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Passarinho
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Dezenas de policiais à procura de Azeredo
Dezenas de policiais — caracterizados e à paisana — estão à procura do ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo, publica o Estado de Minas. “Estamos fazendo diligências comuns para tentar localizá-lo, até porque a polícia tem que trabalhar com as duas hipóteses (ele se entregar ou não). Se ele não se entregar, temos que saber onde está para cumprirmos o mandado”, disse o delegado Carlos Capistrano.
Escritor americano Philip Roth morre aos 85
O escritor americano Philip Roth, vencedor do Pulitzer de 1997 por “Pastoral Americana” (1997) e considerado um dos maiores romancistas da atualidade, morreu nesta terça (22), aos 85 anos, de insuficiência cardíaca, em um hospital em Nova York.
Com sua morte, os Estados Unidos perdem o seu maior escritor. A frase poderá soar excessiva para alguns especialistas que sempre preferiram ver em Roth o protótipo do escritor judeu, interessado em explorar a condição da sua tribo em confronto com a sociedade gentia.
Essa interpretação é desmentida por toda a obra de Philip Roth e começa a sê-lo logo no primeiro livro, “Adeus, Columbus” (1959, ed. Companhia das Letras): sim, os personagens são judeus; mas Roth, em gesto que enfureceu os líderes da comunidade, apresentava personagens humanos, demasiado humanos, marcados pela fraqueza e mesmo pela indignidade.
O propósito era duplo: normalizar a condição dos judeus, retratá-los como parte imperfeita da nossa raça imperfeita, sem hagiografias ou exceções de qualquer espécie; e, por outro lado, orientar Roth para o seu tema de excelência: a crítica ao supremo mito fundador da República. A ideia otimista de que podemos ser quem quisermos, onde quisermos, sem amarras de qualquer espécie.
A visão de Roth é menos benevolente e, no sentido kafkiano do termo, mais europeia: os seres humanos podem alimentar a ilusão de que são senhores do seu destino. Mas é a contingência que determina o que somos e, sobretudo, o que não somos.
Por isso, os heróis de Roth assumem proporções essencialmente trágicas, na dimensão clássica da palavra: eles são exemplos de “hubris”, partilhando a arrogância ambiciosa de quem acredita na sua autossuficiência para enfrentar forças ou pulsões que não se controlam.
Essas forças ou pulsões podem ser de natureza sexual e sentimental, como acontece no caso de David Kepesh, obrigado a confrontar a “tirania dos afetos” em “O Animal Agonizante” (2001, ed. Companhia das Letras).
Mas também podem ser as forças e pulsões da comunidade e Coleman Silk, figura central de “A Marca Humana” (2000, ed. Companhia das Letras), é um exemplo particularmente pungente na galeria ficcional de Roth: Silk é um afro-americano de pele clara que procura fugir aos condicionalismos do grupo, escondendo a sua condição de negro.
Ironicamente, ele acabará por ser destruído por um episódio “politicamente correto” que lida, precisamente, com as sensibilidades afro-americanas nos Estados Unidos da era Bill Clinton.
João Pereira Coutinho – Publicado na Folha de S.Paulo
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Tropeiros e caminhoneiros
Essa greve dos caminhoneiros contra a alta do diesel. O governo corre para resolver tirando dinheiro de uma gaveta para pôr em outra e salvar votos nas eleições. Não fossem os crimes históricos dos governos no não apostar nos transportes ferroviário e marítimo estaríamos com o sistema do Império, dos tropeiros que cruzavam o Brasil.
A criação de mulas e cavalos traria estímulos econômicos e ações sociais, o ambiente seria poupado e a integração nacional não seria ditada pela Rede Globo. Exagero, claro. Mas o país não avançou quanto se podia esperar desde que os tropeiros desapareceram. O que resta são os caminhoneiros em greve e os tropeiros de Bolsonaro, nem rima, nem solução.
Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário
Com a tag Rogério Distéfano - O Insulto Diário
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Morre o jornalista Alberto Dines, aos 86 anos
Faleceu nesta terça-feira (22) Alberto Dines, jornalista, professor universitário, biógrafo e escritor. A informação foi publicada pela página do Repórter Brasil, telejornal da TV Brasil, em rede social. Dines ingressou em 1962 no JORNAL DO BRASIL, onde foi responsável por uma profunda reformulação que levou o jornal a se consolidar na vanguarda da imprensa nacional.
Alberto Dines nasceu no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, em 19 de fevereiro de 1932, filho de Israel Dines e de Raquel Dines, ambos de origem judaica. Fez os cursos primário e ginasial em colégios israelitas do Rio.
