Normal? Depende O próximo presidente poderá nomear até 5 ministros para o Supremo. Prerrogativa dele, que indica quem quiser. E prerrogativa do Senado, que pode recusar, mas não recusa. Resultado: continua igual a hoje, ministros retornando o favor ao limpar a barra de presidente e aliados. Isso é ruim? Não, é normal. O problema está em presidentes, senadores e ministros não pensarem nas instituições, mas em interesses e lealdades pessoais.

A Polônia enfrenta uma crise na corte suprema, cujos juízes agem na contramão dos ministros do Supremo. O presidente da república conseguiu do parlamento uma lei que reduz para 60 anos a idade máxima para permanência dos juízes e assim mandaria 5 deles embora. A presidente do tribunal recusou deixar o cargo e continua indo ao trabalho; o tribunal agora tem dois presidentes, um que o presidente quer e um que ele não quer.

Freio de arrumação – Na sexta-feira próxima a Terra reduzirá em 7 mil km/h a velocidade de sua órbita em torno do Sol. Fosse aqui no solo seria como um freio de arrumação, aquilo que os motoristas de ônibus fazem ao abrir espaço para acomodar mais passageiros. Na dúvida, o pessoal do Insulto vai se amarrar na cadeira para não ser jogado contra a parede.

Coisas do Brasil – O ex-governador Sérgio Cabral e sua mulher, Adriana Ancelmo, entregam bens à Justiça e com isso reduzem suas penas por roubalheira explícita, ele em 8 anos, ela em 4. Coisas do Brasil: quanto de peculato contribuiu para a aquisição dos bens?

As aparências enganam –O juiz Sérgio Moro afirma que estava “aparentemente equivocado” ao impor tornozeleiras eletrônicas ao ex-ministro José Dirceu. Justificativa à retirada delas determinada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo.

Toffoli e Moro são capas pretas, portanto que se desentendam. O Insulto não entende como um juiz tão seguro de suas decisões como Sérgio Moro se declara “aparentemente equivocado”.

A fera da Lava Jato pensou que estava mandando tornozelar o tornozelo esquerdo do José Dirceu, não os dois tornozelos. Sim, absurdo, mas nada diante daquele “aparentemente” – coisa de cabo de esquadra.

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Urubu pelado não voa em bando

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Mural da História

O Ex-tado do Paraná – 2004

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A culpa do mundo é nossa?

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O Procurador Santos Lima e os Ratos

Um dos principais investigadores da Lava Jato, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima vem recorrendo a expressões fortes para descrever políticos e autoridades. Longe da posição altaneira do juiz Sérgio Moro ou das frases algo ingênuas do rei do power point, o procurador Deltan Dellagnol, Santos Lima já chamou Michel Temer de leviano e, recentemente, aludiu a políticos que investem contra o andamento da Operação o comportamento de “ratos”.

O Conselho Nacional do Ministério Público já o advertiu para amenizar a linguagem, o que não o intimidou, pelo contrário. E o Procurador está certo, certíssimo. Força de expressão não deve ser motivo para calar, intimidar, ameaçar ou processar quem quer se seja. Além de bater de frente contra a liberdade de opinião – essencial para a democracia – embaralha o limite entre o que deve e não deve ser dito e aí se entra no perigoso terreno do julgamento subjetivo.

Há que se imaginar o efeito, por exemplo, se todos os políticos empenhados em “corrigir” os rumos da Lava Jato se sentissem ofendidos pela expressão “ratos” e processassem o procurador Santos Lima por dano moral. E se uma decisão judicial favorável aos políticos surpreendesse o Procurador daqui há 12 anos, obrigando-o a pagar o equivalente à metade da própria aposentadoria.

São essas anomalias que acontecem quando a liberdade de expressão é colocada em xeque: passados 12 anos, que dano moral poderia ser reparado? Mais ainda, que dano moral se repara com dinheiro de quem se sente ofendido? Os políticos vitoriosos sairiam por aí dando R$ 1 real para cada transeunte que se lembrasse do episódio?

Por tudo isso, é preciso ter claro como o sol que nasce todos os dias: o único critério que pode subsidiar a contestação da informação é a conduta da verdade. Se os políticos que agem contra a Lava Jato reprisam o comportamento de ratos medrosos, nada a contestar. Se uma autoridade da República é cobrada, publicamente, pela imprensa, por levar anos e anos para dar um parecer sobre qualquer processo de investigação em andamento, nada a reparar.

A forma é consequência linguística, apenas. A supressão da liberdade é um atentado grave contra a Democracia.

