Busca
Meta
Blogroll
- À Pala de Walsh 0
- Adoro Cinema 0
- BandNews FM 0
- Brad Holland 0
- Caras Amigas 0
- Cartunista Solda 0
- Cartunista Solda Blogspot 0
- Cecília Não é Um Cachimbo 0
- cia brasileira de teatro 0
- Cine África 0
- Cine Passeio 0
- Cine por um Dia 0
- Cinema Italiano 0
- Cinema Romeno 0
- ContraPonto 0
- Convergência Cinéfila 0
- Crist 0
- Curiosidades ABL 0
- Curitibaneando 0
- Desencannes 0
- diário de um vagau 0
- Dico Kremer 0
- Ditados 0
- Documentation 0
- Dodó Macedo 0
- Édson de Vulcanis 0
- Elias Dourado Makingoff 0
- Fernando Gabeira 0
- Foca 0
- Fraga 0
- Fred Ozanan 0
- Gal Oppido 0
- Geraldo Mayrink 0
- Gerson Guelmann 0
- Gibicon 0
- Glória Flügel 0
- Guinski 0
- Guto Lacaz 0
- https://www.instagram.com/cartunistasolda/ 0
- https://www.tomiungerer.com/ 0
- Instagram Solda 0
- Isabella Lanave 0
- Ishotmyself 0
- Itaú Cultural Play 0
- Ivan Justen 0
- Já Viu? 0
- Jbosco 0
- JotaA 0
- Key Imaguire Jr. 0
- Kito Pereira 0
- Kotter Editorial 0
- La Petite Mélancolie 0
- legendafilmes 0
- Legendario 0
- Legendas Brasil 0
- Legendas HD 0
- Legendas Na Hora 0
- Legendas Na Hora 0
- Legendasdivx 0
- legendasdivx 0
- Legendei 0
- Leila Pugnaloni 0
- Leminski Poetas 0
- Lens Culture 0
- LetterBoxd 0
- Ligia Kempfer 0
- Lina Faria 0
- Língua Madura 0
- Luis Trimano 0
- M. de Moura Filho 0
- Making 0
- Marden Machado 0
- marianne faithfull 0
- Maringas 0
- Marta Bellini 0
- Memorial da Democracia 0
- Minda-Au 0
- MioCine 0
- Miran 0
- Miran Ilustração 0
- mundofantasmo 0
- Neri da Rosa 0
- Nicole Tran Ba Vang 0
- O Antagonista 0
- O Bastidor 0
- O Explorador 0
- O Insulto Diário 0
- O Sensacionalista 0
- Observatório da Imprensa 0
- Olhar Comum 0
- Openai 0
- OpenSubtitles 0
- opensubtitles legendas 0
- Ota 0
- Palavraria 0
- Pandora 0
- Papo de Cinema 0
- Patrícia Basquiat 0
- Paulo Leminski Neto 0
- Paulo Moura 0
- Paulo Sandrini 0
- Pequena Gourmet 0
- PhotoSight Russian Awards 0
- Pinterest 0
- PinterestOrlando 0
- Piratebay 0
- Piratebay10 0
- Plugins 0
- Plural 0
- Poesia Tarja Preta 0
- Porta Curtas 0
- Posigraf 0
- RadioCaos 0
- Retina Latina 0
- Revista Cult 0
- Revista Gráfica 0
- Ricardo Silva 0
- Ricardo Soares 0
- Rico 0
- Rico Rocking 0
- Roberto Gomes 0
- Roberto Prado 0
- Rodolfo Pajuaba 0
- Rodrigo Garcia Lopes 0
- Sala de Exibição 0
- Salão de Humor de Caratinga 0
- Salão Internacional de Humor 0
- Saul Bass 0
- Seguinte 0
- Sergio Alpendre 0
- Shiko 0
- Sociedade dos Ilustradores do Brasil 0
- Solda Twitter 0
- Sonata Premières 0
- Sponholz 0
- Steinberg 0
- The Criterion Collection 0
- The Film Verdict 0
- Tomas Rucker 0
- Tomi Ungerer 0
- Tonho Oliveira 0
- Toninho Vaz 0
- Top10 filmes 0
- Tribuna da Internet 0
- Tulipas Negras 0
- Zé Beto 0
- zishy 0
Publicado em Charge Solda Mural
Com a tag Charge Solda Mural, luiz inácio lula da silva
Deixar um comentário
A maior derrota de Lula
Sentença do TRF-4 rivaliza com o fracasso do petista nas eleições de 89, 94 e 98.
