Lava Jato no Rio prende delegado e ex-secretário de Cabral suspeitos de desvios em presídios

Operação “Pão Nosso” estima prejuízo de R$ 44,7 milhões no fornecimento de lanches a detentos

O foco da operação, batizada de “Pão Nosso”, são supostas irregularidades na Secretaria de Administração Penitenciária do estado. Pela primeira vez, o Ministério Público Estadual participa da ação. 

Um dos alvos de mandados de prisão é o ex-secretário da pasta César Rubens de Carvalho, que é coronel da Polícia Militar. Ele foi comandante de batalhões na região metropolitana e esteve à frente da secretaria também durante parte do mandato do atual governador, Luiz Fernando Pezão (MDB).

Outro suspeito é Marcelo Martins, que hoje chefia o Departamento de Polícia Especializada da Polícia Civil fluminense. O setor engloba importantes delegacias estaduais, como a do aeroporto internacional e a de crimes contra a Fazenda.

Segundo o Ministério Público do Estado, havia um esquema que desviava recursos de um contrato de lanches oferecidos no sistema penitenciário do Rio. Os prejuízos aos cofres públicos são estimados em R$ 44,7 milhões.

A investigação apontou que Carvalho era sócio do pai de Marcelo Martins na empresa Intermundos, tida como ponte para receber propina do esquema, e que o patrimônio do ex-secretário aumentou dez vezes enquanto esteve à frente da pasta.

Um delator da operação disse que o ex-governador Sérgio Cabral recebia parte da propina, mas sem um percentual fixo.

A apuração começou a partir do projeto Pão-Escola, de ressocialização de detentos. Os procuradores afirmam que a empresa Induspan, de Felipe Paiva, que também teve a prisão pedida, fornecia lanches acima do valor de mercado e ainda recebia insumos do estado para a produção de pães. O contrato foi rescindido, mas Paiva continuou atuando na secretaria por meio de uma organização civil chamada Iniciativa Primus, ainda de acordo com a investigação.

A Polícia Federal informou que são cumpridos 14 mandados de prisão preventiva e dez de prisão temporária. As ordens partiram tanto do juiz federal Marcelo Bretas, responsável pela Lava Jato no Rio, quanto da 35ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do estado.​​​​​

O delegado Marcelo Martins, ao centro, chega à sede da Policia Federal após a operação Pão Nosso, desdobramento da Lava Jato – José Lucena/Futura Press/Folhapress

OUTRAS INVESTIGAÇÕES

César Rubens de Carvalho é mais um secretário da gestão de Sérgio Cabral (MDB) a ser preso na Lava Jato. Antes dele, já tinham sido detidos Régis Fichtner (Casa Civil), Sérgio Côrtes (Saúde), que foram soltos, Hudson Braga (Obras) e Wilson Carlos (Governo).

Em meio à intervenção federal no Rio, esta é a maior investigação da Lava Jato fluminense na área da segurança, que está desde fevereiro sob o comando das Forças Armadas.

Contratos antigos da Secretaria de Administração Penitenciária já vinham sendo objeto de investigação de promotores e da nova direção da pasta.

Em janeiro, a Justiça mandou afastar o então secretário estadual Erir Ribeiro Costa Filho após a divulgação de supostos privilégios ao ex-governador Sérgio Cabral (MDB) na cadeia pública de Benfica, no Rio.

Assumiu David Anthony, que é delegado da Polícia Civil fluminense, e que foi mantido no cargo mesmo com a intervenção federal na área da segurança no estado.

Da Folha de São Paulo

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O Menino

Lançar um livro não é tarefa fácil, principalmente para quem olha para o computador e enxerga nele um ET. Sou do tempo do escrever à mão. Custei a aceitar a máquina de datilografia. Até hoje escrevo à mão. Mas, instado pelas circunstâncias obrigo-me a usar essa máquina do diabo. Só que quando começo a dominar a bandidinha, muda tudo. Novo modelo é lançado e eu tenho que ater-me a ele para que não ocorra desconfiguração entre o que cá escrevo e o que lá em Lisboa a Chiado recebe, posto que na editora impera esses lances de última geração.