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Concurso para ministro – Tem que mudar a Constituição: ministro do Supremo só mediante concurso público. O tribunal virou a casa da mãe joana. Tem ministro verme que prejudica os velhos amigos. Tem ministro que ajuda os velhos amigos vermes. Se existe concurso para juiz, por que não para ministro?

Não ajuda muito, mas juiz não passa em concurso prometendo ajuda para depois cumprir ou descumprir. A tentação sempre ronda. O Insulto não inventa nem aumenta, só aplica o ensino de dois juristas, os professores Wilson Ramos Filho, o Xixo, e Luís Roberto Barroso, um carrapicho.

O gênio do cachimbo – Foi encontrado o cachimbo do saudoso e legendário doutor Francisco da Cunha Pereira Filho. Estava esquecido numa gaveta da velha sede da Gazeta do Povo, na Praça Carlos Gomes. Bisbilhotice do editorialista, que, fascinado, meteu o cachimbo na boca e o aspirou, como se faz com qualquer cachimbo.

O gênio que fez a fortuna da Gazeta escapou do fornilho e invadiu o cérebro do jornalista. Se o editorialista continua possuído pelo gênio, só o tempo dirá. Mas sua presença ficou no editorial de apoio à austeridade da governadora Cida Borghetti no reajuste dos funcionários do poder executivo.

Antiga direção – Um dia o restaurante aqui perto amanheceu com a faixa na fachada: “Agora sob antiga direção”. Tirando a faixa estava tudo igual: decoração, comida, cozinheiro, nem o preço do quilo baixou.

Que nem o partido: era MDB, passou a PMDB e um dia amanheceu MDB. Agora e antes sob “antiga direção”. O povo continua a comer a gororoba. Quanto ao preço, este sempre sobe.

Despeito – Problema não foi Juan Carlos Osório, técnico do México, criticar Neymar. É bronca de perdedor.

Problema é Ronaldo Fenômeno dizer que foi sorte o gol de Roberto Firmino aos dois minutos depois de entrar em campo. Isso é fala de despeitado, porque Firmino não é cliente da empresa dele, Ronaldo. Se fosse Maradona falando até daria para entender. Mas Ronaldo…

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Mazza, história e liberdade de expressão

Luiz Geraldo Mazza by Roque Sponholz – Miriam Karam

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Mural da História

© Matt Davies

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Glauco

Glauco-doisSempre achei que, depois do pessoal da Semana de Arte Moderna, ninguém tinha feito literatura paulista como os cartunistas. Claro que apareceram bons autores escrevendo sobre a experiência paulista, mas, na minha opinião, ninguém retratava o seu desvario, com todo o escracho e a loucura aparecendo, como o Angeli, o Laerte e o Glauco nas suas tiras. Não tenho notícia de outro personagem no mundo dos quadrinhos – ou da literatura – parecido com o Geraldão do Glauco, equilibrando copos e seringas na incansável perseguição da sua tara pela própria mãe.

Como o Angeli, quando não estava subvertendo a moral e os bons costumes nas tiras, o Glauco também era um excelente chargista político. Como o Laerte, que está levando sua arte para zonas nunca antes exploradas, em quadrinhos ou fora deles, o Glauco também era um experimentador genial. É uma triste ironia que ele tenha sido uma vítima do desvario. Luis Fernando Verissimo/Zero Hora

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O Consumidor e os planos de saúde

Os Planos de Saúde expulsaram quase três milhões de brasileiros no último ano em decorrência dos aumentos permitidos pela Agência Nacional de Saúde (ANS) e no mesmo período faturaram a bagatela de R$178 bilhões.

Enquanto rola a bola da Copa do Mundo da Rússia, a ANS ao invés de restringir os lucros astronômicos e limitar os aumentos injustificados dos planos de saúde resolveu abrir as portas para novas formas de reajustes abusivos.

Em tese, as agências reguladoras foram criadas para proteger os consumidores e impor regras restritivas aos lucros exorbitantes das operadoras da telefonia, dos combustíveis, dos planos de saúde, das empresas de aviação.

Na prática não é bem isso que acontece, as agências estão viabilizando aumentos abusivos e ilegalidades, como é o caso da novidade do pagamento das bagagens nas empresas aéreas que prometeram reduzir o valor das passagens, mas que subiram como as decolagens dos aviões.

A força política dos grupos econômicos está no financiamento das campanhas eleitorais de políticos que ocupam cargos, que por sua vez vão influir no aumento das tarifas e nos lucros das empresas. Um círculo vicioso que deveria ser virtuoso.

Tanto que a grande disputa dos políticos, em final de mandato, é ocupar os cargos das agências reguladoras para caso de não se reelegerem continuarem a operar e se beneficiar de privilégios funcionais.

