Na ânsia de mostrar que tem o apoio do senador Alvaro Dias e seu Podemos, o candidato Ratinho Jr. fez o papel do apressado que come cru.
Depois de divulgar a adesão do Podemos como se fosse ordem do cacique-mor, com fotografia e tudo, teve que passar pelo vexame de ver tudo desmentido. E, pior, de ouvir o próprio Alvaro passar uma descompostura no funcionário público municipal de Ponta Grossa, Eliseu Chociai, autor do “apoio”.
Ligeireza em campanha é muito bom. Mas desde que combinado com os russos.
A oposição se esbalda no Brasil a gritar “Fora Temer” em todo e qualquer evento. Robert De Niro deu o exemplo, chega de meias medidas. Ontem, na entrega dos prêmios Tony, da Broadway, foi curto e grosso: “Foda-se Trump”. A gente não diz isso aqui porque Michel Temer já está na situação que De Niro deseja para Trump ou é medo de ofender o presidente?
Um presidente com 82% dos compatriotas contra ele, como concluiu o Datafolha sobre Michel Temer, pegaria o boné e iria curtir Marcela, a Bela, em algum lugar do mundo. Por conta própria mesmo, sem pressão. No Brasil, não. O sujeito não só continua Presidente, gastando nosso dinheiro com a manutenção do staff, como continua dando lições de política aos mais próximos. Nem casamento suporta uma rejeição de 82%, gente!
A maioria absoluta dos eleitores brasileiros (61%) não votaria em candidatos a presidente que propusessem a privatização da Petrobrás, mostra pesquisa da Ipsos veiculada pelo jornal Valor. O porcentual de rejeição chega a 62% quando a pergunta é sobre a privatização do Banco do Brasil. Também é bastante significativo – 57% – o índice dos que descartam votar em quem defende a reforma da Previdência.
Os resultados não diferem de algumas outras enquetes feitas a propósito dos mesmos temas – todas apontaram uma considerável objeção às privatizações e à reforma do sistema previdenciário. Esta última pesquisa explicita esse componente da intenção de voto do entrevistado – e, com isso, aponta a dificuldade que candidatos de centro podem ter para sustentar a bandeira da redução do tamanho do Estado.
No entanto, paradoxalmente, a mesma pesquisa indica que 68% dos entrevistados dizem que pretendem apoiar candidatos que prometerem reduzir os gastos públicos. Trata-se de uma evidente contradição, pois é justamente a manutenção de gigantescas estatais, cuja simples existência distorce as relações de mercado, que contribui substancialmente para estropiar as contas públicas. A contradição fica ainda mais gritante quando se compara esse apoio ao corte de gastos com a rejeição a candidatos que defenderem a reforma da Previdência – crucial para amainar a crise fiscal no País. Não se pode querer uma coisa sem levar em conta a outra.
Contudo, ao que parece, essa pesquisa, como todas as demais do mesmo gênero, não apresentou aos entrevistados a questão na forma de trade-off. Afinal, toda decisão tem um custo. Como os recursos são sempre limitados, toda decisão econômica pressupõe alguma perda. Se o tomador da decisão desconhece essa perda, ele não terá condições de fazer sua escolha de modo consciente, seja no orçamento doméstico, seja no Orçamento do País.
Aparentemente, o eleitor entrevistado nessas pesquisas não estava ciente das possíveis consequências de suas escolhas. Por exemplo: é provável que, ao decidir rechaçar candidatos que defendem a reforma da Previdência, o entrevistado não tivesse consciência de que o rombo do sistema previdenciário inviabiliza os investimentos em áreas importantes e compromete as contas públicas, com efeitos nefastos para o País. Nessas condições, o eleitor entrevistado não tinha condições de ponderar de modo mais realista – e menos ideológico – a sua resposta. Continue lendo →
Essa cultura do deixa-pra-lá, bastante forte no caráter do brasileiro, acabou criando um domínio sobre nossa vida social de tipos que se impõem fazendo-se de doidos. Todo mundo sabe do que estou falando.Em quaisquer condições, no trabalho ou no lazer, sempre tem alguém muito doido que vai se impondo. A pessoa cria situações de constrangimento e intimidação e vai ganhando espaço. Geralmente a maioria das pessoas deixa pra lá, para não ter que encarar conflitos desagradáveis e com isso o doido vai adquirindo poder ou ao menos podendo tocar suas coisas sem ser incomodado, o que em ambientes de trabalho significa não ter que se adequar a regras que os outros são obrigados a cumprir e também se desobrigando de cobranças normais na profissão. O doido acaba levando a vida numa boa e não é raro que adquira poder sobre os outros, até em cargos de comando, com a submissão alheia garantida pelo temor de que ele possa surtar se lhe for exigido o mesmo que todos são obrigados a cumprir.
