Lula “Jim Jones”

Ricardo Noblat|Veja.com

Suicídio coletivo

No dia seguinte à sua eleição para presidente da República em 2002, reunido em um hotel da capital paulista com os principais membros de sua campanha, Lula foi logo advertindo:

– Nesta sala, as únicas pessoas votadas e eleitas fomos eu e o José Alencar.

Em seguida, comentou que haveria lugar para todos eles no seu governo. De fato, estava preocupado com a disputa de cargos. E queria reforçar a sua autoridade e prestigiar Alencar, seu vice. Condenado a 12 anos e um mês por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, impedido de ser candidato, Lula não tem mais cargos para oferecer a ninguém, mas tem votos.

E é por tê-los, como mostram todas as pesquisas, que subjuga o PT à sua exclusiva vontade de seguir dizendo que apesar da lei, ele será candidato em outubro, e só deixará de ser quando quiser.

Parte dos seus acólitos acredita que Lula é um sábio, quase não erra. E que ao se apresentar como candidato, só se fortalece para na hora certa abençoar outro nome e transferir-lhe seus votos. Outra parte dos acólitos acha que Lula erra quando adia a escolha de outro nome, e que isso poderá prejudicar o desempenho do partido. Mas não tem coragem para opor-se a ele.

A mais recente pesquisa Datafolha foi celebrada pelo PT como uma prova a mais da força eleitoral de Lula, de como ele continua vivo na memória coletiva e de como tem razão em se dizer candidato. A pesquisa, porém, trouxe uma informação que o PT preferiu ignorar. Há um ano, quando perguntados em quem pretenderiam votar para presidente, 15% dos eleitores diziam o nome de Lula.

Agora, só 10% dizem a mesma coisa. Lula perdeu, portanto, 1/3 da intenção de voto espontânea. Certamente porque os eleitores, aos poucos, estão se convencendo de que ele não será candidato.

Quanto mais o PT demorar a indicar um candidato à vaga de Temer, mais eleitores de Lula se sentirão à vontade para fazer suas escolhas pessoais sem esperar uma ordem de cima. Elementar.

O PT parece estar para Lula como milhares de pessoas nos anos 70 do século passado estiveram para James Warren “Jim” Jones, fundador e líder nos Estados Unidos do culto Templo dos Povos.

Em novembro de 1978, na Guiana inglesa, pouco mais de 900 fiéis de Jim Jones, estimulados por ele, espontaneamente tomaram veneno e morreram. Foi o maior caso de suicídio coletivo até hoje. Em uma fita gravada na ocasião, ouve-se a voz do pastor dizendo: “Cometemos um ato de suicídio revolucionário para protestar contra as condições de um mundo desumano”.

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Absolut

1939|2018

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O amigão de Mantega

© Marcos Leoni|Folha Press

Victor Garcia Sandri, amigão de Guido Mantega que depositou US$ 1,3 milhão na conta do ex-ministro, “registrou sua casa como bem de família, em 2016”, publica a Coluna do Estadão.”A maioria dos juízes considera bens de família impenhoráveis.” O imóvel está avaliado em R$ 13 milhões.

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Cida Borghetti: quem corre não governa

Ruth Bolognese – ContraPonto

A governadora-candidata Cida Borghetti imprimiu e consolidou o ritmo de campanha eleitoral desde que assumiu o governo do Paraná há dois meses. Trabalha sábado e domingo, visita 5 ou 6 cidades num mesmo dia e sobe e desce do jatinho oficial para entregar recursos aos prefeitos como se não houvesse amanhã.

A campanha para se viabilizar como candidata à reeleição acontece a olhos vistos. Se a família Barros não tivesse a obsessão pelo poder que tem, Cida Borghetti cumpriria seus 9 meses de mandato cuidando do estado e fiscalizando as obras que seu antecessor não teve tempo de concluir.

Poderia adiantar um ou outro projeto com os recursos disponíveis e cuidaria para que o próximo governador eleito recebesse o estado equilibrado financeiramente e pronto para a nova gestão. E teria cumprido seu papel com dignidade em nome de todos os paranaenses.

Do jeito que está, os paranaenses pagam com seus impostos a pré-campanha da governadora-candidata. E qualquer decisão tomada sob a vertigem de maratona eleitoral não condiz, como diria o ex-presidente José Sarney, com a liturgia do cargo.

Só para citar um exemplo: o Paraná perdeu R$ 104 milhões em recursos federais para obras vitais de transporte rodoviário por causa da greve dos caminhoneiros enquanto o vizinho Rio Grande do Sul perdeu o equivalente à metade.