Estamos falando da Resolução Normativa 433 de 27 de junho de 2018 (ANS) que viabilizou novas cobranças dos usuários dos planos de saúde e que não foi devidamente discutida e divulgada.

Esta famigerada resolução inovou no sentido de que os usuários poderão (leia-se deverão) pagar até 40% do valor dos atendimentos, o valor máximo é o dobro da mensalidade, que em alguns casos são altíssimas, e no limite ano de 12 mensalidades ao ano.

E ainda com o pagamento pela utilização do pronto socorro.

Inventaram a franquia no plano de saúde, que já funciona de forma questionável no mercado dos seguros. Isto é, para usar o plano de saúde o usuário deverá pagar um valor adicional a título de franquia, como alguém que bate o carro e precisa acionar o seguro do veículo.

A desculpa dos aumentos é “evitar o uso sem necessidade”.

A Resolução vale para os novos planos e entra em vigor em 180 dias. Os carrascos do Direito do Consumidor possuem grande poder econômico e, por vezes, ocupam cargos em altos escalões governamentais. O Congresso Nacional assiste calado a todos esses aumentos, é época de Copa do Mundo, em resumo, dá os ombros aos usuários dos planos de saúde.

Um país civilizado e uma República justa não podem permitir lucros abusivos e a redução gradativa dos Direitos dos Consumidores, mesmo que por vias indiretas e contratuais, como foi o caso desta malfadada Resolução da ANS (Agencia Nacional de Saúde) que deve ser revogada, se o Congresso Nacional tiver vergonha na cara.

Publicado em Claudio Henrique de Castro | Com a tag | Deixar um comentário
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Mazza, história e liberdade de expressão

Luiz Geraldo Mazza by Tiago Recchia. –  Miriam Karam

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Brasil 2 x México 0

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Lição de casa –Um venenoso do Centro Cívico que leu o editorial da Gazetona bem cedo não esperou o jogo do Brasil para mandar um sem pulo: “A direção do jornal deveria pedir ao pessoal da redação que lesse o texto como lição de casa”.

Depois do efeito Lexotan – O Brasil chegou às quartas de final da Copa da Russia porque começou a jogar bola a partir dos 30 minutos do primeiro tempo. Antes, foi aquela nhanha irritante. Hoje, Willian foi um arraso, a defesa perfeita e Neymar o que ele é mesmo com a bola e a inteligência no pé.  O México assustou no começo, mas só tinha futebol na meia hora em que os jogadores brasileiros pareciam sob efeito de Lexotan. Depois… 2 a 0, uma belíssima vitória.

Timaço – Cristovão Tezza revelou seu amor pelo Atlético Paranaense em artigo sobre futebol publicado ontem na Folha de S.Paulo. A escalação de escritores do time da Baixada é da pesada – tem também Paulo Leminski e Dalton Trevisan. Precisa mais?

Publicado em Roberto José da Silva - Blog do Zé Beto | Com a tag , , , | Deixar um comentário
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O de sempre – Vencendo hoje, seremos heróis, plenos de orgulho da raça. Perdendo, voltamos ao complexo de vira-latas.

Perda total –Incongruência – se quiserem: ‘incoerência – a eleição para o Senado. É majoritária, elege o mais votado. O mandato é de oito anos, um absurdo; nos EUA, copiado por Rui Barbosa, é de seis. Três senadores por Estado, outro absurdo; nos EUA, idem, são dois, haja vista tamanho dos dois países e eleitorado dos diversos Estados brasileiros. As eleições ocorrem de quatro em quatro anos, para escolha de 1 e 2/3 dos senadores, ou seja, elegemos um e dois a cada eleição.

A eleição, repito, é majoritária. Mas só no papel, porque na de 1/3 os candidatos disputam entre si; na de 2/3 não disputam, apenas seus nomes são postos em disputa. Não há disputa entre currículos.  ‘Currículo’ na política brasileira significa o dito ‘recall’, o grau de impacto da história do candidato em eleições anteriores. Ou sua fama na vida privada: o eleitor acha que o famoso faz milagres. Desinformado, vale o que o eleitor pensa que conhece do candidato; no geral, nada que interessa.

Na eleição dos 2/3 não há disputa, sim a apresentação das ‘propostas’, sempre o impraticável, o mirabolante e não raro fora da alçada do Senado. No Paraná, tudo indica que a próxima eleição dos 2/3 dará Roberto Requião e Beto Richa – sob aliança branca, eles que se dizem diferentes como o vinagre e a água de colônia. O Estado deixa de apostar em nomes interessantes como Oriovisto Guimarães e Ney Leprevost. Requião e Richa ganham, o Paraná perde. Perda total.

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Penso, logotipo…

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