Foto de Alberto Melo Viana, o Baiano.

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O MON abrirá normalmente no feriado de 15 de novembro

O Museu Oscar Niemeyer (MON) terá funcionamento normal no feriado de 15 de novembro. O horário de visitação é das 10h às 18h, com acesso permitido até as 17h30. Os ingressos do MON nas quartas-feiras são sempre gratuitos para todos os públicos

© Joel Rocha

Os visitantes poderão ver diversas exposições em cartaz, como: “O Feminino na Obra de Victor Brecheret”; “Mario Rubinski – O Espaço Imantado”; “Sou Patrono”; “Perpétuo Movimento”, de Norma Grinberg; “África: Diálogos com o Contemporâneo”; “Serguei Eisenstein e o Mundo”; “Ásia: a Terra, os Homens, os Deuses – Colonialismo”; “Sonoridades de Bispo do Rosário”; “O Mundo Mágico dos Ningyos”; “Poty, Entre Dois Mundos”; “Pátio das Esculturas”, “Espaço Niemeyer” e “MON Sem Paredes”.

SOBRE O MON

O Museu Oscar Niemeyer (MON) é patrimônio estatal vinculado à Secretaria de Estado da Cultura. A instituição abriga referenciais importantes da produção artística nacional e internacional nas áreas de artes visuais, arquitetura e design, além de grandiosas coleções asiática e africana. No total, o acervo conta com aproximadamente 14 mil obras de arte, abrigadas em um espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída, o que torna o MON o maior museu de arte da América Latina.

Serviço: Mais informações nas redes sociais: @museuoscarniemeyer e no site: www.museuoscarniemeyer.org.br

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Bela viola, língua de fora

Como não é do conhecimento de alguns, sou fissurado em palavras. Li, numa dessas revistas dirigidas, um artigo rápido de um cara chamado Luiz Costa Pereira Junior sobre o peso das palavras usadas pelas empresas.

Em resumo, a gente escreve ou fala coisas que não sabe o que realmente significam. Sendo eu publicitário, me babo com a linguagem atual das empresas. Elas querem impor algumas palavras idiotas como ‘gestão’ pra tudo. Até já falei sobre um cartaz grande onde o título era, mais ou menos, assim: Tudo fica melhor com gestão da saúde pela (empresa X). O diabo do redator não atinou pro grave ‘com gestão’. Congestão da saúde? Ótimo! O autor do artigo — Luiz Costa — revela o passado de algumas palavras e é muito interessante. Veja: ‘Líder’ vem do inglês leader, por causa do chumbo (lead) usado nas balas de armas de fogo. ‘Empresa’ vem do latim prehensa, ‘agarrar com força’. Virou também prender e empreender. O ‘trabalho’, até o século VI, significava ‘tortura’ (tripaliare). O mais legal é que ‘negócio’ vem de negotium, que é a negação do otium (ócio). ‘Banco’ vem de banca, mesa dos agiotas medievais nos mercados italianos. Se a banca falia, vinha a banca rupta (latim), banca rotta (italiano), bancarrota (português), bankrupt (falido em inglês).

Ah, isso me refresca a alma! Vou perguntar pro Luiz se o livro dele Com a língua de fora é sobre isso. Um manjar dos deuses, se for.    

*Rui Werneck de Capistrani não tem palavras exprimir sua admiração pelas palavras

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Mural da História – 2013 – Múltiplo Leminski

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Há sangue frio

Hipócrita tem horror à luz, heliofóbico; nas trevas elabora sonetos para encantar meninos em idade escolar. Poeta em compota. Repito: hoje é um dia quinhentista, segunda-feira da semana que vem e o calendárioscopista é severo, não dá pra fugir do açoite. A chibata é certa. Envoleios paracélticos cunturcinam militares aos borbotões, ao futebol de botões, cáspite moçambosa! Lero lero, bangue bangue, três tiros ecoam na madrugaridante vaginosa! Alguém fede ao sol do meio-dia, moscas oleaginosas envergalham sacripantas nos poemas empenduricalhados nas conas escandalosas.

Evoé, bakun, pinceladas murchas, almodóvar subitantis, resquícios celebritosos aviltam juízes e bandeirinhas, escanteio rápido e certeiro e o gol é eminente. Um a um. Um por todos e todos por um porungo. Retrocesso. Ridendo castigat mores!