Jornalista, professor, biógrafo e escritor brasileiro ingressou em janeiro de 1962 no JORNAL DO BRASIL
Em 1943 teve sua primeira experiência jornalística como um dos organizadores do boletim estudantil Horta da Vitória, do Ginásio Hebreu Brasileiro. Cursou o científico no Colégio Andrews.
Iniciou sua carreira em 1952 como crítico de cinema da revista A Cena Muda. No ano seguinte foi convidado por Nahum Sirotsky para trabalhar como repórter na recém-fundada revista Visão, cobrindo assuntos ligados à vida artística, ao teatro e ao cinema. Passou a fazer reportagens políticas, cobrindo as campanhas de Jânio Quadros para a prefeitura de São Paulo em 1953 e, um ano mais tarde, para o governo do Estado.
Permaneceu na Visão até 1957, quando foi levado por Nahum Sirotsky para a revista Manchete. Tornou-se assistente de direção e secretário de redação. Após desentendimentos com Adolpho Bloch, demitiu-se da empresa e tentou criar, com recursos próprios, uma revista que não chegou a ser editada.
Em 1959 assumiu a direção do segundo caderno do jornal Última Hora, depois foi diretor da edição matutina e, mais tarde, das duas edições diárias (matutina e vespertina).
No ano seguinte foi nomeado editor-chefe da recém-criada revista Fatos e Fotos, tendo colaborado, nessa ocasião, no jornal Tribuna da Imprensa, então pertencente ao Jornal do Brasil. Em 1960, convidado por João Calmon, dirigiu o Diário da Noite, dos Diários Associados de Assis Chateaubriand, convertendo-o em tabloide vespertino. Deixou o jornal, demitido por Chateaubriand, por não obedecer a ordem de ignorar o sequestro do navio Santa Maria, em Recife, feito em protesto contra a ditadura de Antônio Salazar em Portugal.
JORNAL DO BRASIL
Ingressou em janeiro de 1962 no JORNAL DO BRASIL como editor-chefe, aos 30 anos e dez de profissão. Segundo o diretor Manual Francisco do Nascimento Brito, com a entrada de Dines, a reformulação do jornal foi afinal consolidada, pois ele sistematizou as modificações que levaram o JB a ocupar outra posição na imprensa brasileira.
Em 1963 Dines criou e ocupou a cadeira de jornalismo comparado na Faculdade de Jornalismo da PUC. No período fundou, dirigiu e colaborou regularmente com os Cadernos de Jornalismo e Comunicação do JORNAL DO BRASIL. Em 1965, instituiu a cadeira de Teoria da Imprensa na PUC, onde lecionou até 1966.
Jornal do Brasil
PT decide lançar candidatura de Lula no dia 27, diz deputado
O PT decidiu lançar a pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência no próximo domingo, 27. A data foi escolhida pelo próprio Lula nesta segunda-feira, disse o deputado Wadih Damous (PT-SP), que visitou o petista na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba. A decisão de anunciar o ex-presidente como candidato ocorre num momento em que governadores do partido começam abandonar o projeto lulista em nome de um plano B, que tenha condições de mobilizar eleitores em torno do partido. A ideia do PT é realizar o lançamento da candidatura do ex-presidente no Nordeste e, depois disso, elaborar um calendário de atos políticos nas capitais.
Playboy – Anos 70
Publicado em Playboy - Anos 70
Com a tag coleção playboy, playboy anos 70, revista playboy
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Só bota
Publicado em roberto josé da silva
Com a tag fotografia, palmeira dos índios, roberto josé da silva, zé beto
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Tchans!
Gleisi Lula Hoffmann
“Termino com a frase de uma tia, pessoa simples e trabalhadora, que foi ao Parque de Diversão Beto Carrero nesta semana: ‘Como está cheio isso! Filas que não acabam mais. Onde está a crise que tanto falam…?'” Da senadora Gleisi Hoffmann (PT) que citou sua tia para negar a existência da crise. Revista Ideias, 167, setembro 2015.
Talvez propositadamente
“Talvez propositadamente” significa que o governo não pode afirmar: fizeram de propósito. O “sistema político”, então, é a quintessência do lugar comum da língua Temer, que funciona para mascarar intenções, diluir ideias e fingir densidade a pensamentos vazios. Para não pagar tributo ao descendente direto do Conselheiro Acácio, esse moço Michel Temer, o Insulto resume o bolodório: a Friboi ferrou a reforma.
Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário
Com a tag Rogério Distéfano - O Insulto Diário
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Candidatura de Fruet ao Senado esquenta a disputa
Silenciosamente, o ex-prefeito Gustavo Fruet (PDT) percorre a região metropolitana, vilas e bairros de Curitiba numa prévia consulta se deve ou não sair candidato ao Senado em outubro. É decisão que muda o quadro pela segunda vez nos últimos dois meses: a entrada no cenário do professor Oriovisto Guimarães (Podemos), ex-Positivo, provocou o primeiro solavanco no previsível enfrentamento entre dois ex-governadores Roberto Requião (PMDB) e Beto Richa (PSDB).
Se Fruet topar a parada, vai levar votos dos outros três e pode complicar a vida tanto de Beto Richa como de Oriovisto Guimarães, não esquecendo também que na eleição para o Senado, em 2010, ficou em terceiro lugar, muito perto de aposentar Requião. A diferença entre os dois foi de apenas 1,6% dos votos.
Os curitibanos se decepcionaram com o desempenho de Guga no papel de gestor, tanto que não o reelegeram, mas mantém o recall do bom trabalho na Câmara Federal e não há suspeitas de envolvimentos com malfeitos durante toda a carreira. Nos tempos que correm, já é meio caminho andado.
O perfil político de Fruet, todos sabem, é de parlamentar, no embate de ideias e projetos, tanto no plenário da Câmara como do Senado.
A última manifestação pública de Gustavo Fruet foi sintomática: surpreendeu-se com a avalanche de denúncias contra os dois governos de Beto Richa que têm pipocado nas últimas semanas. E ele sabe que se a avalanche se prolongar, com novos fatos, o único caminho que restará ao ex-governador será disputar uma vaga na Câmara Federal. Terá muito mais chances de se eleger.
Sem Beto Richa, o Senado se torna mais fácil para um nome consolidado politicamente, como o de Fruet e de Requião, e com o novo no cenário, professor Oriovisto.
Briga de cachorro grande, no bom sentido.
Publicado em Ruth Bolognese - Contraponto
Com a tag Gustavo Fruet, roberto requião, Ruth Bolognese - Contraponto
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Adeus, Nara…
Ora direis ouvir orelhas…”
Seja breve, diz a música de Noel Rosa. Seja longo, extenso, mas seja breve. Se você se estende demais na orelha de algum livro não ouvirão o que você quer dizer. E lembrando um ditado que trouxe de Itararé, a minha Caicó – Quem fala demais acaba dando bom dia pra cavalo.
Imagina-te, Clódia, encontrei uma mulher inimaginável, belíssima. Ela é de Caicó. Jamais pensei que uma caicoense pudesse ter tais atributos. É tudo tão longe, não é? E a gente nem sabe direito onde é Caicó. E se existe. Pois existe e muito! A mulher é inteira existente. Existe em maravilha da cabeça aos pés. Não te preocupes, mas balancei um bocado. É alta, loira, letrada! Conhece literatura de cabo a rabo. O marido, o professor Gutemberg, viajou anteontem para um lugarzinho perto daqui chamado Muriaé. Não deu outra. Já sabes. Mas a mulher tem tamanhas qualidades que fiquei tímido, lasso, brocha e despeitado. E ontem, odiento, mandei-lhe o primeiro poema aí de cima, Pois imagina-te, hoje me respondeu com o aí de baixo. Estou mal, prostrado. Manda-me algumas palavrinhas; Caicó, meu Deus! Vou comprar hoje mesmo um mapa desse Brasil bandalho. Que surpresas! Que país! Que grelos insolentes e cultivados tão de repente! Eu fedo, Clodinha? Manda-me carícias e um fio do teu pentelho. Ela se chama Líria. (Contos D’Escárnio. Textos Grotescos, de Hilda Hilst)
Fui convidado pela Nara para escrever a orelha deste livro. Pensei em começar mais ou menos assim: Assionara Souza é uma molécula, menínula sapécula que anda de biciclétula atrás das palavras, para apanhá-las pelo rabo, pela cauda, e encaixar, uma por uma, no cotidiano dos seus personagens, que sempre existiram, e ela as usa na medida exata, na rua, aqui, ali e em todo lugar, sempre, sem tirar nem por.
Assionara mencionou que eu podia ser sincero, apesar da difícil função de escrevinhador de orelhas. Enfim, escrevo esta orelha de ouvido, porém atento ao que ela manifestou em seus livros, que sempre leio bem-humorado, apesar de ser um sujeito já nem tanto. Não é meu hábito tecer loas a ninguém, que fique bem claro. Também não acredito que o curitibano “só fala bem dos outros pelas costas”.
