Lula depõe à PF sobre mesada da Odebrecht para seu irmão

 © João Bittar

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestou depoimento nesta segunda-feira (26) à Polícia Federal (PF), em São Paulo, no inquérito que apura o pagamento de uma mesada de R$ 5 mil o seu irmão Frei Chico feito pela construtora Odebrecht.   

O depoimento de Lula durou cerca de duas horas e o petista negou o pagamento da quantia para seu irmão. A suposta mesada veio à tona através de uma delação premiada de dois executicos da Odebrecht, Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho e Alexandrino de Salles Ramos Alencar.   

De acordos com eles, pelo período de 13 anos, a empreiteira pagava um valor de até R$ 5 mil ao irmão de Lula. A quantia recebida por Frei Chico era de conhecimento do ex-presidente, e tinha como finalidade algumas trocas de favores entre agente públicos e empresários.   

Ainda segundos os delatores, as mesadas começaram em 2003, quando Lula assumiu a presidência do país. No início, o irmão do petista recebia R$ 9 mil a cada trimestre, mas após pedir um aumento, a empreiteira passou a pagar R$ 5 mil.(ANSA)

IstoÉ

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Pé na tábua!

Pode ser até que ele acredite em Deus, mas, com certeza, Deus não acredita nele. © Nagel Coelho

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Lula pressiona Cármen Lúcia (mas ela resiste)

A defesa de Lula usa a Folha de S. Paulo para pressionar Cármen Lúcia e obrigá-la a agendar o quanto antes um encontro com Sepúlveda Pertence. A colunista social do jornal explica por que o condenado está com tanta pressa: “A demora de Cármen Lúcia para ao menos agendar uma audiência e o mistério em torno de sua decisão de levar ou não o pedido de habeas corpus de Lula ao plenário do STF têm preocupado o PT.

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Conspiração contra o sábio de Sião

Rogério Distéfano – O Insulto Diário

CHAMA ATENÇÃO a queixa do ex-governador da Bahia, Jacques Wagner, sobre a imprensa ter chegado em sua casa antes da PF, nesta semana, para cumprir mandado de busca. Isso ainda cai na conta do diretor-geral da PF, Fernando Segóvia, que já tentou inocentar Michel Temer no caso de Santos.

Caso de vazamento seletivo contra o candidato que o PT preparava para a eleição presidencial? Temer cogita candidatura à reeleição. Pode ser que sim, pode ser que não, mais que sim porque no Brasil de hoje tudo é conspiração. E logo contra um sábio de Sião, o judeu Wagner.

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É dançando que o Homem mantém os pés no chão

Biblioteca promove lançamento de livro sobre o universo artístico de Luiz Rettamozo. © Vera Solda

A Biblioteca Pública do Paraná promove no dia 27 de fevereiro o lançamento do livro ComoVer, que apresenta uma retrospectiva do universo artístico de Luiz Carlos Rettamozo. Na ocasião, o contador de histórias Carlos Daitschman fará uma leitura dramática, com direção cênica de Mateus Rettamozo. Também será apresentado o recital do poema “Uyba Yeté”, de Tonicato Miranda. O evento tem início às 17h, no Hall Térreo da BPP. A entrada é gratuita.

Considerado um dos artistas mais inventivos e criativos de sa geração, Retta, como é conhecido, é gaúcho da cidade de São Borja (RS), mas vive em Curitiba desde o início dos anos 1970. Transita há décadas no circuito artístico e publicitário da capital paranaense. Trabalhou como diretor de arte em agências de publicidade e criou jingles e marcas históricas no Estado. Nas artes plásticas, ganhou vários prêmios importantes. Algumas de suas obras integram o acervo do Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba.

Essas facetas são apresentadas por meio de textos, fotografias, imagens, e reflexões do artista em ComoVer. A obra ainda traz depoimentos de diversas personalidades do Estado sobre o trabalho de Rettamozo, como os poetas Paulo Leminski e Antonio Thadeu Wojciechowski e o professor e crítico Fernando Bini. O livro ainda vem acompanhado de óculos chroma depth, que permitem a visualização das páginas e obras em 3D.

Outro destaque são os trabalhos realizados nas oficinas de pintura coletiva simultânea, idealizadas e desenvolvidas por Rettamozo, como a Sociedade dos Pintores do Ângulo Insólito e o Coletivo ComoVer Curitiba.

“O Retta tem um currículo extremamente extenso, desde premiações diversas nas artes até seu grande sucesso na publicidade. Ele pintou, performou, criou, desenhou, compôs, atuou, publicou, escreveu, participou de coletivas e individuais, nacionais e internacionais, sendo reiteradamente reconhecido. Essa obra permite um vislumbre do amplo universo do artista”, diz Thereza Oliveira, que coordenou o projeto da publicação de ComoVer.

Proposta pelo filho do artista, Mateus Rettamozo, a obra tem edição assinada por Audrey Lilian Farah (da Arte Editora). O projeto foi viabilizado por meio do Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura da Secretaria de Estado da Cultura (Profice) e conta com o apoio da Companhia Paranaense de Energia (Copel).

