Tchau, Holmes

Ruy Castro – Folha de São Paulo

A nova lupa é a posição dos celulares no mapa das antenas

O cachimbo e a boina eram acessórios —Sherlock Holmes só os usava para não decepcionar seus fãs. Seu verdadeiro instrumento de trabalho era a lupa. Entre outras coisas, ela lhe permitia identificar cerca de 30 marcas de cigarros pela cinza caída no local do crime e determinar qual delas o criminoso fumava. Sherlock, às vezes, usava também uma fita métrica. Ao medir as passadas deixadas no chão pelo suspeito, ele estabelecia sua altura, profissão, cor dos olhos e há quanto tempo o sujeito voltara do serviço público na Índia.

Não estou exagerando. Um dos prazeres de ler as histórias de Sherlock criadas por Conan Doyle, mais até do que chafurdar pelos becos de Londres ou brejos de Devonshire em que elas se passavam, é acompanhar o poder de observação do detetive. E, quando seu cético amigo Dr. Watson dizia que eram deduções impossíveis de comprovar, o criminoso era descoberto e correspondia à descrição. O fascinante era a simplicidade das deduções, que, depois de explicadas, pareciam óbvias.

Sherlock seria impossível numa sociedade padronizada e de massas como a nossa. Mas não faria falta. Quando querem realmente resolver um crime, os investigadores dispõem hoje de ferramentas com que, até há pouco, os escritores de mistério nem sonhavam.

Suponha, por exemplo, que, em sua delação premiada, Antonio Palocci, ex-ministro dos governos Lula e Dilma, tenha contado que esteve com um ou com outra no dia tal, à hora tal e em lugar assim ou assado, para tratar de propinas, contratos viciados ou lavagem de dinheiro. Palloci se lembra desses detalhes porque, precavido como é, anotou tudo em agendas ou algo assim. Mas, e se os indigitados negarem? Será a sua palavra contra a deles?

Não mais. A análise das ligações telefônicas que trocaram e a posição dos celulares no mapa de antenas em cada encontro vão dizer se este aconteceu ou não. Tchau, Holmes.

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Dinheiro novo em Santa Cândida

© Gil Gitsu

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Viu, não vil, viu?

Rogério Distéfano – O Insulto Diário

Gleisi Hoffmann teria afirmado que a procuradora geral Raquel Dodge deturpou depoimentos de “forma vil” na denúncia de corrupção. Registro equivocado da imprensa. A procuradora pode ter deturpado depoimentos contra a senadora porta-voz, é o estilo do MP. Mas de “forma vil”?

A senadora denunciada não falou, nem falaria, “de forma vil”. Gleisi Lula não usa a palavra ‘vil’. Não porque não conheça vileza. Ela só não conhece a palavra, embora fale o tempo todo da vileza alheia. Porém com palavras simples, nos limites estreitos e estritos de seu limitado patrimônio verbal.

A porta lula hoffmann voz da silva conhece outra palavra, parecida, de som igual e grafia diferente, que a gramática chama de homófona. Chega de lero. Gleisi disse: “a procuradora deturpou os depoimentos de forma, viu?”. Entre o ‘vil’ e o ‘viu’ existe a perigosa forma dos autos. Viu?

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A teoria do desvio produtivo do consumidor

Claudio Henrique de Castro

Vamos explicar essa teoria de forma simples e direta.

Em resumo: a frustação do consumidor em comprar um bem com vício, não é razoável que se acrescente o desgaste para tentar resolver o problema que não deu causa, sem que o comerciante participe ativamente no processo de reparo.

Em conclusão, o consumidor deve ter indenizado por esse sofrimento, pela demora injustificada. As empresas condenadas com base nesta teoria foram: Ponto Frio, Uol, Renault e Banco Santander (site Espaço Vital Independente).

O caso que consagrou esta teoria foi de uma instituição financeira que cobrou encargos, contestados pelo consumidor, por mais de três anos, desde o início da cobrança e até a prolação da sentença judicial (site do boletim de notícias Conjur).O reconhecimento se deu em razão de que muitas empresas, profissionais e o Estado fornecem, cotidianamente, produtos e serviços defeituosos e não se preocupam em resolver o problema que causam aos consumidores. É a velha postura do “vá buscar seus direitos”.

Ocorre que o consumidor desperdiça seu valioso tempo e se desvia das suas atividades de trabalho, lazer e descanso para buscar a indenização do fornecedor faltoso com seus deveres legais. Daí o desvio produtivo.

Houve um caso semelhante, de veículo defeituoso no estado de São Paulo cuja indenização foi de 15 mil reais em favor do consumidor, por este descaso.

Nos países juridicamente civilizados, este tipo de indenização está consagrado há décadas.

Se o Poder Judiciário determina indenizações vultosas em favor dos consumidores, os produtos e os serviços tendem a ter um alto grau de qualidade e atendimento pelo receio das indenizações, para isto as demandas judiciais devem ser julgadas com rapidez.