Capengando, me arrastando, vou abrindo caminho para o lançamento de O Menino no Museu Guido Viaro. E quando será isso? Quando você menos esperar…

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A carta e o silêncio de Paulo Bernardo

O ex-ministro Paulo Bernardo, réu na Lava Jato, vai ajudar a escrever uma carta que Lula da Silva pretende distribuir principalmente à classe média para tentar quebrar a resistência dessa para sua, quem sabe, candidatura ao terceiro mandato de presidente. Há um bom tempo Bernardo está em silêncio total, ainda mais depois que passou uns dias na cadeia. Por isso, tem a ver, pois escrever não faz barulho e assinar o nome do outro é melhor ainda.

Do Zé Beto

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Cândido de março discute o legado de Nelson Rodrigues

O legado do jornalista, escritor e dramaturgo Nelson Rodrigues (1912-1980) é tema da edição de março do jornal Cândido, editado mensalmente pela Biblioteca Pública do Paraná. Morto há 38 anos, o autor deixou uma obra desafiadora, instigante e atualíssima. Alvaro Costa e Silva, o Marechal, assina dois textos a respeito da produção rodrigueana, fazendo uma síntese do trabalho de Nelson a partir do ponto de vista de autores e intelectuais brasileiros e uma relação de montagens, edições e traduções da obra do autor. O especial ainda traz duas páginas com algumas das mais polêmicas frases do escritor pernambucano, entre as quais: “Sou reacionário. Minha reação é contra tudo que não presta”. 

Na quinta entrevista da série “Os Editores”, João Varella conversou com Eduardo Lacerda, que contou sua saga à frente da Patuá. A editora independente, que em 7 anos já publicou mais de 550 títulos e conquistou alguns dos principais prêmios literários do país, tem como ponto de venda um bar, o Patuscada.

Outro destaque da edição é uma reportagem sobre a publicação de Forte apache, livro que reúne uma obra inédita e dois títulos já publicados anteriormente por Marcelo Montenegro, paulista de 46 anos. O Cândido deste mês também publica um fragmento do Roteiro Literário — Helena Kolody, de Luísa Cristina dos Santos Fontes. Projeto da Biblioteca Pública do Paraná, o livro faz parte de uma coleção em que cada título traz um ensaio e uma relação de locais frequentados por um autor paranaense já falecido

Na seção Memória Literária, o escritor e professor da UFMG Lusi Alberto Brandão escreve sobre João Gilberto Noll, morto há um ano. E a seção Cliques em Curitiba publica as curvas da capital paranaense captadas por Mariana Canet. Entre os inéditos, poemas de Bruna Kalil Othero e Marco de Menezes e um fragmento do romance Setenta, de Henrique Schneider, vencedor do Prêmio Paraná de Literatura 2017. Schneider também concedeu entrevista ao Cândido e fala sobre o seu livro, que problematiza a ditadura militar brasileira.

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Bons tempos!

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Sacaneados e escaneados

Rogério Distéfano – O Insulto Diário

A REPÚBLICA DE CURITIBA não é a de Platão, onde mandavam os sábios. A República de Curitiba está mais para a de Sólon, o severo administrador ateniense. Quando associamos a República de Curitiba a Sólon só um nome nos vem à memória: Sérgio Moro. Basta, não tem pra ninguém. Roberto Requião não sai da grossura e da bravata, Rafael Greca, do motejo e da facécia, Beto Richa, ora, Beto Richa é ele e os anos-luz de parentes e amigos aprontões. Sérgio Moro é substantivo e adjetivo, não fala pelos cotovelos, não diz gracinhas nem acha que tem senso de humor como os outros. Aliás, não tem humor. Tivesse, usaria aqueles ternos, aquelas camisas, aquelas gravatas?