Serviço: Lançamento do livro ComoVer, de Luiz Carlos Rettamozo. Biblioteca Pública do Paraná (R. Cândido Lopes, 133 / Curitiba — PR). Dia 27 de fevereiro (terça-feira), às 17 horas. Gratuito

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Demência narcísica

Luiz Felipe Pondé – Folha de São Paulo

Não é só a febre amarela que está pondo em risco a saúde pública. Há uma outra epidemia em curso que ainda não invadiu a mídia: o narcisismo dos bons. O fenômeno atingiu níveis epidêmicos. E os órgãos competentes não detectaram ainda os indícios desse quadro clínico. Talvez uma das razões seja que muitos desses órgãos competentes são grandes áreas de risco de contágio.

No passado, as áreas de risco eram mais localizadas dentro de instituições religiosas (não que estas tenham deixado de sê-lo).

Você está tendo dificuldade de entender o que vem a ser essa patologia designada “narcisismo dos bons”? Vou te ajudar.

Antes de tudo, a designação “narcisismo” tem credenciais sofisticadas, mas fiquemos com o seu sentido mais comum: narcisista é alguém que “se acha”. Clinicamente, o narcisista é um miserável de autoestima que finge se achar o máximo pra combater justamente a sua miséria interior. Nesse movimento de negação, ele acaba por criar uma persona que tende a supervalorizar a si mesmo. Daí o apaixonar-se pela própria imagem refletida na água.

O narcisismo dos bons é uma patologia moral.

A sintomatologia associada ao quadro não tem apenas efeitos individuais privados.

Se assim fosse, talvez seu dano em níveis epidêmicos fosse apenas para as vidas de seus doentes e pessoas mais próximas. Como uma peste que ficasse localizada num ambiente de quarentena.

Não. O narcisismo dos bons se caracteriza por ser uma peste pública. Seu modo de contágio, já identificado razoavelmente, se dá, justamente, pela contaminação em larga escala da população por meio de instituições de caráter social e político, quando não educativo.

As redes são uma cultura de bactérias poderosa para a reprodução do vírus. A mídia clássica, há muito tempo, já era uma área de risco. Os jornalistas carregam todos os sintomas da patologia há décadas.

A sociedade está, completamente, à mercê dessa epidemia porque, normalmente, quem deveria combatê-la tem, exatamente, a condição do mosquito transmissor. Mas vamos a dados mais objetivos do quadro.

Se você tem certeza de que representa o lado do bem no mundo, é quase certeza de que está contaminado. Se você tem certeza de que seu filho também representa, o risco aumentou muito. Se você tem certeza de que seu cachorro também representa, você está além de qualquer possibilidade de cura. Se você acha que sua bike também representa, não tenho palavras pra expressar minha misericórdia. Se você acha queo restaurante que frequenta é um templo, não sei o que dizer.

Sinto muito por você, seu filho, seu cachorro, sua bike e o restaurante que frequenta.

Melhor procurar ajuda profissional. Cuidado: sua terapeuta pode estar, ela mesma, contaminada.

O fato de haver tantos dramas no mundo que precisam de solução é uma das causas etiológicas da epidemia: a facilidade do contágio está no fato de que muita gente que se acha do bem acaba por conviver. Os efeitos são evidentes. As câmaras de eco dos bons carregam muitos vírus dessa patologia. O mundo da educação, da arte e da cultura são grandes áreas de risco.

O mundo da educação, coitado, luta para manter sua relevância enquanto agente de pensamento, quando, na verdade, está sucumbindo à competição mais violenta ou às modas mais fajutas, sejam elas vindas de setores “naturalistas” da sociedade, sejam elas vindas de setores “algorítmicos” do mundo dos negócios, sejam elas vindas de setores do mundo corporativo que tomou a dianteira na reflexão sobre o futuro por meio de “consultores de futuro”.

Já o mundo da arte e da cultura é um caso especialmente interessante. Talvez seja uma das áreas de maior risco entre todas.

O número de pessoas “legais” nesse mundo é infinito. Pessoas “legais” são contaminadas ou “carriers“, com certeza, do agente transmissor.

Se um dia você voltar pra casa de uma festa qualquer e tiver certeza de que todo mundo ali representa o bem, o quadro autoimune estará já instalado. No nível mais radical da doença, ela se revela como patologia autoimune que se manifesta como uma forma de demência irreversível.

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Lula foi promíscuo (para dizer o mínimo)

Sejamos compreensivos com Lula. Como ele poderá explicar certas coisas que o constrangem e que lhe subtraem apoios se a cada novo dia se descobre mais uma que deveria envergonhá-lo?

A Odebrecht desmentiu que tivesse reformado de graça o sítio que Lula sempre disse pertencer a terceiros, embora regularmente ocupado por ele e sua numerosa família. Foram 111 vezes de 2012 para cá.

Então apareceu a dona de uma empresa de materiais de construção que depôs ao Ministério Público de São Paulo e contou que um funcionário da Odebrecht lhe comprara cimento e tijolos para a reforma do sítio.

