Pum pela boca

Rogério Distéfano – O Insulto Diário

O PT AMEAÇA não reconhecer a eleição para presidente se Lula não puder participar dela. Assim tipo o menino riquinho dono da bola e das camisas do time: se não for escalado não tem jogo, vai embora, se puder leva o campo com ele. Acontece que o PT não está com essa bola toda. Aliás, está sem a bola. Quanto às camisas, perdoem lembrar, estas foram apreendidas no Sítio de Atibaia. Coisas que saem da cabecinha da senadora presidente, que aprendeu de ouvido o lance filosófico da ‘desobediência civil’.

Seria a desobediência civil pela metade esta do PT, a metade da metade, ou seja, só para a presidência da República. Nos governos dos estados não haverá desobediência nenhuma. Ao contrário, o partido fará alianças até com o diabo, no caso os partidos golpistas. A desobediência civil não chegará sequer ao Legislativo, que o PT disputará. Em suma, foi apenas mais um flatus vocis da senadora. E flatus vocis pode até aparentar, mas não é aquilo que vocês estão pensando. Significa falar sem dizer nada.

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A Polônia massacra a História

Elio Gaspari – Folha de São Paulo

Em retrato da intolerância europeia, lei pune com 3 anos de cadeia quem falar o que não deve

Na semana passada, o Senado polonês aprovou uma lei “protetora da reputação” do país, que pune com até três anos de prisão quem sustentar “publicamente, contrariando os fatos”, que “a nação polonesa ou a República da Polônia é responsável ou corresponsável pelos crimes cometidos pelo Terceiro Reich”. Simulando uma defesa da liberdade de expressão, excluiu do alcance da lei “atividades artísticas ou acadêmicas”.

A menos que a pressão internacional cresça, o presidente Andrzej  Duda sancionará o texto. Ele já declarou que o povo polonês “como nação” jamais participou do Holocausto. Isso não quer dizer nada. O que se vê é seu governo querendo calar uma discussão incômoda.

Poucas coisas seriam piores para a reputação da Polônia do que essa “Lei do Holocausto”. Até as pedras sabem que os campos de extermínio de Treblinka e Auschwitz foram concebidos, construídos e administrados pelos alemães. O problema está mais adiante: na atividade de poloneses que massacraram judeus e saquearam suas propriedades.

Em 1941, quando a Alemanha invadiu a parte do país ocupada pelos soviéticos desde 1939, poloneses mataram judeus sem a participação da tropa do Reich. Na cidade de Jedwabne, de 2.500 habitantes, seus 1.500 judeus foram massacrados nas ruas ou queimados vivos num celeiro. Metade dos homens adultos de Jedwabne participaram do massacre e foram nominalmente identificados. (Em outra cidade, o pai de Yitzhak Shamir, que veio a ser primeiro ministro de Israel no século passado, foi morto pelos vizinhos depois de fugir dos alemães.)

Atrás do antissemitismo, em Jedwabne, Varsóvia, Viena e Berlim, estava o poderoso fator da cobiça de seus bens. Poloneses que escondiam judeus pediam-lhes que não revelassem suas identidades, por medo de serem saqueados ou mortos. Quem viu o filme “Ida” aprendeu uma parte dessa história.

Terminada a guerra, as terras vizinhas ao campo de Treblinka viraram uma Serra Pelada, com centenas de poloneses escavando-as em busca de corpos de judeus. Quando alguém achava um crânio, levava-o escondido para casa e lá procurava por ouro nas arcadas dentárias. O livro “Golden Harvest (“Colheita Dourada”), de Jan Gross, está na rede, com sua capa estarrecedora.

Em maio de 1946, quando já havia sido instalado o tribunal de Nuremberg para julgar a cúpula do 3º Reich, 42 judeus foram mortos na cidade de Kielce. Entre julho e setembro, 63 mil judeus fugiram da Polônia para a Alemanha ocupada. No primeiro ano do pós-guerra, poloneses mataram perto  1.200 judeus.

O antissemitismo de uma parte considerável da nação polonesa conviveu com o regime comunista. Em 1969, a ditadura do proletariado forçou a saída de 20 mil dos 30 mil judeus que ainda viviam no país.

A Polônia não precisa ser marcada pela “Lei do Holocausto”. Sua história é maior que esse espasmo radical da xenofobia e do racismo europeu redivivo neste início de século. A resistência polonesa ao Reich foi maior, de longe, que a dos franceses e dos italianos, somados. A guerra custou ao país 20% de sua população, um terço dos moradores de suas cidades desapareceram. Metade dos advogados, 40% dos médicos e um terço dos professores universitários e padres católicos morreram. E três milhões de judeus.