A confirmação da condenação de Lula em segunda instância, por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá, não encerra a carreira política do ex-presidente, porém é um revés de gigantesca magnitude. A unanimidade dos três votos, muito técnicos, dados pelos desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), na aceitação do veredicto do juiz Sergio Moro, de Curitiba, da Lava-Jato, ainda permite pelo menos um recurso. Mas, por certamente retirá-lo das eleições de outubro, por meio da Lei da Ficha Limpa, e mantê-lo inelegível por oito anos — Lula só recupera os direitos políticos ao completar 81 anos —, a sentença é a maior derrota da vida do ex-presidente, rivalizando com o fracasso nas disputas pela Presidência da República com Fernando Collor (1989), em segundo turno, e as duas perdas, em primeiro, para FH (94 e 98).
A condenação de Porto Alegre é mais aguda por não ser política, mas se tratar de punição criminal por corrupção e lavagem de dinheiro, algo nunca antes ocorrido com um ex-presidente da República. Embora a militância bata bumbos para amplificar a tese sectária de que seu líder foi vítima de um tribunal de exceção — finge-se não saber o que é um verdadeiro tribunal de exceção —, a realidade é bem outra. Luiz Inácio Lula da Silva teve o direito de defesa respeitado, como tem acontecido nos demais processos na Lava-Jato. Mas o sectarismo rejeita qualquer argumento objetivo, e até formulou a tese autoritária de que o julgamento só seria legítimo se absolvesse Lula.
Também em Porto Alegre, a defesa do ex-presidente, feita pelo advogado Cristiano Zanin, manteve o tom da politização: todo o processo é repleto de erros, cheio de evidências de que não importam provas, com a intenção deliberada de condenar o grande líder popular, para retirá-lo das urnas de outubro. Ou seja, a defesa de Lula continua a ser feita para animar a militância, não com a finalidade de convencer juízes. Parece considerar inevitável a condenação final de Lula neste e em outros processos, e por isso trata de ajudar na construção da imagem de um mártir das causas populares, conveniente para quem não sabe fazer outra coisa na vida a não ser política.
Lula teve a condenação confirmada, por votos dos três desembargadores do TRF-4, cheios de argumentos objetivos e provas que desmontam posições da defesa — a partir das mais de 400 páginas do detalhado voto do relator João Pedro Gebran Neto, o primeiro a sancionar o veredicto de Sergio Moro. Houve até acréscimo da pena de Lula, por Gebran, de nove anos e meio para 12 anos e um mês de prisão, sob o correto argumento de que o cargo de Lula é um agravante. Proposta aceita pelos dois outros juízes.
No relatório, são citados os entendimentos entre o presidente da OAS, Léo Pinheiro, Lula e Marisa Letícia, diretamente ou por meio de representantes do PT, como João Vaccari Neto, também ainda preso, em torno do imóvel do Guarujá. Da mesma forma que aconteceu nas transações de corrupção com a Odebrecht, o trânsito do dinheiro sujo era acompanhado por uma conta corrente, na qual, no caso da OAS, o custo do tríplex e das obras de melhorias no imóvel foi debitado de propinas geradas em negócios da empreiteira com a Petrobras, de óbvio conhecimento de Lula e companheiros. O relator reservou um capítulo do voto para descrever como, por exemplo, Paulo Roberto Costa, “Paulinho”, foi colocado na diretoria da Petrobras por interferência direta de Lula, para atuar, com outros, no esquema de geração de propinas em contratos com empreiteiras amigas.
À medida que este processo tramitava — há outros, como o do sítio de Atibaia —, era fermentada na militância, também fora do país, a falsa constatação, alardeada pelo próprio Lula, de que ele era processado sem provas. Balela. Se forem analisados os autos sem as lentes do viés político e ideológico, encontra-se o passo a passo de como um singelo apartamento na orla do Guarujá, construído e comercializado por meio de uma cooperativa de bancários (Bancoop), foi adquirido em nome de Marisa Letícia, mulher de Lula, e, depois, com o marido no poder, terminou metamorfoseado no tríplex do prédio.