Retrato de doris day, escola de moliéres. Um, dois, ivo viu a uva virar conhaque; à pata nada? A punheta bate à porta, em frenesi. Tudo é piquenique no front, pois um dia chegou a haver nada por lá; calaboteco, o elo e o frio da traição. Arrancam os órgãos reprodutivos de “poetinhas” e jogam sal grosso, siririca trabuzana e molibidato de chumbo grosso. Na barreinha, todos os polacos provam do saboro nossuco; em rápidas pincelas: não devia ser legal ser negão em 1808: a coisa começava a ficar preta.

O bar dos bardos não fecha pra são bernardo, assim pintou moçambique: simonais ejaculam gotas périplas sobre o corpo inerte, isso, isso, espermalandros procuram a vã gina espremida na bochecha de perdigotus antiofídicus. Hipocretes aos borbotões tentam prestar a última homenagem ao guru, exposto ao sol, caralhaquático, encardelúmedo, pulterívico, gota d’água em mar morto, o licor de rosa foi às favas, fasterpúnculo. No lintrópico da serra da tiririca lameríndica o assombroso bate nas moscatéias seculares, isso: tarétsias explica depois. O compromisso é um contraponto, as portas, a perseguição, bombas de reis barbudos. O rato rói unhas.

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Editorial Au-Au

A Opinião é um cachorro que tem a casinha dele na cabeça das pessoas. Ele pode latir à toa por banalidades, pode lamber o que lhe agrada, rosnar apenas para demarcar território. Agora, morder, não tem como: palavras não têm caninos. Por mais ferina que seja, a ferocidade da Opinião começa e acaba na emissão falada ou escrita, o que a dispensa de coleira. Além de nenhuma Opinião tirar pedaço de ninguém, quem a ouve ou a lê tem um poder muito maior do que quem opina: pode simplesmente ignorar o latido, o rosnado, a lambida.

É por isso que todas as opiniões são bem-vindas à realidade social: a favor ou contra, liberais ou reacionárias, elas formam a matilha barulhenta sem a qual a caravana dos fatos passaria na surdina. Ao ladrar, a Opinião tem a chance de influir no meio. E é por isso que é vital levar a Opinião a passear por qualquer área da vida pública – a política, a economia, a sociedade, a cultura, a religião, os costumes. Porque tudo isso afeta a todos, sobretudo a quem não tem Opinião formada ou acha que a sua não tem valor. Daí a importância de deixar a Opinião se exercitar livre por entre os acontecimentos, fazer xixi diante de escândalos, uivar onde valores sejam ameaçados.

E há que cuidar bem da Opinião, com tosas do vocabulário e banho de ideias: assim ela circula à vontade por praças e palcos, plenários e periódicos. Quanto à ração, ah, precisa balancear: convicção demais fica ardida, convicção de menos fica sem ardor. Já os dogmas – partidários, científicos, filosóficos, religiosos – esses podem conter nutrientes fictícios e às vezes são muito indigestos. O essencial é que, em ambiente democrático, a Opinião possa respirar o ar do nosso tempo. Mesmo porque a atmosfera da Idade Média não está mais aqui.

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Febre amarela – Faça o que eu digo e acabou-se o que era amargo

Aos trinta e poucos minutos do segundo tempo entrou em voga dar a mão dos outros à palmatória. Você tem que fazer assim, tem que viver assado, tem que trabalhar cozido, tem que andar na rua frito. O caminho que segue é errado, o boteco que frequenta é torto, o carro que usa não presta, a mulher que arranjou é jararaca. Se todos os caminhos levam a Roma, o seu é o único e sujo beco sem saída. Pode espernear, mas está redondamente enganado até na marca de lenço que usa. Usa lenço, ainda? Puuf! Criou-se no ar a polícia moral e vivencial cujos membros são sempre os outros. Vigiando seus passos até na mais recôndita intimidade: a alma. Um diz que sua conduta moral é sempre horrorosa. Esqueceu Deus ou, muito pior, a religião. Porém, a certa nunca é aquela que você poderia escolher, mas a dele. Aquela que remodela os pensamentos dá nova visão do mundo, faz abrirem-se as portas do Céu. Não, não escolha aquela daquele pastor que só pede dinheiro.