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Para a sala de visitas

© Roberto José da Silva

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Flagrantes da vida real

No lançamento do livro “Curitiba no Tempo da Jazz Band”, Adélia Lopes, Adherbal Fortes  e Miriam Karam. © Maringas Maciel

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Tchans!

 © Kolebanou Alexander|PhotoSight Russian Awards

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Nomes emprestados

Ruy Castro – Folha de São Paulo

Estava tomando meu coco no quiosque do Arpoador quando uma voz feminina gritou atrás de mim: “Godard! Aqui! Vem!”. Em seguida, outro grito: “Godard! Vem, querido!”. Fiquei pasmo. Com que então Jean-Luc Godard, o grande cineasta francês da nouvelle vague nos anos 60 e diretor de “Acossado” e “Pierrot  le  Fou”, estava no Rio! E em Ipanema, talvez do outro lado da rua, sendo chamado por sua anfitriã! Virei-me fui grande fã de Godard e esperei ver passar o homem magro, de óculos escuros e barba por fazer.

Mas, que nada. Quem passou correndo, salivando e de língua de fora, foi um poodle branco que se atirou nos braços da mulher, a qual já o esperava com um coco aberto para ele tomar sua água. Ele é que era o Godard. Fiquei decepcionado. É no que dá tomar emprestado o nome de alguém que existe.

Uma amiga minha ganhou uma gata de sua psicanalista e teve a ideia de dar à bichinha o nome da própria psicanalista —Elizabeth. Com isso, as confusões eram inevitáveis quando contava que Elizabeth dormia com ela, que estava havia dias sem ver Elizabeth ou que Elizabeth estava com diarreia —não se sabia se Elizabeth era a gata ou a psicanalista.

Mas nada mais constrangedor do que eu próprio experimentei ao morar em São Paulo nosanos 80. Tinha um espetacular gato, daqueles preto e branco, chamado —o nome, dado em filhote, não lhe fazia justiça em adulto— Bunda de Pano. Ou, simplesmente, Bunda. Era o senhor dos telhados do Sumarezinho, onde semeou ninhadas entre as gatas do pedaço, para isso botando incontáveis rivais para correr. Mas, sentindo-o mais velho, decidi que ele não deveria passar mais a noite na rua.

Daí, todo fim de tarde, chegava à janela dos fundos e gritava: “Bunda! Bunda!”. E custei a entender por que os vizinhos começaram a me olhar esquisito.

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PT ataca Pixuleco

Carlos Árabe, secretário do PT, declarou guerra contra o Pixuleco. Ele disse para a Folha de S. Paulo: “O que nós esperamos é que toda pessoa que defenda a democracia transforme esses bonequinhos em pedacinhos de plástico. Que eles sejam devidamente despedaçados”. Ele obedeceu às ordens de Gleisi Hoffmann, que pediu “tolerância zero” contra os bonecos infláveis. Um dos autores do desenho do Pixuleco, Paulo Gusmão, comentou: “Enquanto Gleisi está pensando em ser intolerante com o Pixuleco, nós estamos pensando em ser intolerantes com os corruptos”.

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Mural da História

Dezembro, 2007.

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A ordem germânica

Rogério Distéfano – O Insulto Diário

A MULHER SEMPRE cobrava, “precisa organizar os livros”, que já ocupavam três salas, derramando-se sobre mesas, cadeiras, até no sofá cambaio, manchado e furado, com a manta cobrindo os estragos. Se você é homem e leitor sabe que essa ordem nunca é respeitada, mesmo vinda de quem você de regra obedece sem pestanejar nem discutir. Como é mesmo a história? Ah, sim, ‘se você reconhece o erro estando errado, é um sábio; se você reconhece o erro estando certo, é casado”.

Ele fazia de tudo para não fazer nada, não era um Rui Barbosa que lá do ministério da Fazenda mandava o funcionário buscar o livro em casa, exato no lugar indicado do terceiro nível da biblioteca de quarenta mil volumes – estava tudo catalogado, no papel e no olho da Águia de Haia. A biblioteca de nosso personagem nem esse nome merecia, era um amontoado de livros díspares, mas ele sabia exatamente onde encontrar o que precisava, ainda que soterrado e empoeirado por anos seguidos.

Escapava da mulher dizendo que precisava encontrar alguém técnico, bibliotecário ou bibliotecária, pessoa letrada na organização das letras. Um dia a mulher perdeu a paciência, aproveitou a pescaria de uma semana no Pantanal e chamou a mocinha, que encontrou no Google, para dar jeito naquela barafunda. Moça treinada na Alemanha, segundo a mulher. Funcionou. Na volta encontrou tudo arrumadinho, os livros selecionados aos grupos com fitinhas de cores diferentes.

