Assembleia Legislativa e a lembrança do camburão

Ruth Bolognese – ContraPonto

O evento mais simbólico – e que a Assembleia Legislativa do Paraná daria uma verba de representação para esquecer – foi o do camburão da PM levando deputados para votar no início do segundo governo Beto Richa. Imagem inédita e histórica de parlamentares dando as costas para o povo que os elegeu.

Hoje, as nobres excelências estão numa situação semelhante, guardadas as devidas proporções:

1) Se votar um projeto de reajuste salarial só para os funcionários públicos do executivo, deixa de lado o judiciário, ministério público e o tribunal de contas. No caso, cada deputado sabe onde lhe doem os calos;
2) Se a Casa decidir esquecer o executivo e privilegiar a nata do funcionalismo, pode ser que passe a requisitar mais camburão para chegar no prédio do que viagens da Uber.

É bom lembrar que o mesmo vale para a governadora-candidata, Cida Borghetti, que enviará o projeto de reajuste para a Assembleia solicitando reajuste amplo, geral e irrestrito ou necas de pitibiriba.

Como se diz aqui em Paraíso do Norte, a rapadura é doce, mas não é mole não.

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Mural da História

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Convocada

©Vogue

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República dos Bananas

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Mazza, história e liberdade de expressão

Luiz Geraldo Mazza – Miriam Karam

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Esse ou zê?

Rogério Distéfano – O Insulto Diário

Elevador lotado, lá no fundo a saudação do inconveniente de plantão. “E aí, cara pálida?”. Acertou, minha cara ficou pálida, sou o constrangido de plantão. Vai direto ao assunto: “Já tem candidato?”. Todos os olhos voltados para mim, os olhos do inconveniente passeando pelos olhos do outros em busca de atenção.

A resposta sai no arranco doloroso, ‘ainda não. E você?’ “Estou analisando as propostas do Bolsonaro.” Os olhos do elevador de novo para mim, metade Bolsonaro, metade Lula. Tenho que entrar no jogo: ‘como se escreve analisando, com esse ou com ?’. O elevador chega, eu na frente saio às pressas. Pressa com dois esses.

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É hoje, PGR pede ao STF condenação de Gleisi na Lava Jato

Fábio Campana – Política, cultura e o poder por trás dos panos

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou nesta segunda-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) um memorial em que pede a condenação da presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), do marido dela, o ex-ministro Paulo Bernardo, e do empresário Ernesto Kugler por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O caso está previsto para ser julgado pela Segunda Turma do STF nesta terça-feira, 19. As informações são da Reuters.

O processo trata do suposto desvio de 1 milhão de reais oriundos de contratos com prestadoras de serviços da Petrobras, que foram usados na campanha dela ao Senado, em 2010. Segundo investigações do Ministério Público Federal (MPF), corroboradas por depoimentos dos delatores Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa, quatro repasses no valor de 250.000 reais foram destinados à campanha da parlamentar naquele ano.

No documento enviado ao STF, Raquel Dodge destaca que Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo cometeram ato de ofício para fins de corrupção. No caso de Bernardo, o crime consistiu em conceder permanentemente apoio político para viabilizar a indicação e a manutenção de Paulo Roberto Costa na Diretoria de Abastecimento da Petrobras.

Já em relação à senadora, o ato de ofício foi na modalidade omissiva, pois ela tinha o dever de fiscalizar os atos praticados por órgãos da administração pública.

“A senadora, expoente de seu partido político, locupletou-se dolosamente de todo um esquema de ilegalidades praticados na Petrobras e, também por isso, deixou de cumprir com seu dever de fiscalização”, afirmou a procuradora-geral no memorial.

A defesa de Bernardo afirma que, como titular do Planejamento, ele não tinha influência sobre Paulo Roberto Costa. Gleisi, por sua vez, diz que as delações são contraditórias e negou que quaisquer irregularidades tenham sido cometidas por ela ou por seu marido.