As provas podem ser consultadas. Mas a militância não se interessa por elas, prefere manter a fé no líder carismático. Existe documento rasurado que atesta a tentativa de encobrir o upgrade do imóvel, de um apartamento simples para um tríplex. Também há registros de imagens de Lula em visita ao novo imóvel, na companhia do presidente da empreiteira OAS, Léo Pinheiro, ainda preso, que se incumbiu de concluir o prédio depois que a Bancoop quebrou e não finalizou a obra. Por que tanta benemerência a Lula? Votos dos três desembargadores de Porto Alegre explicam em detalhes. Além de Gebran, Leandro Paulsen, revisor do relatório de João Pedro Gebran, e Victor Laus.
Em 2010, O GLOBO noticiou que a família Lula da Silva tinha um imóvel no prédio, fato confirmado pela Presidência. Houve visitas da família ao tríplex do prédio Solaris, ex-Mar Cantábrico, na época da Bancoop. Obras foram contratadas para atender ao desejo dos futuros moradores, mesmo que, formalmente, o imóvel continuasse, na escritura, sendo da OAS. Por quê? O próprio Léo Pinheiro depôs que a dissimulação foi pedida em nome de Lula. Três andares requeriam um elevador interno, e assim foi feito. O imóvel também recebeu uma nova e moderna cozinha.
Outros calvários jurídicos aguardam Lula. Um deles, o sítio de Atibaia, também próximo à cidade de São Paulo, mas no interior. Talvez uma herança do tempo de militância sindical na juventude, Lula não gosta de aparecer em escrituras de imóveis que usufrui. Caso deste sítio, em que costumava passar fins de semana e que terminou preparado por empreiteiras — Odebrecht e OAS —, para abrigar o ex-presidente nos momentos de lazer. Piscina, adega etc. Este é outro processo, mas há uma conexão dele com o do tríplex que condenou o ex-presidente em segunda instância: as cozinhas dos dois imóveis foram compradas pela OAS no mesmo fornecedor. Não faltam mesmo provas.
Do julgamento no TRF-4, fica a frase do procurador Maurício Gotardo Gerum, representante, no julgamento, do Ministério Público Federal:
— Lamentavelmente, Lula se corrompeu.
Editorial – O Globo
Devagar, pra não machucar
Rogério Distéfano – O Insulto Diário
O MINISTRO da Justiça recomendou à Polícia Federal o método Evandro Mesquita ao recolher o passaporte do ex-presidente Lula: “devagar, bem devagarinho, que é pra não machucar”.
A PF pegou dos juízes e procuradores a mania de espetacularização. Manda tartarugas ninjas com metralhadoras. Acabaria levando o passaporte algemado, de camburão.
Sua excelência esqueceu do pit bull que não desgruda de Lula, a senadora presidente do PT. Uma onça, que só se cutuca com vara longa. Aquilo é mulher de brigar na feira.
Ainda que cheguem com cuspo e com jeito, a senadora sempre pode receber os tiras vermelha de raiva, aos gritos e arranhões; na dúvida, xingamentos à Marisa Letícia.
Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário
Com a tag Rogério Distéfano - O Insulto Diário
Deixar um comentário
Congresso dá de ombros para o julgamento de Lula
Radar On-Line – Veja
O julgamento de Lula parece não ter mobilizado a classe política, com exceção, é claro, do PT. Em Brasília, o clima ainda é de férias. O Congresso está esvaziado. Michel Temer, Moreira Franco, Henrique Meirelles e Fernando Coelho Filho estão participando do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.
O presidente já disse que foi um “dia normal”, quando questionado sobre os possíveis impactos do julgamento de Lula. Renan Calheiros é outro. Ele segue em Alagoas, no diretório estadual do PMDB, para receber uma série de pessoas.
Alcy, Zélio Alves Pinto, o cartunista que vos digita e Mino, no 24º Salão Internacional de Humor do Piauí, se não me engano (olha o Alzheimer transitório!). © Vera Solda.
Publicado em Tempo...