O artifício de se fazer de doido serve para todas as ocasiões, sendo presente mesmo nas atividades públicas, onde regras e obrigações deveriam ser mais rígidas em seu cumprimento e na punição, quando a pessoa passa do limite. Mas infelizmente no geral é raro que o doido seja contido. Esse ator da TV Globo, Fábio Assunção, vinha sendo favorecido bastante por essa tolerância equivocada que existe no Brasil em relação a quem vive importunando o próximo, mas nesta sua última grosseria parece que afinal ele encontrou uma autoridade com uma boa receita para que indivíduos com o seu tipo de comportamento tomem jeito ou então busquem internação clínica por contra própria para o tratamento especializado. Assunção envolveu-se em um acidente que poderia ter sido grave. Segundo o depoimento de testemunhas envolvidas no acidente e de policiais, o ator estava pelo menos alcoolizado. Como se recusou passar pelo teste alcoólico, serve como indício forte de que ao menos mamado ele estava.
A essa hora ele deve ter já adquirido relativa lucidez com o remédio ministrado pela juíza Gabriela Bertolli. Ele está em liberdade provisória, mas para isso terá que pagar fiança de R$ 47 mil. Neste país com a impunidade garantida por recursos e mais recursos é claro que caberá aos advogados tentar livrar o bolso do cliente. Mas como o Brasil vive atualmente situações políticas e jurídicas que vêm derrubando essa antiga, custosa e interminável modalidade de defesa, tomara que seja mantida a fiança, na mesma quantia ou talvez até aumentada.
Se lá atrás, quando o ator andou aprontando, ele tivesse que ter pago quantia semelhante, é bastante provável que as pessoas não estivessem mais correndo risco com ele solto por aí. O remédio para os doidos que infernizam o cotidiano dos brasileiros é por aí, na linha estabelecida pela juíza Gabriela Bertolli. Fiança alta, multa e até a cadeia, conforme o grau de loucura da pessoa e a reincidência. Com atitudes assim, da Justiça e de autoridades no geral, não há dúvida alguma de que haverá um surto de normalidade entre os doidos que aprontam para se colocarem acima das obrigações que a maioria aceita cumprir sem incomodar o próximo.
Medida permitiria levar a debate sobre a condenação do ex-presidente às instâncias superiores
Os advogados de Lula questionam, no STF (Supremo Tribunal Federal) e no STJ (Superior Tribunal de Justiça), o ritmo agora implantado pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) para apreciar o recurso que permitiria levar a discussão sobre a condenação do ex-presidente às instâncias superiores.
O TRF-4 foi célere ao apreciar a condenação imposta pelo juiz Sergio Moro a Lula. O relator do processo, desembargador João Pedro Gebran Neto, levou 36 dias para concluir sua análise. O revisor, Leandro Paulsen, liberou o seu parecer em seis dias. No total, os dois demoraram 42 dias para analisar todas as acusações e as peças de defesa.
A intimação eletrônica para que o Ministério Público Federal apresentasse resposta aos recursos de Lula demorou, apenas para ser efetivada, o mesmo tempo que os desembargadores levaram para ler todo o processo: 42 dias.
A notícia, que já corria em alguns sites de quadrinhos, foi confirmada na sexta-feira (08), pela Editora Abril: em julho ela deixará de publicar os quadrinhos Disney. Além de ser surpreendente, o fato ganha destaque especial quando se sabe que a editora dos Civita começou no Brasil com o Pato Donald, em 1950, isto é há 68 anos.
Eis a íntegra do comunicado assinado por Ricardo Perez, diretor de assinaturas da Abril, e divulgado por Marcos Ramone, do site Universo HQ
Caro assinante,
Como você está acostumado, sempre agimos com transparência em relação à sua assinatura de revistas e, desta vez, não é diferente.
Após revisão estratégica do Grupo Abril, a partir de junho de 2018 os quadrinhos Disney não serão mais publicados por nós.
Esta notícia começou a circular em alguns veículos de comunicação na última semana e, em respeito ao relacionamento que temos com você, optamos por formalizá-la. Nós também estamos chateados com isso e tomando todas as providências para você não sofrer nenhum tipo de prejuízo.
Nas próximas semanas, você receberá uma carta com todos os detalhes e orientações.
Contando com a sua compreensão, agradecemos a confiança e esperamos continuar com sua importante presença entre os assinantes Abril.
As primeiras suspensões ocorreram com as edições especiais, em papel de melhor qualidade e capas cartonadas. Em julho se estenderá a toda a linha Disney. Ainda não se sabe qual será o destino de Donald, Mickey & cia. no Brasil.
