Há mais de um mês antecipamos aqui que a senadora Gleisi Hoffmann , e seu marido ex-ministro Paulo Bernardo, seriam personagens de capa da revista Crusoé, braço mais aprofundado do site O Antagonista. A assessoria da senadora ficou preocupada e chegou a solicitar mais detalhes sobre a informação.
Comprova-se agora: saiu hoje a Crusoé com a manchete “Gleisi Hoffmoney”. Tem razão o ex-presidente Lula ao desagravar Gleisi porque se existe algum petista que não fica em paz um dia apenas é a presidente do PT. Por conta dela e dos avessos ao partido. E um pouco de machismo explícito também.
A OAB Paraná manifesta sua integral solidariedade à mulher haitiana esfaqueada eviolentada por quatro homens em sua própria casa, em Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), no último domingo (13/5), conforme noticiado pela imprensa paranaense. Grávida, a imigrante, cujo nome fica preservado para sua própria segurança, também teve roubados pelos criminosos boa parte dos poucos pertences que ela e a família amealharam no Brasil, para onde vieram fugindo da crise humanitária que assola seu país natal.
Expressamos também nosso repúdio pela ação selvagem dos criminosos. Ao mesmo tempo, saudamos os policiais da Delegacia de Fazenda Rio Grande, que prestaram atendimento à vítima e trabalharam para a rápida identificação dos responsáveis. Casos como o relatado, infelizmente nada raros em nosso país, nos lembram que há muito a fazer para que as noções de civilidade e de respeito aos direitos humanos se disseminem, poupando-nos da barbárie.
A diretoria da OAB Paraná determinou que o caso seja acompanhado pela Comissão de Direitos Humanos para que a vítima receba todo o apoio e acompanhamento necessário. Foram destacadas as Comissões de Direitos Humanos, e de Estudos de Violência de Gênero, para que a vítima receba todo o acompanhamento e apoio necessário.
Não, mil vezes não. O apartamento que a revista Crusoé diz que a senadora Gleisi Hoffmann comprou com a propina de R$ 5,3 milhões não é dela.
Tem coincidência demais. E devemos desconfiar quando é coincidência de coincidência: na praia, de cobertura, não é lá essas coisas. A coincidência com o triplex de Lula é mera coincidência.
Gleisi também foi visitar o apartamento, interessada em comprá-lo, ela mais o dono da construtora e o vendedor de cozinhas. Paulo Bernardo, o marido, deu uma chegada e torceu o nariz.
Mas não passou disso, a compra gorou. Nem foi por falta de dinheiro: Gleisi economizou em Itaipu e senador ganha muito e quase não gasta, o Senado paga de cabeleireiro a jaqueta de coroa.
Fábio Campana – Política, cultura e o poder por trás dos panos.
Sabe os R$ 40 milhões que a JBS despejou no PMDB e que agora encrenca o partido no STF? Pois, pois, a grana foi distribuída nas campanhas de 2014 de dez candidatos, entre eles, Renan Calheiros, Romero Jucá, Jader Barbalho e Roberto Requião. Requião não quer a denúncia colada a ele, claro, e já tratou de atirar contra o seu “PMDB velho de guerra”, a dizer que cabe à sigla explicar as origens dos recursos que lhe foram muito úteis quatro anos atrás, apesar da derrota nas urnas.
Gabriela Hardt, a juíza substituta da 13ª Vara Federal de Curitiba, acaba de expedir o mandado de prisão contra José Dirceu –Sergio Moro, o titular da vara, está no exterior. Conforme a decisão, o petista tem que se apresentar à carceragem da PF em Brasília até as 17h de hoje.
Uma figura não escrita do direito é o jus esperneandi. Em pseudo-latim, é o direito de espernear, de valer-se de todos os recursos legais em defesa de um ponto de vista, de modo a protelar a execução de uma medida que lhe seja adversa. A imagem é cômica e sugere um garoto se atirando ao chão na rua e fazendo pirraça para evitar que o pai o leve para casa porque está na hora da sua, digamos, aula de acordeão. Nelson Rodrigues criou uma variação ainda mais hilariante dessa imagem: o sujeito ser levado pedalando o ar.
Lula não foi levado para Curitiba pedalando o ar, mas seus advogados não têm economizado no seu direito de espernear contra a prisão. Toda semana, a cada derrota acachapante de seu cliente num tribunal, apelam para um embargo declaratório, recurso especial, agravo de instrumento, recurso extraordinário ou agravo regimental que lhes faculta a lei e, diante de nova derrota, aplicam sobre cada qual um novo agravo regimental, recurso extraordinário, agravo de instrumento, recurso especial ou embargo declaratório. E assim por diante —se deixarem, essa ciranda procrastinatória não tem fim.
Cada embargo, agravo ou recurso pode ser solicitado não apenas ao plenário do TRF, STJ ou STF quantas vezes se queira, mas também às diversas turmas em que esses tribunais se dividem, contando com que alguma seja mais favorável ao acusado. No caso de Lula, isso não lhe está sendo de grande valia —tem levado goleadas até nas turmas que lhe pareciam mais simpáticas.
Tudo isso para dizer que, com tantos recursos, embargos e agravos junto a uma Justiça que os recebe com a maior paciência, fica difícil convencer o mundo de que Lula está preso sem direito de defesa.
Mas tudo tem limite. Depois de sucessivas derrotas em todas as turmas a que seus advogados estão apelando, só restará a Lula pôr-se à mercê da última e definitiva turma: a Turma do Funil.
Susan Pinker, psicóloga e colunista do The Wall Street Journal, divulga pesquisa sobre a longevidade. Homens e mulheres que mantêm amizades por longo tempo vivem mais, elas como sempre mais duráveis. Só na Sardenha, a ilha do mar Egeu, as mulheres duram tanto quanto os homens. Pelo jeito por lá mulheres e homens morrem ao mesmo tempo.
A pesquisa tem um ponto instigante, o cigarro: elemata menos quem tem velhos amigos. A pessoa pode fumar feito chaminé, com certeza mulheres e homens longevos fazem isso na Sardenha. Mas como têm amigos de longa data, com os quais convivem o tempo todo, inclusive filando cigarros, vivem mais.
Se você chegou ao ocaso da existência, hoje não fuma e absteve-se de amigos tóxicos, não há como voltar atrás, nem buscando cidadania da Sardenha. Nesta altura adiantada da vida, a amizade nova vira artigo raro. Mesmo que se consiga fazer novos amigos há o problema do tempo para cultivá-los.
Resta o prêmio de consolação, o cigarro. Já que o tempo dos velhos amigos se foi e o tempo dos novos é inviável, melhor voltar a fumar. Mas se o cigarro causa repulsa, não há porque sofrer à toa. O cigarro é elemento intercambiável, há outros recursos. Se a morte está próxima, por que não aproveitar?
Pode-se trocar o cigarro pela bebida. Sim, tem a questão de misturar com os remédios da pressão, da coagulação e do colesterol. A última saída será o sexo, com a inevitável contraindicação do ridículo e da frustração. Não custa tentar, a vida é curta. Claro que se você tiver netos, esqueça tudo o que Susan e eu escrevemos.
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