“Eu nunca estive com Paulo Roberto Costa, eu não estava na Casa Civil, eu nem estava na política. Então não tem nenhum ato meu nesse processo e nem do Paulo”, disse, quando do recebimento da denúncia pelo STF.

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Tchans!

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O pedágio deveria ser candidato em 2018

Ruth Bolognese – ContraPonto

A tarifa do pedágio no Paraná ficou tão politizada que o próprio pedágio deveria sair candidato em outubro. Teria grandes chances de virar governador, pela experiência e pela enganação vitoriosa.

Quando era deputado estadual, o petista André Vargas tornou-se relator da CPI do Pedágio e cozinhou o galo meses e meses. O resultado na queda da tarifa foi zero, mas o PT saiu ganhando: as pedageiras se tornaram doadoras das campanhas petistas, entre elas, com mais vigor, a Triunfo, agora enrolada na Operação Integração.

Todo político paranaense, de deputado estadual a senador, de vereador a prefeito, em algum momento, tal qual Roberto Requião, bateu na mesa para dizer que ia resolver a questão. Nada.

O deputado Luiz Cláudio Romanelli, no auge de sua ardente fase revolucionária, chegou a desobedecer a ordem civil e furou a catraca de uma praça na sua região. O pessoal poderoso do G7 – Faep, Fiep, Odepar, Fecomercio, ACP, Faciap e Fetranspar – assinou dezenas de documentos pedindo a queda nas tarifas e nunca chegou lá.

Nem vamos falar aqui de Tribunal de Contas da União e do Estado e dos Ministérios Públicos, Federal e Estadual, que em 20 anos se concentraram em ser contra as tarifas. Apenas contra.

Agora, até a governadora-candidata, Cida Borghetti, na ânsia de estar em todas, avisa as pedageiras que o contrato vai acabar em 2021, tipo assim “olha, a mamata vai acabar, vocês têm de se preparar.” Como se até a moça que lhe faz a chapinha não soubesse disso.

Com tanta gente interessada, uma marca consolidada, apoio branco de todos os políticos do Paraná, riquíssimo e onipresente, o pedágio é o candidato ideal em 2018.

E até o slogan está pronto: “Paraná – aqui o pedágio é pra sempre”.

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República dos Bananas

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A hora é agora! Contribua com Mazza, história e liberdade de expressão

Vamos fazer um documentário sobre a trajetória do jornalista Luiz Geraldo Mazza, o decano da imprensa paranaense, ainda em atividade aos 87 anos. Voz combativa e influente desde os anos 50, Mazza tem memória privilegiada e fazer um filme sobre ele significa contar um pouco da história do Paraná e de Curitiba, seus personagens e suas lutas.

Luiz Geraldo Mazza perdeu o cargo de Procurador do Estado por sua luta contra a ditadura militar, mas nunca se calou. Hoje é uma voz (na CBN) e uma pena (no jornal Folha de Londrina) das mais temidas pelas autoridades de plantão.

Transpor essa história para as telas é garantir a preservação da memória para as futuras gerações, especialmente nestes tempos de tão grandes mudanças no jornalismo e transformações sociais.

Como jornalista que teve a felicidade de encontrar Mazza no começo da carreira, gostaria de ser a porta-voz dessa história das mais relevantes. Já realizei uma série de documentários para televisão, vídeos institucionais e desenvolvi estudos em cinema na Escola de Comunicação e Artes (ECA), da USP, e na Faculdade de Artes do Paraná (Unespar).

Miriam Karam – Aqui!

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Fraga

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As Senhoritas de Avignon – Pablo Picasso

O famoso quadro primitivista de Picasso retrata cinco prostitutas nuas que trabalhariam num bordel de Barcelona. Com formas femininas pouco convencionais e olhares implacáveis, o quadro é uma versão da erotica proto-cubista.

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Tempo

Marina Solda – Itararé, 1935 | Curitiba, 2009. Hoje, Dona Marina faria 83 anos. © Sandra Solda

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