No dia seguinte à sua eleição para presidente da República em 2002, reunido em um hotel da capital paulista com os principais membros de sua campanha, Lula foi logo advertindo:
– Nesta sala, as únicas pessoas votadas e eleitas fomos eu e o José Alencar.
Em seguida, comentou que haveria lugar para todos eles no seu governo. De fato, estava preocupado com a disputa de cargos. E queria reforçar a sua autoridade e prestigiar Alencar, seu vice. Condenado a 12 anos e um mês por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, impedido de ser candidato, Lula não tem mais cargos para oferecer a ninguém, mas tem votos.
E é por tê-los, como mostram todas as pesquisas, que subjuga o PT à sua exclusiva vontade de seguir dizendo que apesar da lei, ele será candidato em outubro, e só deixará de ser quando quiser.
Parte dos seus acólitos acredita que Lula é um sábio, quase não erra. E que ao se apresentar como candidato, só se fortalece para na hora certa abençoar outro nome e transferir-lhe seus votos. Outra parte dos acólitos acha que Lula erra quando adia a escolha de outro nome, e que isso poderá prejudicar o desempenho do partido. Mas não tem coragem para opor-se a ele.
A mais recente pesquisa Datafolha foi celebrada pelo PT como uma prova a mais da força eleitoral de Lula, de como ele continua vivo na memória coletiva e de como tem razão em se dizer candidato. A pesquisa, porém, trouxe uma informação que o PT preferiu ignorar. Há um ano, quando perguntados em quem pretenderiam votar para presidente, 15% dos eleitores diziam o nome de Lula.
Agora, só 10% dizem a mesma coisa. Lula perdeu, portanto, 1/3 da intenção de voto espontânea. Certamente porque os eleitores, aos poucos, estão se convencendo de que ele não será candidato.
Quanto mais o PT demorar a indicar um candidato à vaga de Temer, mais eleitores de Lula se sentirão à vontade para fazer suas escolhas pessoais sem esperar uma ordem de cima. Elementar.
O PT parece estar para Lula como milhares de pessoas nos anos 70 do século passado estiveram para James Warren “Jim” Jones, fundador e líder nos Estados Unidos do culto Templo dos Povos.
Em novembro de 1978, na Guiana inglesa, pouco mais de 900 fiéis de Jim Jones, estimulados por ele, espontaneamente tomaram veneno e morreram. Foi o maior caso de suicídio coletivo até hoje. Em uma fita gravada na ocasião, ouve-se a voz do pastor dizendo: “Cometemos um ato de suicídio revolucionário para protestar contra as condições de um mundo desumano”.
Victor Garcia Sandri, amigão de Guido Mantega que depositou US$ 1,3 milhão na conta do ex-ministro, “registrou sua casa como bem de família, em 2016”, publica a Coluna do Estadão.”A maioria dos juízes considera bens de família impenhoráveis.” O imóvel está avaliado em R$ 13 milhões.
A governadora-candidata Cida Borghetti imprimiu e consolidou o ritmo de campanha eleitoral desde que assumiu o governo do Paraná há dois meses. Trabalha sábado e domingo, visita 5 ou 6 cidades num mesmo dia e sobe e desce do jatinho oficial para entregar recursos aos prefeitos como se não houvesse amanhã.
A campanha para se viabilizar como candidata à reeleição acontece a olhos vistos. Se a família Barros não tivesse a obsessão pelo poder que tem, Cida Borghetti cumpriria seus 9 meses de mandato cuidando do estado e fiscalizando as obras que seu antecessor não teve tempo de concluir.
Poderia adiantar um ou outro projeto com os recursos disponíveis e cuidaria para que o próximo governador eleito recebesse o estado equilibrado financeiramente e pronto para a nova gestão. E teria cumprido seu papel com dignidade em nome de todos os paranaenses.
Do jeito que está, os paranaenses pagam com seus impostos a pré-campanha da governadora-candidata. E qualquer decisão tomada sob a vertigem de maratona eleitoral não condiz, como diria o ex-presidente José Sarney, com a liturgia do cargo.
Só para citar um exemplo: o Paraná perdeu R$ 104 milhões em recursos federais para obras vitais de transporte rodoviário por causa da greve dos caminhoneiros enquanto o vizinho Rio Grande do Sul perdeu o equivalente à metade.
Alguma palavra, uma reclamação sequer da governadora? Nada. Para quem está em campanha eleitoral, notícias ruins não interessam. É muito melhor sorrir, ser chamada de Sula Miranda e apoiar os caminhoneiros-votantes.
Até outubro vai ser assim. E depois de outubro quem vai mandar será o governo eleito.
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