Fala-se tanto em candidatos a presidente da república, cada qual pior que os quais piores. No Paraná os candidatos brigam no mesmo balaio, todos a se arranhar pelo afago de Beto Richa. Nosso miserê é tamanho que nem tem candidato da oposição. Ou candidata, Gleisi, por que não? Ela também arranha e lanha, gata no cio político. Tenho um sonho e um candidato a governador, Sérgio Moro. Ele não mostraria os dentes para morder ou para sorrir. Melhor: sorri quando está com a mulher ou esnobando o colega Marcelo Bretas. Ah, Moro governador.  Nosso juiz da Lava Jato iria pôr ordem na assembleia, no tribunal de contas, até no judiciário. No executivo, passaria o rodo no Iguaçu.

Não vou adiante na plataforma de campanha. Fico no detalhe, o sistema prisional. Vocês nem imaginam o que sejam as cadeias e as prisões do Paraná. Eu sei, trabalhei com isso. Visita íntima de preso, as mulheres e maridos de quem está preso têm escarafunchadas as intimidades, invadidas pelos dedos de quem confere contrabando de celular, faca, droga. No pedacinho da prisão que coube aos presos de Sérgio Moro é diferente, muito diferente desse mundo de pobretões criminosos. Ali, do lado norte, sol generoso e longe dos presos pés de chinelo, estão dos presos de roupão com monograma: os corruptos da Lava Jato, gente que lê dez linhas por dia e desconta vinte dias da pena.

Até no Brasil as coisas tem limite, muito poucas, é verdade. O limite estourou quando fizeram revista íntima na mulher de Sérgio Cabral, aquilo de se agachar sobre o espelho para conferir se não vinha coisa ilegal. Até na prisão que abrigou petista uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa: perereca da mulher do traficante é uma coisa, perereca da mulher do corrupto – deve ser -, outra, bem diferente. Se corrupto é diferente de ladrão comum, por que não a perereca de mulher do corrupto?  Corrupto é como a cachorra de Rogério Magri, que era levada ao veterinário em carro oficial: “também é ser humano”, como justificou o ministro do Trabalho de Fernando Collor.

As intimidades das visitas aos corruptos não serão esgaravatadas pelas mãos ímpias dos agentes penitenciários, sem luvas sem grife. Nada de se agachar no espelho, como exigiram de Adriana Ancelmo, primeira dama, sócia, cúmplice e corré do maior corrupto do Brasil, Sérgio Cabral. Agora visitas de corruptos presos serão escaneadas; fomos sacaneados por eles, agora escaneados por nós. Benefício que nunca tiveram, não têm e dificilmente virão a ter os ladrões de galinha, assaltantes e traficantes de miudezas, gente de intimidades pouco asseadas, sem perfume francês. Dizem que haverá escâner para os presos não corruptos. Imaginem o superfaturamento, as propinas.

O escâner teria racionalidade se os visitantes dos corruptos trouxessem montanhas de propina nas anfractuosidades. É tanto que não cabe nas pererecas, estão nas offshores. É de onde virá a burla ao escâner. Lá dentro, dentro da frente ou de trás, até do nariz, debaixo da língua, até no buraco da orelha, cabe o extrato de movimento da conta de propinas. A escâner, como diria o economista da propina, é uma externalidade da Lava Jato, um efeito não pretendido na causa primeira. Quase suficiente porque, como sempre, só ajuda a zelite, a zelite da propina. O juiz Moro não inventou o escâner,  inventou a prisão dos corruptos. Como Pilatos, que não inventou, mas não sai do Credo.

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Caretiba

Caetano Solda, em algum lugar do passado. © Gustavo Rayel Jr

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Tempo

14 de outubro, 2010.