Alguma palavra, uma reclamação sequer da governadora? Nada. Para quem está em campanha eleitoral, notícias ruins não interessam. É muito melhor sorrir, ser chamada de Sula Miranda e apoiar os caminhoneiros-votantes.

Até outubro vai ser assim. E depois de outubro quem vai mandar será o governo eleito.

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Tchans!

amigos-do-peito5IreneIrene Jacob. © LePress

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Piauí

Praça D. Pedro II, Teresina, escurecendo. Foto do cartunista que vos digita

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Morre aos 78 anos Maria Esther Bueno, maior tenista brasileira

Douglas Miller|Keystone|Getty Images

Ela venceu 19 títulos de Grand Slam, os mais importantes do esporte, nos anos 1950 e 1960

Maria Esther Bueno, maior tenista brasileira da história, morreu nesta sexta-feira (8), aos 78 anos, em São Paulo. Ela estava internada no Hospital 9 de Julho desde maio (o dia exato não foi informado pela instituição), devido a um câncer na boca. A informação foi confirmada pelo hospital e pela família da atleta.

O velório será neste sábado (9), no Palácio dos Bandeirantes, das 8h às 15h, aberto ao público. O sepultamento ocorrerá no cemitério da Consolação, restrito a família e amigos.

“A diretoria de Esportes do Grupo Globo manifesta profundo pesar pelo falecimento de Maria Esther Bueno, maior tenista brasileira de todos os tempos e comentarista de grandes torneios de tênis no SporTV”, disse a emissora, na qual Maria Esther era comentarista.

Maria Esther nasceu em São Paulo em 11 de outubro de 1939 e começou a jogar no Clube de Regatas Tietê.

Somente em torneios do Grand Slam, ela conquistou 19 taças, entre simples, duplas e duplas mistas. Foi considerada a melhor do mundo em 1959, 1960, 1964 e 1966, numa época em que não existia o ranking.

Por esses motivos, em 1978 ela entrou no Hall da Fama do tênis, feito que apenas outra sul-americana (a argentina Gabriela Sabatini) alcançou. Guga também recebeu a honraria em 2012.

“Em 1960, eu ganhei o Aberto da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e o Aberto dos EUA com parcerias diferentes”, disse ela em entrevista à WTA (Associação de Tênis Feminino). “Foi algo grandioso.”

Foi a primeira a fechar o “calendar Grand Slam”, conquistar os quatro maiores torneios na mesma temporada, de duplas. O feito só foi repetido por Martina Navratilova (1984), Pam Shriver (1984) e Martina Hingis (1998).

Maria Esther Bueno não considera esse o maior feito de sua carreira, mas sim o título de simples na grama de Wimbledon, em 1959.

“Eu vinha do Brasil, onde havia apenas quadras de saibro, e a gente não tinha oportunidade de jogar na grama, então ganhar pela primeira vez foi uma grande surpresa”, afirmou ela, que tinha apenas 19 anos na ocasião do título.

Quando começou o profissionalismo no tênis, em 1968, a brasileira já sofria com uma lesão no braço.

Maria Esther Bueno jogou numa época em que não havia tie-break (sistema de desempate) e as partidas eram mais longas —ela contava que chegou a disputar 120 games consecutivos.

A premiação também é bem diferente da atual. O prêmio para a campeã de Wimbledon em 2018 é de US$ 3,08 milhões (cerca de R$ 11,5 milhões). Em 1959, a conquista valeu à brasileira 15 libras (cerca de R$ 56).

Maria Esther Bueno anunciou o encerramento da carreira pela primeira vez em 1969, mas voltou às quadras nos anos 1970 e chegou à quarta rodada de Wimbledon em 1976.

Em 2015, a quadra central do centro de tênis no Parque Olímpico do Rio foi batizada com o nome dela. Nos últimos anos, Maria Esther atuou como comentarista dos canais SporTV e era presença constante no Aberto do Rio, principal torneio de tênis do país.

Revista Veja

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O irritante guru do Meier

demoliram-a-pátria

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O pão nosso de cada dia

República dos Bananas

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Jornal do Cínico

Do Filósofo do Centro Cívico

Roberto Requião conta com os votos de Gleisi Hoffmann na eleição de outubro. Além do apoio dos fiéis seguidores, para se garantir desta vez ele não só sobe no palanque com o diabo, mas também pode abraçar e beijar na boca, se for preciso.