Ela confessa ter matado aula na graduação para continuar lendo Contos D’Escárnio, Textos Grotescos, de Hilda Hilst, citado acima, justamente pela cidade de Caicó, no Rio Grande do Norte, onde nasceu Assionara. Bom pra ela e ótimo para nós. Quando deixamos de fazer coisas obrigatórias, acabamos fazendo o indispensável. Caicó é aqui e agora, tão perto de nós. A vida tira as pessoas de Caicó, mas nada tira Caicó das pessoas.
Nara é doutoranda em Estudos Literários pela UFPR e adotou Curitiba para viver, para nossa alegria e felicidade. De fala mansa e gentil, essa menina descarta o desnecessário e mostra que o excesso não faz falta, quando o simples, exatamente o simples, pode explicar tudo. Assim são as imagens e sugestões na literatura refinada e na poesia da escritora.
Como cartunista e humorista, acho Assionara uma graça, divertida, bem-humorada, mesmo nos momentos melancólicos, na riqueza da tristeza e, usando o meu pleonasmo preferido “Se não for divertido, não tem graça”, confesso que quando as descobertas de Asssionara me espantam, pergunto: Por que eu não pensei nisso antes?
Creio que até os bilhetes, a lista de compras de supermercado, a agenda de compromissos e as anotações dela sejam obras literárias, minuciosas, encantadas, escritas por alguém que não tem pressa, como as pessoas que, quando viajam, prestam atenção nos detalhes do percurso, sem se importar com o tempo pra chegar lá.
Nós não temos nada. Só aquilo que nos falta. Isso acontece quando passeamos por nossas memórias e, como Nara, trazemos debaixo do braço histórias pessoais com a leitura de Na Rua, cuidadosamente pensado, escrito como o pão nosso de cada dia, trazido de alguma tarde de nossa infância. Alguém já disse que escrever é observar atentamente os pormenores da realidade, como um sonho, sabendo escolher a gota da chuva que vamos esconder na nossa caixinha de inutilidades, para lavar a alma, numa tarde qualquer.
Essa menina de Caicó agora faz parte do Condomínio da Palavra, criado por Luiz Carlos Rettamozo, uma das antenas da raça (no meu caso, da roça) de Curitiba.
Na Rua: A Caminho Do Circo, encontrei um Pequeno Elogio à Loucura:
O Louco
O Louco veio aqui hoje. É possível ainda senti-lo, ele está aqui, próximo. Bem próximo. O cheiro do Louco é esverdeado. Sempre que ele está por perto as mãos fogem para junto do rosto. Colam-se às faces e os olhos se esbugalham espantados com a sua presença. À volta dele, os pés se perdem a andar sem destino. Não há água que amenize a sede do Louco. Não há silêncio que sufoque a massa de vozes que se avolumam no centro denso dos pensamentos. O Louco é preciso. Vale-se de uma única palavra e penetra o ínfimo ânus desta uma até que ela se dilacere e se ponha a supurar. Ninguém pode com o Louco. Ele monta feito cavalo morto às costas de quem o resiste e, mesmo perto do sono chegar, acende a lâmpada da insônia que se farta em goles grandes do desespero líquido até que se rompa a tênue luz da manhã.
Então, Nara? Satisfeita? Creio que a encomenda foi entregue, não? Agora, temos que ir.
(Esta foi a orelha que escrevi para Na Rua, de Assionara Souza, editora Arte e Letra. Não pude ir no lançamento e, ironia do destino, não tenho o livr0). Tenho certeza que Assionara ainda vai encontrar um exemplar pra mim. Sem fumar, espero.
Assionara Souza – Caicó|1969 – Curitiba|2018
Maduro reeleito, Requião comemora
Hoje é dia de festa para o senador Roberto Requião (PMDB/PR). Nicolas Maduro foi reeleito presidente da Venezuela. Recebeu 2/3 dos votos computados. A ‘democracia’ bolivariana foi mantida. Não importa que 54% dos eleitores não compareceram à votação. O que vale é que o discípulo de Hugo Chávez, ídolo do ex-governador dos paranaenses, vai ficar mais seis anos no poder, conduzindo a população mais pobre na direção do… do… do que mesmo?
Publicado em Roberto José da Silva - Zé Beto
Com a tag Roberto José da Silva - Blog do Zé Beto, roberto requião
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