Requintada, a organizadora deixou-lhe a relação e localização dos livros em arquivo no computador. Quatro anos passados, ele continua perdido nas três salas, olha para os livros com as fitinhas, agora na maioria misturadas na tentativa de voltar à barafunda de antes. Não brigou com a mulher, não é louco, quando descobriu o que a moça aprendeu na Alemanha. Biblioteconomia? Não, coisa melhor, mais útil: a organização de gavetas, assim tipo lençóis, camisas, cuecas, meias. 

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MP veta acesso de Marcelo Odebrecht a executivos

Em prisão domiciliar há um mês e meio, com relações estremecidas com a família e proibido de atuar nos negócios da Odebrecht até 2025 por ordem do acordo de delação premiada selado pela Justiça, Marcelo Bahia Odebrecht pediu o direito de receber visitas do atual presidente do grupo, Luciano Nitrini Guidolin, e da chefe do recém-criado departamento de Conformidade, Olga de Mello Pontes – a área que passou a cuidar do compliance da empresa, arrasada com a crise provocada pelo escândalo de corrupção na Petrobrás.

A tentativa acabou frustrada, após o Ministério Público Federal ver possibilidade de “ingerência de Marcelo Odebrecht na gestão do grupo” e quebra da “Cláusula 4.ª, v” de seu acordo de colaboração premiada da Operação Lava Jato, fechado com a Procuradoria-Geral da República (PGR). O item determina “o afastamento de cargos e funções de direção em empresas do Grupo Odebrecht que negociem ou contratem com o Poder Público pelo período em que estiver cumprindo pena privativa de liberdade”: até 2025.

Estadão

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Mora na filosofia…

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Noites no sítio

Ruy Castro – Folha de São Paulo

Depois de argumentar que Lula não poderia ser o proprietário do famoso tríplex no Guarujá por nunca ter dormido nele, sua defesa se prepara para provar que Lula também não poderia ser o proprietário do não menos célebre sítio em Atibaia justamente por ter dormido nele e o desaprovado.

Na verdade, Lula precisou dormir no sítio por 111 noites em quatro anos para ter certeza de que não era o que ele queria. Os marrecos fazendo qüem-qüem sob a sua janela ele era obrigado a aturar, por serem uma exigência de dona Marisa. Mas junte a cacofonia de sapos, grilos e cigarras azucrinando-o dia e noite e as picadas de pernilongos, pulgas e carrapatos e qualquer juiz deduzirá que a vida agrária, campestre e pastoril não é para um animal urbano como Lula. Para piorar, nada de muito emocionante acontece num sítio, exceto talvez a inauguração de um alambique ou o abate de uma leitoa.

Quer saber? Lula sempre teve a maior antipatia pelo tal sítio, e com razão. Quando Marisa povoou o lago com os pedalinhos em forma de cisne, ele achou aquilo de uma cafonice atroz. E para quê aquela cozinha faraônica que ela não parava de reformar? Já não bastava a churrasqueira ser maior do que duas ou três unidades do Minha Casa, Minha Vida? O pesqueiro que ele mandou construir também nunca deu peixe. Uma jararaca mordeu seu cachorro. E sua fabulosa adega vivia sendo saqueada por gente que não respeitava o fato de ele ter levado 50 anos para degustar sua primeira garrafa de Romanée-Conti.

E não lhe falem da torre gentilmente instalada pela Oi para ele poder conectar-se. O sinal caía a toda hora, bem no melhor das conversas com os companheiros Delcídio, Cunha, Renan, Sarney ou Sérgio Cabral. Quem ia querer uma tranqueira como aquele sítio?

Esse sítio roubou a Lula muitas noites de sono, isso, sim.

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Que país é este?

República dos Bananas

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PTB vive quadro medíocre

© Antonio Augusto|Jornal Grande Bahia

O governo Temer ainda não conseguiu resolver o impasse da nomeação da deputada Cristiane Brasil (PTB) para o Ministério do Trabalho, apesar das inúmeras tentativas de dar posse à nova ministra embargadas pelo Judiciário.

Não seria o caso do presidente Temer agradecer a disposição da deputada e de seu pai, o ex-deputado Roberto Jefferson (donatário e presidente do atual PTB), optando por outro nome do partido – ou de outro partido da base — para preencher o lugar vago na Esplanada?

Tem valido a pena o desgaste do governo, que se debate por semanas a fio sem poder escalar o novo integrante dessa colcha de retalhos em que se transformou o ministério propriamente dito, em face da captura dos partidos e a utilitária barganha de votos que sustentam o chamado governo de coalizão?