Caso um profissional ou empresa prestem serviços ou forneçam produtos com vícios ou de baixa qualidade, rapidamente o Poder Judiciário e os órgãos de fiscalização podem impedir a continuidade da prestação do serviço ou fornecimento dos produtos arbitrando indenizações em face dessas condutas.

As altas indenizações em favor dos consumidores fazem com que somente os excelentes profissionais e as ótimas empresas sobrevivam no mercado. O que não acontece ainda no Brasil.

Temos um longo caminho até que isto se torne realidade, mas a aplicação da teoria do desvio produtivo do consumidor pelo Superior Tribunal de Justiça se mostra como um primeiro passo para que cheguemos lá, embora os valores ainda sejam modestos e inexpressivos.

Consumidor exerça seus direitos e em caso de dúvida consulte um (a) Advogado (a) de sua confiança.

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Gleisi desafia Dodge

Fabio Campana – Política, cultura e o poder por trás dos panos

Gleisi Hoffmann disse ontem que entrará com uma representação contra Raquel Dodge. Chamou a denúncia da procuradora-geral da República de “inepta”, “mentirosa”, “irresponsável”, “infantil”, “falsa”, “de má fé” e “sem base”.

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PGR denuncia ministro Blairo Maggi por corrupção ativa

© Carlos Silva|Mapa

Ministro da Agricultura é investigado por negociação de cargos no Tribunal de Contas do Mato Grosso. Em nota, assessoria de Blairo diz que denúncia causa ‘profunda estranheza’ e ‘indignação’.

A Procuradoria Geral da República (PGR) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma denúncia por corrupção ativa contra o ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP-MT).

De acordo com a PGR, em 2009, Maggi, então governador do Mato Grosso, participou de um suposto esquema de compra e venda de cadeiras no Tribunal de Contas do Estado. Caberá ao STF decidir se abre um processo e torna Maggi réu nesse caso.

Procurada, a assessoria do ministro afirmou que a denúncia causa “profunda estranheza” e “indignação” em Blairo Maggi porque, segundo a nota, o caso já foi arquivado pelo STF.

“O ministro Blairo Maggi deixa claro que causa profunda estranheza e indignação a denúncia oferecida pela Procuradoria Geral da República, uma vez que o mesmo fato já foi objeto de investigação em 2014 e arquivado a pedido da própria PGR”, diz a nota (leia a íntegra mais abaixo).

Na denúncia, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirma que há provas de que o grupo pagou propina que pode chegar a até R$ 12 milhões para que o então conselheiro do TCE-MT, Alencar Soares, pedisse aposentadoria e assim abrisse vaga para a indicação do ex-deputado estadual Sérgio Ricardo de Almeida.

Depois, segundo a denúncia, houve uma mudança de ideia e o então governador fez um novo acerto com Alencar Soares para que continuasse no cargo. O objetivo era nomear o então secretário de Fazenda, Eder de Moraes, para o TCE.

De acordo com a investigação, Eder de Moraes teria oferecido, por ordem de Maggi, R$ 4 milhões para que Alencar permanecesse no cargo. A transação, aponta os procuradores da República, teria impedido naquele momento a nomeação de Sérgio Ricardo. Depois, em 2012, ele assumiu uma cadeira no TCE e, em 2017, foi afastado.

A denúncia foi apresentada no âmbito da Operação Ararath, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro e crimes financeiros no estado do Mato Grosso, governado por Maggi de 2003 a 2010. O esquema teria atuado por meio de empréstimos fraudulentos e empresas de fachada. O Globo

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A quem Gleisi serve

Gleisi Hoffmann – © Ricardo Stuckert

Sem mas, mas, mas. Direto ao ponto: Gleisi Hoffmann não passa de uma alpinista social que soube aproveitar como poucos as chances que a vida lhe ofereceu ou que ela cavou, e sempre à sombra do PT.

Não tem envergadura política para ser o que é, senadora e presidente de partido. Seu mérito foi escolher com charme e argúcia bons padrinhos. E a cada um, e ao seu tempo, ser leal. Ao então governador Zeca do PT, deve a secretaria que ocupou por pouco tempo no Mato Grosso do Sul. Ao ex-ministro Paulo Bernardo, seu marido, o mandato de senadora e a indicação para ministra de Dilma.

A Lula, a presidência do PT. Se ele quisesse no cargo alguém com ideias próprias, capaz de pensar acima de tudo no futuro do partido, não teria escolhido Gleisi. Escolheu-a porque queria apenas um porta-voz servil.

Desse ponto de vista, mas não só, escolheu muito bem.