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Tempo e modo

Rogério Distéfano – O Insulto Diário

GOLPISTA TEM CLASSE. Michel Temer mandou carta pessoal para a procuradora geral Raquel Dodge depois que esta abriu investigação contra ele. Junto, veio parecer do jurista Ives Gandra Martins. O parecer, publicado no Estadão, sustenta que a Constituição não permite processar o presidente por atos praticados antes de assumir o mandato. Temer diz que não irá recorrer. Interessa-lhe só o aspecto científico da questão. Tirando o primeiro ponto, o outro podemos descartar em termos de sinceridade.

Petista, ao contrário, é chorão, tem o cacoete da superioridade moral, a exclusividade dos bons propósitos. Do Oiapoque ao Chuí estamos em débito pelo que fizeram nos anos Lula/Dilma, noves fora a roubalheira. Chorão com o ramerrão do “quero ser julgado pelo povo que me elegeu”. Finge ignorar que no Estado de Direito o poder judiciário, poder constituído, tem delegação do povo para tirar e punir quem o povo elegeu. Petista contrariado vê o Estado como instrumento de quem está no poder.

Assim também os estalinistas, cujo comportamento os petistas mimetizam. Para eles o judiciário que pune Lula é a justiça burguesa. Golpista tem classe, petista não tem. Sinceridade, nenhum. Diferença: a classe, comportamento referido a código de conduta aceito no meio. Os golpistas sabem das idas e vindas, voltas e reviravoltas do mundo político. Os petistas não foram amadurecidos na derrota e na rejeição, que vêm com o tempo. Enxergam o mundo no modo apocalíptico se não preservado seu messias.

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Delfim recebeu um belo monte de 15 milhões, segundo Lava Jato

Repetindo: segundo a Lava Jato, Delfim Netto recebeu 15 milhões de reais no esquema da Usina Belo Monte. É um belo monte de propina.

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Que país é este?

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Poema sujo

poema-sujo-guinski

© Guinski. Luiz Antonio Guinski, da luizarada de Curitiba.

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Chiquito pero cumpridor

Rogério Distéfano – O Insulto Diário

DO UOL, indispensável, sempre um alento para os dramas do sexo, traz hoje a enquete das mulheres que dizem maravilhas de transar com homens de pênis pequeno (a gente do uol ainda fala ‘pênis’). Pseuda novidade, diria Dilma. Los hermanos ensinam ‘chiquito pero cumpridor’. Cumpridor não é compridão em espanhol. É ‘eficiente’.

Sobre as maravilhas de transar com homem de pinto mole que é bom, nada – perdão, sou dos bons tempos em que pinto era pinto, o avatar do galo e primo do ganso, aquele que na mitologia do sexo sempre é afogado. ‘Que é bom’, aqui, é mera força de expressão. Se alguém disser que é bom é pura falta de tesão.

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Biblioteca homenageia as poetas paranaenses no Mês da Mulher

Helena Kolody, Luci Collin e Priscila Merizzio. © Divulgação

Ao longo do mês de março, a Biblioteca Pública do Paraná promove uma ação nas redes sociais e no site da instituição para homenagear as mulheres. A partir desta quinta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, serão divulgados vídeos com a produção de dez poetas nascidas ou radicadas no Estado. A atriz Kellyn Bethania lê, em diversos pontos da Biblioteca, poemas de Adélia Maria Woellner, Ana Guadalupe, Bárbara Lia, Célia Musilli, Greta Benitez, Helena Kolody (1912-2004), Júlia da Costa (1844-1911), Karen Debértolis, Luci Collin e Priscila Merizzio. São poetas de diferentes gerações, residentes em Curitiba e no interior.

A atividade da BPP faz parte da programação do Mês da Mulher, série de eventos promovida pela Secretaria de Estado da Cultura (SEEC) que visa à valorização da mulher nas áreas acadêmica, artística, cultural, pessoal e profissional. Mais informações sobre a programação pelo site www.cultura.pr.gov.br

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