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© Luiz Antonio Guinski

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Hoje é sexta-feira. Hoje é Dia da Maldade

Ruth Bolognese – ContraPonto

Hoje é dia de lembrar que:
1) Três objetos simbólicos que o Paraná não vai esquecer tão fácil:
a) A bolsa de mão Bottega Veneta, de R$ 15 mil, da mulher do juiz Sérgio Moro, Rosângela, usada em New York
b) O colete cinza, Loro Piana, que Beto Richa ganhou em Miami e pode custar até R$ 44 mil
c) A gravata das Olímpiadas do ex-presidente Lula no depoimento a favor de Sérgio Cabral. Custo ignorado.
2) O ministro Edson Fachin, do STF, protegeu o sigilo telefônico de Michel Temer para o País inteiro não morrer de tédio
3) De tanto viajar pelo mundo, o juiz Sérgio Moro chega em casa agora e pergunta: “Mozão, onde EU moro?”
4) O primeiro paranaense a chegar na ilha das Cobras, agora transformada em centro de estudos ambientais, vai encontrar o cuecão do Requião, o último ser vivo a deixar o local.
5) Xô Gralha Azul: uma pesquisa inglesa descobriu que quem semeou nossos pinheiros foram os índios Proto-Jês
6) Que chefe de família curitibana vai almoçar no Madalozzo e deixa o irmão mais novo de fora? Alvaro Dias
7) O novo palavreado de Beto Richa: “é bandido”, “é criminoso”, “está na cadeia”, “é mentira”
8) Para a família Barros, Beto Richa já é “um governador-distante”.
9) De tanto antecipar mal feitos, Tony Garcia já é conhecido como a “Mãe Diná” do Paraná
10) E vem aí a delação do ex-diretor do DER, Nelson Leal Jr.

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Sobrenatural na Copa

Ruy Castro – Folha de São Paulo

Aquiles, o gato vidente, prepara-se para adivinhar tudo

Talvez por se passar na Rússia, cuja maestria em descobrir, esconder e misturar informações quase enlouqueceu as outras potências no século 20, esta Copa do Mundo promete lances tão empolgantes fora quanto dentro do campo. Muitos envolverão apostas milionárias quanto ao resultado das partidas, levando em conta informações exclusivas sobre treinos táticos, condição física dos jogadores e o ambiente dentro desta ou daquela delegação. Grande parte do dinheiro nessas apostas dirá respeito à compra ou venda de informações que possam influir no resultado de um jogo.

Quando se trata de analisar uma informação, todas as variáveis têm de ser consideradas. Uma das variáveis nesta Copa serão as predições de Aquiles, o gato oficialmente reconhecido pela Fifa como vidente para antecipar os vencedores das partidas mais importantes. Aquiles é um gato russo, adulto, de pelo farto e branco e com cara de quem está levando a sério sua atribuição. Na manhã de cada jogo para que for escalado, será chamado a escolher entre duas vasilhas de ração representando os países que se enfrentarão.

Imagine agora se, em segredo, forças ocultas dentro da Fifa —e o que não faltam na Fifa são forças ocultas — submetem Aquiles às vasilhas de ração na véspera do jogo e ficam sabendo sua predição antecipadamente. Quanto não valerá isto no mercado clandestino?

Você talvez esteja achando ridícula essa ideia —como atribuir poderes psíquicos a um gato diante de um prato de comida? Eu próprio, incréu de carteirinha, poderia ser levado a pensar assim. Mas desde a performance do polvo Paul na Copa de 2010, acertando o resultado das sete partidas a que foi desafiado, aprendi a lição. Quando se trata de futebol, o sobrenatural pode ser tão decisivo quanto um 4-3-3 ou um 4-3-1-2. 

E se um polvo, que não passa de uma gelatina com pernas, pôde fazer bonito, do que não será capaz um gato?

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TSE vai barrar imagens de Lula na campanha

As “Notas do Sexta-Feira”, na Crusoé, dizem que o TSE não vai apenas barrar a candidatura de Lula. Os ministros pretendem impedir também que o PT use durante a campanha eleitoral os filmetes de propaganda que o criminoso gravou antes de ser preso.

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Delatores e delatados

Rogério Distéfano

A Lava Jato e outras operações anticorrupção têm revelado talentos que merecem ser explorados na literatura de ficção. São os delatores, gente com inventiva muito superior à de um Paulo Coelho, para falar do mais vendido. Por outro lado, os delatados, que gente mais indigente na imaginação. Como esses dois, o que joga a culpa na mulher que morreu e o outro que diz que não precisa roubar porque casou com mulher rica. Esse pode não ter roubado do povo, apesar dos detalhes do delator. Mas roubou do sogro, que sua mulher é daquelas com quem se casa por amor. Mesmo que fosse mendiga.

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