A minha não pede: dou porque quero. Ah, me poupe! Bateu fundo a febre amarela do protecionismo moral, religioso, vivencial. O mosquito-vetor zumbe no seu ouvido dia e noite. Antes era só à noite, no escuro do quarto, que um reles pernilongo sugava o seu sangue. Agora o mosquito ataca em pleno dia. Pode se olhar no espelho. Seu rosto amarelo pálido denuncia a falta de caráter certo, de religião certa, de time certo, de saúde certa, de voto certo, de caminho certo, de filme certo, de livro certo, de moral certa, de conduta certa, de ginástica certa, de sexo certo, de comida certa. O que é certo é sempre ditado por outro, claro. Está tudo errado na sua vida. Não tem mais salvação se não for pela minha mão.

Cada um se acha um Cristo e, para você ir a Deus, só pelas mãos certas dele. Todo mundo quer ser Cristo, menos na hora da crucificação. Eu só quis ajudar! Preceitos morais são espalhados às mancheias sobre o mundo. Os livros de auto-ajuda corroeram de tal modo nosso pobre mundo que qualquer um agora é profeta… para a vida dos outros. Damos de dedo até nos médicos que nos atendem. Ei, não é assim que se ausculta um coração, doutor! Me dê o estetoscópio que eu grudo nas suas costas e peço: diga 33! Garanto que tenho um remédio para o senhor, doutor!

*É auxiliar de serviços gerais e especializados em todas as marcas.

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Chupim virabosta

O MINISTRO Paulo Pimenta, da Secom, chama de chupim o ex-presidente Jair Bolsonaro por este tirar proveito da ação do governo na repatriação dos brasileiros retidos em Gaza. O chupim é conhecido como ave parasita, atributo também referido a Bolsonaro, segundo o ministro, porque põe seus ovos para serem chocados nos ninhos do Tico-Tico, que também os cria. Bolsonaro quis tirar proveito da liberação dos brasileiros, ação exclusiva e integral do governo Lula. O ex-presidente foi incapaz de expressar em palavras sua solidariedade com os compatriotas em risco, e recolheu sua retórica covarde para não condenar a ação de quem retinha os brasileiros. Um gesto de conveniência e até crueldade – de que não será acusado e sentido pelos seus seguidores – pois deixou de expressar protesto contra Israel, que bloqueava a repatriação.

É que Bolsonaro, ao casar com Micheque, assumiu a crença neopentecostal de que Jesus voltará via Israel. Não teve sequer o gesto digno de um Jimmy Carter, que mesmo fora do governo – e muitas vezes comprometendo a política dos EUA – viajava para prestar apoio a americanos retidos ou presos no estrangeiro. Mas entre Carter e Bolsonaro vai a distância entre o canário e o chupim. A propósito, na infância conheci o chupim pelo apelido tradicional: virabosta. Que nem Jair Bolsonaro.

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Robótica

Luiz Antonio Guinski. 

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Fraga

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© César Marchesini

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No fiofó!

https://cartunistasolda.com.br/wp-content/uploads/2017/11/Vai-Toma-No-Cu-Original.mp3?_=1

 

Cris Nicolotti – Vai Tomar no Cu

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Um dia

um dia desses eu vou me misturar
ao povo que está na ruas
e finalmente vou descobrir pra onde
todo mundo vai
para onde vão as velhinhas com
pacotes debaixo do braço?
para onde vão as senhoras gordas
de cabelo encaracolado?
pra quê lado?

vou descobrir para onde vai a menina
com o uniforme colegial
para onde vai o senhor grisalho
com as mãos no bolso
para onde foi o negro elegante
que estava aqui há pouco
para onde foi o menino de boné vermelho

para onde foi o vendedor de bilhetes
que sempre está gritando
vaca galo cabra burro borboleta
um dia desses eu descubro pra onde
vai a gorda que acabou de entrar num táxi
dia desses eu descubro para
onde foi aquele tocador de gaita
de boca e aquela limpadora
de rua e aquela moça do estar
e aquele sorveteiro e aquela loira
com um disco do chet baker e aquele cara
parecido com o rodrigão

e aquele senhor de guarda-chuva e aquela
moça chupando sorvete e aquele
gordo desesperado e aquele médico
que escorregou na calçada e aquele
guarda que estava na esquina
e as três meninas que olhavam
a vitrine da sapataria e a velhinha
de sombrinha verde
que tentava atravessar a rua

dia desses eu descubro
pra onde é que vão todas essas pessoas
que atravessam a rua
sem olhar para os lados

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