Com a tag mino, O Cartunista que vos digita, soy loco por teresina, vera solda, zélio alves pinto
2 comentários
Ostras
Publicado em ostras parábolas
Com a tag ostras parábolas, poema solda, todo dia é dia
Deixar um comentário
Quaresma (Validuaté), caricatura em preto e branco do Paixão, colorizada pelo próprio Quaresma no Photoshop. Salão Internacional de Humor do Piauí, Teresina, 2011.
A hora é de tristeza (e de vergonha)
© João Bittar
Aconteceu o esperado. Mais que isso: o inevitável. Lula da Silva levou de 3 x 0 no TRF de Porto Alegre. Com um agravante: os nove anos e meio aplicados por Sérgio Moro foram ampliados para doze anos e um mês de reclusão pelos julgadores de segunda instância. Unanimemente.
E vamos fazer o quê? Sair por aí gritando, batendo palmas e panelas, soltando foguetes? Nada disso. Pode não parecer, mas, mesmo para os não-lulistas, para aqueles que têm raiva dele e torciam pela sua condenação, o momento é de tristeza. E de vergonha. Afinal, há um ex-presidente da República a caminho da prisão pela prática criminosa de corrupção e de lavagem de dinheiro. Por ordem ditada e confirmada pelo Judiciário. Como ficamos todos aos olhos do mundo? Se, de um lado, o fato demonstra que as nossas instituições estão funcionando, de outro, revela o tipo de gente a quem costumamos entregar o poder. Afinal, o apenado é líder das pesquisas para um terceiro mandato presidencial…
Luiz Inácio não foi o primeiro presidente da República do Brasil a cometer ato (ou atos) de corrupção. Nem será o único. Ele apenas descuidou-se e sonhou alto demais. Confiou na centenária impunidade brasileira e achou que era mais esperto do que a esperteza. Deu-se mal.
Nessa hora, lembro-me do meu amigo Mário Montanha Filho. Petista de carteirinha, militante ativo, sincero e bem intencionado, assim que surgiram os primeiros desvios de conduta de Lula presidente, Mário desabafou:
“Ao conduzirmos o ex-sapo barbudo à presidência, sabíamos que não estava em curso uma revolução. Cumpriríamos uma etapa, apenas. Mas, de repente, começamos a ver a destruição de nossos sonhos. A marcha neoliberal segue impávida. E o neo-sapo foi elevado à condição de estadista bem-comportado. Talvez seja melhor assim. Se a moral dos ‘vencedores’ não tem mais nada a ver conosco, então podemos nos sentir livres”.
Em seguida:
“A cada dia, a minha opinião sobre Lula fica mais apagada. Às vezes me parece que ele deixou de existir. De uma certa forma, acho que é isso mesmo. A imagem de um líder barbudo que nos emocionava com discursos carregados de simplicidade e conteúdo revolucionário está distante. O que sobrou foi um senhor enquadrado no mundo das instituições, das regras e dos bons costumes, acondicionado em ternos de um cinza comum. Um fazedor de frases vazias, tolas, arrogantes. Nada mais. Não tenho por ele a mesma repulsa que ainda hoje me provocam os presidentes anteriores, generais sombrios, burgueses exibicionistas ou intelectuais colonizados. Também não me situo entre os seus inimigos figadais. Sei apenas que deixamos de ser companheiros. Paciência, a vida e a luta continuam.
E ainda:
“Isolado na minha simplicidade, vejo o mundo de cabeça para baixo. Estranhamente, continuo a fazer as mesmas coisas que fazia antes de 1º de janeiro de 2003, quando o Brasil se encontrou em Brasília para saudar o operário que virou presidente da República. Não enxergo motivos para rejeitar as minhas ideias, por mais velhas e confusas que sejam. Tampouco me disponho a jogar no lixo o que eu disse ou gravei nos arquivos da memória.”
Não foi você que mudou, meu estimado “Da Montanha”. Nem eu. Continuamos, talvez ingenuamente, com os nossos velhos sonhos. Quem mudou foi Lula. Ou ele apenas revelou a sua verdadeira face.