A última “contribuição” da própria deputada Cristiane Brasil no imbróglio que se arrastou pelo primeiro mês do ano, veio na forma de um vídeo postado nas redes sociais, no qual em meio a um grupo de másculos varões dos quais nada se apurou até agora, provavelmente a bordo de uma lancha ou iate, jura pateticamente que é inocente nos processos movidos na Justiça do Trabalho do Estado do Rio de Janeiro, por falta de pagamento do salário de dois motoristas particulares sem carteira assinada.

O discurso canhestro da candidata a ministra do Trabalho, além da desculpa esfarrapada que usou, amesquinham não apenas a Justiça do Trabalho, mas o próprio ministério que viria a chefiar, tendo em vista que estrutura tão importante da composição governamental exige um dirigente a altura do que espera a nação, que não parece ser a deputada, e não mero oportunista ali colocado para garantir os votos da legenda no Congresso Nacional, sobretudo na até aqui melancólica disputa que o governo trava como os descontentes da própria base e da oposição, pela aprovação da Reforma da Previdência.

Dia desses um analista da atual conjuntura política brasileira acertou em cheio ao lembrar que caso fosse empossada hoje, a ministra permaneceria no exercício do cargo pouco mais de 60 dias, pois já anunciou a pretensão de disputar novo mandato na Câmara dos Deputados.

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Em gozo da imunidade judicial, Joesley foi acusado de novo crime

Janio de Freitas – Folha de São Paulo

A opinião pública quer saber o que era o ‘fato gravíssimo’ apresentado por Janot

Pródigo em originalidades embaraçosas para o alto Judiciário e o Ministério Público, Joesley Batista ainda não esgotou o seu estoque. Se bem que, no caso em questão, não se saiba que papel teve. Nem mesmo se teve, apesar de preso há perto de cinco meses por causa desse incerto papel. Prisões do tipo, é verdade, deixaram de ser anormais. Mas a de Joesley se inclui, como lhe é próprio, em um enredo original.

Em gozo da imunidade recebida de Rodrigo Janot, então procurador-geral da República, pelas revelações da corrupção autenticada até pela voz comprometida de Michel Temer, Joesley foi acusado de um novo crime. Janot em pessoa divulgou o que definiu como “fato gravíssimo”: a descoberta de uma gravação em que o empresário trocava com um diretor de sua “holding” J&F, Ricardo Saud, citações a condutas ilícitas e imorais de ministros do Supremo Tribunal Federal. Inclusive a presidente Cármen Lúcia, que, indignada, providenciou um inquérito.

Era setembro do ano passado, e Joesley e Saud foram presos. O incumbido de investigar a tal gravação (não os ministros) foi o delegado Cleyber Lopes, há pouco em evidência pela inexplicada troca do encarregado, que passou a ser ele, de investigações do interesse de Michel Temer: os antecedentes de um decreto de 2017 em beneficio de uma operadora nas Docas de Santos, a Rodrimar. O Rocha Loures da mala com os R$ 500 mil temerários está nessa também.

Com dois a três meses de investigações e depoimentos, a Polícia Federal chegou à conclusão mais imprevista. A gravação citada pelo então procurador-geral, com a precisão de nomes dos interlocutores e de ministros, não existe. Nada e nenhum depoente indicou que houvesse existido.

Na altura em que Joesley e Saud foram acusados e presos, Rodrigo Janot estava assoberbado com as críticas, também no Supremo, à anistia plena que concedera em retribuição às delações e à gravação de Temer pelo empresário. As tentativas de justificar o “prêmio” tornaram mais gritante a concessão. No Judiciário não faltava quem estudasse a

Em gozo da imunidade judicial, Joesley foi acusado de novo crime

maneira de revertê-la.

O silêncio que desde dezembro encobre a conclusão da Polícia Federal é também de Janot. Não se conhece indício de irregularidade sua na origem do “fato gravíssimo”, nem o contrário. Sua informação de que prepara um livro, sobre seus anos como procurador-geral, é interessante, mas não suficiente. A opinião pública tem o direito de saber o que houve, o que era aquilo lhe foi servido como “fato gravíssimo”. E há duas pessoas presas -por que, se a gravação não existe?

Em gozo da imunidade judicial, Joesley foi acusado de novo crime

E A GRANDEZA?

É feia e triste a querela entre Silvio Santos e o Teatro Oficina. Há muito tempo, Silvio não precisa de mais nada. Família em paz, muito dinheiro, êxito profissional, Silvio teve a sorte de receber da vida um baú da felicidade.

As pretendidas torres nada lhe acrescentarão. Não há por que dificulte quem batalha duro pela arte, apenas isso. O Oficina já fez muito por São Paulo, pelo país, com sacrifício e com imensa coragem. Não há motivo para Silvio Santos opor-se ao que o nosso Oficina ainda nos pode dar e quer dar. Aos Abravanel, inclusive.

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