Ricardo Noblat|revista Veja

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Oriovisto fala hoje no Movimento Pró Paraná

Ruth Bolognese – ContraPonto

A mais nova estrela das pré candidaturas ao Senado, professor Oriovisto Guimarães, fala hoje no Movimento Pró Paraná sobre o papel e a importância dos empresários nessas eleições.

Para ouvir o fundador do grupo Positivo, que será candidato pelo Podemos, já confirmaram presença gente como o empresário Joel Malucelli, o presidente da Federação das Indústrias, Edson Campagnolo, e o presidente da Associação Comercial, Gláucio Geara.

A palestra está marcada para as 19 horas no Edifício da Associação Comercial do Paraná.

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Mural da História

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Tchans!

© Andre de Dienes

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Nova carta de Lula ao povo brasileiro

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O conhecido misto de burrice e oportunismo

© Ricardo Stuckert

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O umbigo que fala

Rogério Distéfano – O Insulto Diário

Na mensagem do Primeiro de Maio, lida pela sua porta, perdão, porta-voz,  Lula declarou que seu governo foi melhor que o de Michel Temer. Choveu no molhado, todo mundo sabe disso.

Tinha dinheiro para fazer governo, sítio, triplex, Lulinha milionário, sustentar a Venezuela, Cuba e Moçambique e sobrava uma fortuna para comprar políticos.

Governo tão bom que deu para eleger o poste, perdão, a posta, duas vezes, com o vice Michel Temer, do governo pior. Temer, escolhido a dedo pelo melhor presidente, o auto-proclamado Lula.

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Tempo

O Brasil é um país estranho: detentor de uma das maiores escolas de Humor Gráfico do Planeta; contudo, não tem uma indústria editorial sólida para o setor. Deste modo, grandes nomes, como Loredano, Solda, Trimano, Rubem Grilo, Mino, Rodolfo Mesquita e tantos outros, tornam-se ilustres desconhecidos do grande público. Neste sentido, o quadro agravou -se ainda mais com a morte, por inanição, do velho “O Pasquim”, onde os talentos de todas as gerações da nação brasileira se encontravam, para o deleite dos aficionados do cartum. Em razão disto, ficou para os salões de humor a tarefa de manter acesa a chama.

Na concepção de Ziraldo Alves Pinto, foram o Salão de Humor do Piauí / Brasil e o Salão Internacional de Humor de Piracicaba que não deixaram o cartum morrer, tendo em vista que esses salões também revelaram Cau Gomes, Dálcio Machado, Fernandes, Rodrigo Rosa, Gilmar, Lin, Mascaro, Pryscila e Ruke.

Vale a pena enfatizar que o Salão de Humor de Paracicaba é o salão do Estado mais rico; e o Salão de humor do Piauí é o salão do Estado mais pobre. O primeiro, porque é montado nas dependências de uma antiga usina de açúcar desativada. O segundo, por ser organizado nas ruas, praças e avenidas de Teresina. Cada um, a seu modo, consegue o objetivo de ser a vitrine e o ponto de encontro de desenhistas do mundo inteiro.

Temos outros salões, como o Salão Internacional de Humor e Quadrinhos de Pernambuco; Salão de Humor de Volta Redonda; Salão Carioca de Humor; Salão Internacional de Humor de Caratinga; Salão de humor de Ribeirão Preto; Salão de Humor de Montes Claros. Todos são importantes na tarefa de fazer a festa e a difusão do Desenho de Humor.

Os salões nascem pequenos e modestos, somente depois vão crescendo e ganhando importância. Não foi isso, porém, o que aconteceu com o Salão de Humor de Foz do Iguaçu. Este já nasceu grande, rico, luxuoso e internacional, colocando-se entre os maiores. Bem planejado e organizado, foi um relevante fórum do Humor Gráfico Nacional, reuniu desenhistas de todos os cantos do Brasil, tais como: Albert Piauí – Piauí; Lailson – Pernambuco; Jô Oliveira – Brasília; Ziraldo, Luís Pimentel, Fausto Wolf, Poerner – Rio de Janeiro; Jal, Gualberto, Angeli, Zélio, Gepp, Maia, Sônia Luyter, Joseph Luyter – São Paulo; Rodrigo Rosa, Santiago – Rio Grande do Sul; e alguns nomes de países vizinhos (Nine e Ana Von Reuber – Argentina; Tunda – Uruguay; e Tomy – Cuba).

O Paraná foi bem representado pelo garotos do Clube da Caricatura e desenhos de Solda, Paixão, Tiago Recchia, Cesar Marchesini e Pryscila Vieira.

Por fim, o grande diferencial do Salão Internacional de Humor de Foz do Iguaçu foi a presença de Pryscila Vieira e Ana Von Reuber. Nunca, até então, se havia conseguido reunir tantas mulheres cartunistas em um mesmo salão.

Albert Piauí (2007)

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Tempo

Luiz Carlos Lee Swain e Maria Taccari, em algum lugar do passado. © L’Osservatore Romano

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