Outro petista histórico, César Benjamin, conta que o então companheiro-presidente, quando assumiu o governo, encontrou montada uma forma espúria de organização do poder político e, em vez de lutar contra, como era a sua obrigação moral, adaptou-se a ela. Fez mais, digo eu: serviu-se dela, ampliou-a, adequou-a aos seus interesses pessoais, aos interesses de familiares e do seu grupo político, com o objetivo de perpetua
ção no poder.
Deu no que deu.
Amanhã será outro dia
Rogério Distéfano – O Insulto Diário
DO RIDÍCULO AO PATÉTICO. Foi o trajeto do PT no julgamento de Lula.
Primeiro, o comportamento: o partido continua sob os dogmas do destino manifesto e da infalibilidade de Lula. Ou seja, qualquer condenação judicial ou derrota política é a negação das benesses que trouxe ao país e a afirmação de atos de corrupção por seu líder é algo de gravidade equivalente à de negar a imaculada conceição (a virgindade da mãe de Cristo, viu, senadora presidente).
Segundo, o comportamento que raia o infantil de achar que numa democracia demonstrações de massa acuam os poderes estabelecidos: Lula ignorou a dignidade de ex-presidente e se mandou para a Porto Alegre a fazer comícios para intimidar os juízes do TRF, um comportamento pelo menos mais evoluído que o na antológica foto de sua campanha contra Fernando Collor, na qual aparecia com ar compungido ao lado da filha Lurian, que o adversário – mais tarde seu aliado – alegara em campanha que o pai, Lula, havia rejeitado na gravidez da mãe.
A sentença de condenação foi confirmada pelo tribunal. Aqui ingressa a ignorância, crassa ignorância, da liderança do partido, sobretudo de sua presidente – esta assina com todas as digitais o atestado. De novo, aquilo de constranger o tribunal, até com os argumentos do advogado. Qualquer advogado sabe que por mais aguerrida seja sua defesa do cliente ela nunca se faz agredindo o juiz. Para isso a lei faculta alegar suspeição ou impedimento, que o advogado jamais usou. Aliás, por melhor que seja o advogado de Lula, ele é o sócio minoritário do escritório de Roberto Teixeira, compadre, advogado e benfeitor-beneficiário de Lula.
A defesa de Lula merecia um medalhão da advocacia, afinal, do outro lado estava um deles, René Dotti. Faltou dinheiro ou os medalhões perderam a confiabilidade para o PT? O partido sequer buscou seus craques, José Eduardo Cardozo e Luis Eduardo Greenhalgh, para patrocinar a causa de Lula. A presidente do PT veio com aquela de que o juiz relator era “militante” e de que o “resultado” pela unanimidade “foi combinado” entre os desembargadores do TRF.
A senadora presidente já demonstrou que é trêfega e destemperada. Oito anos de diretora de Itaipu, quatro de ministra de Dilma, mais quatro no Senado não lhe acrescentaram noção das coisas, discernimento. Lembro do episódico sintomático de, ministra de Dilma, ter comparecido ao Senado para prestar informações e por-se a dar lições de moral no senador Aloysio Nunes Ferreira, líder tucano. Recebeu uma descompostura olímpica: “a senhora pode ser senadora, mas está afastada, tem aqui seu suplente; pode ser ministra, mas vem de outro poder, que não é maior nem menor que o Legislativo; portanto, componha-se”. E ela se compôs, rabinho entre as pernas.
Ao voltar ao Senado, findo o primeiro mandato de Dilma, retomou a histeria que hoje beira o paroxismo. Tinha direito, espelhava-se num companheiro de bancada. O PT deve estar em processo de desmanche ou em falta de líderes para entregar a presidência. A senadora do Paraná fez bem ao aceitar ser presidente: ali está sua última chance de sobrevivência política. Tanto que em Porto Alegre se fez de Santa Verônica, envergando a camiseta cor de sangue com a efígie de Lula.
Isso de dizer que o TRF combinou o resultado do julgamento não é apenas um crime. É coisa pior, como disse o velho Talleyrand quando Napoleão mandou matar o duque de Enghien: é um erro. Se o julgamento é colegiado, o resultado unânime, como aconteceu, é uma das possibilidades. A outra seria o julgamento por maioria, pró ou contra. A senadora diria o mesmo caso o julgamento unânime fosse pela absolvição de Lula?
