chegar ao poder, vai mandar os brancos botar pra quebrar a fim de enquadrar estes que atravancam o pogréssio do hospício verde e amarelo.

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Errata

Ciro Gomes: “Querem resolver as eleições em gabinetes e em celas…” Não é bem assim, exato assim. Um gabinete, o mais importante do Brasil, instalou-se numa cela de prisão. No mais, os bandidos que deviam estar em celas continuam nos gabinetes.

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JazzEnhos

© Ricardo Soares.

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Laurentino Gomes participa do projeto Um Escritor na Biblioteca nesta terça

O escritor paranaense Laurentino Gomes é o convidado de agosto do projeto Um Escritor na Biblioteca. O bate-papo, mediado pelo jornalista Marcio Renato dos Santos, acontece no dia 7, às 19h30, no auditório da Biblioteca Pública do Paraná. Até novembro, outros quatro autores participam do evento. A entrada é gratuita.

Autor da trilogia 1808, 1822 e 1889, que remonta a história do Brasil até a Proclamação da República, Gomes já ganhou, entre outros prêmios, seis vezes o Jabuti e dois Esso de Jornalismo. É membro titular do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, membro honorário das Academias de Letras das cidades de Maringá e Sorocaba e ocupante da cadeira 18 da Academia Paranaense de Letras.

Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), Laurentino Gomes fez pós-graduação em Administração pela Universidade de São Paulo e possui cursos de especialização nas universidades de Cambridge, na Inglaterra, e Vanderbilt, nos Estados Unidos. Já trabalhou em alguns dos principais veículos de comunicação do país, tendo iniciado sua carreira como repórter dos jornais Correio de Notícias e O Estado do Paraná.

O projeto

Um Escritor na Biblioteca é um projeto realizado pela Biblioteca Pública do Paraná na década de 1980, retomado em 2011, com a participação de autores brasileiros de variadas gerações. Os depoimentos são gravados e, posteriormente, publicados no jornal Cândido e editados em formato de livro pelo Núcleo de Edições da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná.

Serviço – Um Escritor na Biblioteca, com Laurentino Gomes. Dia 7 de agosto, às 19h30, no auditório da Biblioteca Pública do Paraná. R. Cândido Lopes, 133, Centro – Curitiba/PR. Entrada franca. Mais informações: (41) 3221-4917

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Hoje!

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Ideias

Revista Ideias|Agosto 2018|#202. Travessa dos Editores

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Sobre a divulgação de conversas de Marisa Letícia

A família de Lula quer indenização por danos morais por conta da divulgação das conversas da ex-primeira dama Marisa Letícia. Numa delas, ela fala com o filho, Fábio Luiz da Silva, o Lulinha, sobre os panelaços contra o PT e diz que os manifestantes “deveriam enfiar as panelas no cu”.

A Lei é clara sobre o assunto: diálogos interceptados que não tenham relevância às investigações devem ser mantidos em sigilo e destruídos. Agora, Igor Romário de Paula, Luciano Flores e Márcio Adriano Anselmo, principais delegados da Lava Jato, começarão a serem ouvidos sobre o caso.

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Fraga

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Faça propaganda e não reclame!

Logotipo de Luiz Alberto Cruz, Foca.

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Trumponaros & ignaros

O petista sobe pelas paredes. Nicolás Maduro aparece na tevê e alguém o chama de ditador. “Pelo menos foi eleito’, retruca o petista, sempre a evocação de Michel Temer, o vice não eleito; os petistas converteram Dilma em marsupial, o bicho australiano que gesta o filho na bolsa fora da barriga. Vice que trai não é eleito.

Eu podia meter a colher: Maduro fraudou eleições, mexeu na constituição, criou milícias populares, quebrou o país com o populismo, subverteu o parlamento e a suprema corte. Mas no Brasil de hoje religião e gosto se discute, política, jamais. Já vi filho expulso de casa ao brigar com o pai ‘Trumponaro’.