A presidente do PT, lamentavelmente senadora pelo Paraná, é formada em Direito, advogada de carteirinha. Não quero ser injusto com a escola em que se formou, mas seus professores neste momento devem estar, os que a aprovaram, envergonhados, e os que lhe deram notas baixas, seguramente dizendo “nós avisamos”.
Será que a senadora passou um dia por uma banca de segunda época, aquelas com dois ou três examinadores? Aprovada por unanimidade, foi caso de justiça, ela diria. Reprovada por unanimidade, foi resultado combinado – com certeza ali iniciou sua jurisprudência da estupidez. Que falta faz a norma do silêncio obsequioso nessas horas.
A montanha petista pariu um rato. Agito em Porto Alegre, bloqueios na Bahia, vias com policiamento aqui mesmo, em Curitiba, em frente ao foro do juiz Moro e na praça Santos Andrade. O dólar, que havia subido ontem, baixou hoje. O deus Mercado é mais forte que São Lula e a Imaculada Gleisi Hoffmann. Amanhã será outro dia, infelizmente com a malta de Michel Temer – que, nunca devemos esquecer, foi inventada, alimentada e recebeu aliança preferencial e bençãos de Lula (Dilma, reconheça-se em seu benefício, nunca engoliu Michel Temer).
Caberia ao PT neste momento lamber as feridas, fazer ato de contrição, expulsar seus vendilhões do templo e abrir uma nova era. Melhor voltar ao que foi antes do poder, a consciência crítica da nação. Será que vai fazer isso? Muito difícil. Lula vive o ranço da ingratidão, Gleisi vive o terror da abstinência, Dilma, a sobrevivente, vive o drama da rejeição. Pior que tudo, a burocracia do partido lamenta a perda das benesses e, a militância, pobre militância, mata e morre pelo falso ídolo.
Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário
Com a tag Rogério Distéfano - O Insulto Diário
Deixar um comentário
Os caras
Rogério Distéfano – O Insulto Diário
O QUE têm em comum Lula e Donald Trump, ex-presidente do Brasil e atual dos EUA? Tudo. São narcisistas, mentirosos e não respeitam as instituições. Um desrespeita o Legislativo, outro desrespeita a Justiça. Também são milionários. Só que um tem o dinheiro no nome dele e o nome dele na fachada das propriedades. E o outro? Não tem nada em seu nome e não tem seu nome em nada, só na bolsa que encheu à custa das famílias.
Publicado em Rogério Distéfano - O Insulto Diário
Com a tag Rogério Distéfano - O Insulto Diário
Deixar um comentário
Zanin repete a ladainha
Cristiano Zanin repete a ladainha de que Sérgio Moro admitiu que não haveria relação direta comprovada entre a propina paga pela OAS a Lula e o dinheiro dos contratos da Petrobras. Trata-se de um argumento falacioso, como já explicamos antes.
Foi embora ontem, de madrugada. No passado distante era nessa parte do dia que trafegávamos por Curitiba. Parando só para o reabastecimento. Jorge Eduardo Mosquera compleva o trio que, mais tarde, batizei pra mim mesmo de “Entorta Rua”. Fotógrafo que perdeu o emprego na sucursal do Jornal do Brasil em Curitiba ao registrar uma imagem do Paulo Maluf dentro de uma gaiola. O sinônimo de ladrão só agora foi preso pra sempre – esperamos. O Garninzé, apelido do baixinho, partiu e, para quem o acompanhou nos últimos anos, descansou. Os que sobraram do trio fazem parte do time dos sobreviventes. Aqui não haverá relato das nossas aventuras malucas. Trabalhamos juntos em algumas reportagens da Placar e do Estadão. Ele era um anjo de pessoa. Se transformava – e dava trabalho, quando entrava no outro universo onde cada um revela seu próprio demônio. Uma das melhores dele eu guardei e divulgo: “Você precisa me ver pelado, só de meia preta e pulando na cama”. Nos últimos tempos não andava mais. De vez em quando nos falávamos ao telefone. Às vezes ele chorava. Eu fazia o mesmo do outro lado da linha. Pela situação do meu amigo, porque entendia quase tudo que se passava naquela alma. Amém. Zé Beto
O enterro está marcado para hoje, 10h. O endereço: R. Planalto, 459 – Ouro Fino, São José dos Pinhais.
***
Fomos colegas de trabalho na redação d’O Estado do Paraná, e anos mais tarde o Garnizé passou um tempo na Coordenadoria de Comunicação do governo estadual, quando fui coordenador, no primeiro mandato do Requião. Viajamos juntos algumas vezes e numa delas o Carlinhos chegou de madrugada no hotel, em Guarapuava, e quis bagunçar o coreto importunando o motorista… pedi que se acalmasse e fosse dormir e ele atendeu na boa… ao contrário da fama de brigão.
Publicado em Sem categoria
Com a tag Ivan Schmidt, roberto josé da silva, zé beto
Deixar um comentário
Lula, 2ª instância
Editorial – Folha de São Paulo
A esta altura dos acontecimentos, seria ingenuidade pedir equilíbrio, comedimento ou tolerância aos grupos mobilizados em torno do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre.
Ainda que natural em alguma medida, dadas as dimensões do personagem, a politização do processo rompeu os limites do razoável –com o impulso decisivo do próprio réu, claro, mas não só dele.
Sentenciado em primeira instância a nove anos e seis meses de prisão, por corrupção e lavagem de dinheiro, Lula tem todo o direito de se dizer inocente e criticar a decisão da Justiça. Sua pregação, porém, é de outra natureza.
O líder petista, que misturou a defesa de sua biografia e a pretensão de candidatar-se novamente à Presidência, insufla a militância com a tese tresloucada de que é vítima de uma conspiração tramada pelas instituições jurídico-policiais e pela imprensa.
Aliados equiparam a eventual inelegibilidade um “golpe”, associando-a, por meio do surrado artifício retórico, ao impeachment de Dilma Rousseff. Chega-se, assim, à antessala da incitação ao confronto –e a cúpula do PT, a começar pela presidente da sigla, não mostra preocupação em evitar o tom beligerante.
Do lado oposto, há decerto um sentimento antilulista, por vezes radicalizado, que se fortaleceu nos anos de desastre econômico e investigações da Lava Jato.
Ademais, ampla parcela da opinião pública, movida por justa indignação com os desmandos, pede punições severas e imediatas aos políticos sob suspeita, nem sempre com a devida atenção a trâmites jurídicos e garantias legais.
Seja qual for a decisão do TRF-4, resta esperar que o tempo depure o evento da dramaticidade hoje exacerbada. Não está em jogo a democracia do país, como querem uns, nem o combate à corrupção na política, como temem outros.
A ação referente ao famigerado apartamento em Guarujá envolve, sem dúvida, boa dose de complexidade na interpretação das provas colhidas. O processo, não por acaso, passa por um segundo exame, que não será o último.
Se as somas do caso não parecem vultosas diante dos desvios bilionários na Petrobras, o ex-presidente tampouco encena com credibilidade o papel de vítima. Sobram evidências de que suas relações com as grandes empreiteiras feriram, na hipótese mais branda, a ética republicana.
Ainda mais inegável é o gigantesco esquema criminoso que operou em seu governo –e desafia a credulidade imaginar que tudo se passava sem o conhecimento do chefe do partido e do Executivo
Réu em outra meia dúzia de ações, Lula conta com a intenção de voto de um terço dos eleitores, o que o torna, absolvido ou não, ator central na disputa pelo Planalto. Nem isso nem a preferência dos que querem vê-lo preso afetam, porém, a legitimidade da sentença que se aguarda nesta quarta.
11 de setembro, 2010. O Ex-tado do Paraná
Publicado em Charge Solda Mural
Com a tag Charge Solda Mural, mural da história
Deixar um comentário
Estávamos fazendo uma matéria especial sobre a Ferroeste, para a qual entrevistamos o Mathias Leh, presidente da Cooperativa Entre Rios, além de outros… O Mathias usava óculos de grau altíssimo e não houve dúvida quanto ao apelido que só nós ficamos sabendo: “Garrafa”. Foi excelente profissional e um grande colega. A foto que lhe rendeu a demissão do JB foi tirada na véspera da abertura de um feira no parque Barigui, se não me falha a memória sobre artesanato regional, no stand do governo de S. Paulo. O JB publicou a foto e depois demitiu o profissional que a fizera… Ivan Schmidt