Melhor calar, não voto em ninguém. O eleito, qualquer um, será marionete do Centrão. O alvo do rompante petista, calma de budista, pondera, às raias da meiguice: “Hitler também foi eleito, por esmagadora maioria. Putin é eleito e reeleito há trinta anos”. O petista continua enfezado, cegueira incurável, cérebro embotado.

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Desenho de Jota – José Pires – Antologia Brasileira de Humor, L&PM Editores, 1979.

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…e vice-versa

Rusty foi 5ª opção do candidato do PSL e causou polêmica ao elogiar um coronel acusado de tortura e sugerir uma intervenção militar no Brasil.

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Síndromes & soluções

© Myskiciewicz

Esse vai-não-vai de Lula sobre a candidatura, a vice e as alianças pode ser síndrome de abstinência. Não é abstinência de política, que conversando todo dia com Gleisi Hoffmann ele faz sem parar.

Pode ser abstinência de sexo, pois é vigiado pela polícia federal. Ou abstinência de bebida, aquela pinguinha, aquele uísque básicos. Que se resolve fácil, em todas as prisões tem jeitos e modos, até legais, para isso.

Se Lula tem tantas exceções na cadeia, não custa abrir mais duas. Mas sem os adoradores acampados na redondeza. Assim como gritam “bom dia, presidente” todas as manhãs, iriam berrar um brochante “dá-lhe, companheira” na hora do bem-bom.

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Marta Suplicy fora da política

A senadora Marta Suplicy anunciou nesta sexta-feira sua desfiliação do MDB e sua saída da política. Em nota, ela afirma que atuará apenas na sociedade civil. A imagem que ela pretende dar a esta retirada é de renúncia, mas a verdade é que foram tantos passos errados desde a criação do PT, do qual ela foi uma fundadora, que atualmente na política a senadora não tem muita coisa para abandonar.

Nos últimos anos em que esteve no PT, ela assistiu às maiores bandalheiras do partido sem tomar posição alguma. Passou pelo mensalão, depois veio o petrolão, os petistas foram abusando da política brasileira de uma forma nunca vista, com propinas para os amigos do poder e pressões políticas sobre adversários e críticos do governo. Instituições foram aparelhadas, com o sistema político servindo de mero instrumento para uns poucos ganharem dinheiro de forma ilícita e se aproveitarem dos cofres públicos.

Foi um período de destruição econômica do país e de um rebaixamento moral da política e da sociedade brasileira como nunca houve em nossa história. Mesmo assim, Marta manteve-se calada, aproveitando um ou outro naco de poder, pegando ministério de pouco peso político, alguma verba eleitoral, sempre à espera de uma fatia maior do poder, o que Lula jamais permitiu. A senadora só foi assumir uma contrariedade ao descalabro imposto ao país por Lula e seu partido quando forças políticas e sociais já estavam para tirar o chefão do PT e sua pupila Dilma Rousseff do poder com o impeachment.

Mas já era tarde. A carreira política de Marta já descambava quando ela fez a mudança para o MDB, abandonando seu partido em ruínas. Na última eleição municipal, ela sofreu uma derrota dura na cidade onde tem sua base eleitoral. Ficou em quarto lugar na disputa pela prefeitura de São Paulo, com menos de 10% dos votos válidos. E se fosse disputar as eleições desse ano não poderia tentar de jeito nenhum a reeleição para o Senado. Teria sérias dificuldades até na eleição para a Câmara Federal.

Por inabilidade, arrogância e uma aliança de longo tempo com parceiros que ela deixou de perceber que jamais lhe dariam espaço para crescer, a senadora afundou sua carreira de tal forma que acabou ficando com pouquíssima chance de se restabelecer politicamente. Marta Suplicy procura escamotear o fracasso de sua carreira com uma despedida em tom de renúncia, mas na verdade foi a política que renunciou a ela.

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