A Odebrecht voltou a desmentir a história. Foi quando se localizou o engenheiro da Odebrecht encarregado da obra.

O engenheiro disse que estava de férias e que atendera ao pedido de um amigo, um tal de Carlos, para supervisionar a reforma de um sítio. Um sítio de quem? Não sabia. Qual o sobrenome do amigo? Não lembrava.

Esse mesmo engenheiro, acossado pelo Ministério Público, finalmente lembrou que ajuda a reformar o sítio por ordem direta dos seus chefes. Quais? Não disse quais. Mas disse que eram chefes da Odebrecht.

Ontem à tarde, a Odebrecht, que está rouca de tanto proclamar a inocência dos seus executivos presos pela Lava-Jato, reconheceu que fora ela que reformara o sítio de Atibaia. Fê-lo porque qui-lo.

A Odebrecht não tem por hábito sair por aí reformando de graça sítios alheios. Reformou o de Atibaia porque ele é de Lula. Ou melhor: de terceiros, amigos de Lula, ou amigos de amigos dele.

Por que Lula aceitou que uma empresa cliente do seu governo, patrocinadora de suas palestras milionárias, reformasse de graça um sítio frequentado por ele?

Na melhor das hipóteses, Lula mandou às favas todos os escrúpulos. Prevaricou como prevaricaram políticos desonestos atacados por ele no passado. Na pior… É isso mesmo o que você está pensando.

Ricardo Noblat Memórias do blog|Texto publicado em 26/02/2016

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Tempo…

Veja que legal essa foto do Nego Miranda novinho, nos idos de 70. Quem fez a foto foi o Paulo Keller. O Miranda disse que a foto foi tirada durante uma filmagem que não teve continuidade porque a equipe esqueceu o filme no meio-fio.  Iara Teixeira

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O suplício de uma saudade

Rogério Distéfano – O Insulto Diário

SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA é de matar – ia dizendo: é de f*der, respeitada a amplitude semântica do vocábulo. Tenho parceiro – ia dizendo: parceira, para ser preciso. Minha parceira também sofre da síndrome, o que falta para ela também falta para mim. Resolve fácil, dirão os apressados e apressadas, que se saciam rapidinho. A abstinência da minha parceira alimenta a minha abstinência. Preciso dela para me satisfazer. E aqui a coisa complica: tenho quase certeza que minha parceira não resolveria sua abstinência comigo, ou seja, no modo como eu saciaria minha abstinência. Sou demorado, extenso nas palavras, gestos e imagens; ela faz tudo de um jato, entre o histérico e o muito atrapalhado.

Nunca falamos sobre isso, nem sei se um dia falaremos sobre isso. Só sei que não acabaríamos bem. Ela me diria poucas e boas. Eu lhe diria muitas e excelentes. Mas ela me sacia do jeito que é, como é, pelo que é. Sua dela ausência é a causa de minha abstinência, para continuar no óbvio. Não sei o que acontece, o porquê da abstinência dela. Detestaria que ela dissesse, “culpa sua”. Essa é minha única certeza, que ela jamais dirá que sou culpado pela sua dela abstinência. “Bora, não enche o saco”, ela diria. Coleciono seus retratos, suas fotos, e como dói! Volta Gleisi, retorna ao aconchego das suas bobagens e minha acidez. Ponhamos fim às nossas abstinências. Ainda que no modo solitário, você lá, eu cá. 

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Reflexões aos 70

Ruy Castro – Folha de São Paulo

“Todo mundo é capaz de envelhecer. Basta viver para chegar até lá” —Groucho Marx. “Você sabe que está ficando velho quando as velas começam a custar mais do que o bolo” —Bob Hope. “Um homem descobre que está ficando velho quando seus sonhos eróticos começam a ser reprises” —Henny Youngman. “Não importa o quanto viva, nenhum homem se tornará tão sábio quanto qualquer mulher de 48 anos” —H.L. Mencken.

“Hoje em dia, o único respeito que se tem pelos mais velhos é quando eles vêm engarrafados” —Francis Blanche. “Os velhos são pessoas perigosas. Já não se importam com o que acontece no mundo” —Bernard Shaw. “Velho, sim. Velhaco, não” — Ulysses Guimarães. “Nós, os velhos, precisamos de um mínimo de puerilidade encantada, sem a qual seríamos múmias inteiramente gagás” —Nelson Rodrigues.

“Nunca serei um velho. Para mim, velho é alguém com 15 anos a mais que eu” —Bernard Baruch. “Envelhecer é meio como morrer afogado —uma sensação deliciosa depois que você para de se debater”—Edna Ferber. “A idade só tem importância quando se está envelhecendo. Mas, agora que já envelheci, vou voltar a ter 20 anos” —Pablo Picasso. “Se eu pudesse viver tudo de novo, cometeria os mesmos erros. Só que mais cedo” —Tallulah Bankhead.

“Os piores anos são entre os 50 e os 70. É quando vivem nos obrigando a fazer coisas que ainda não somos decrépitos o suficiente para recusar” —T. S. Eliot. “Envelhecer é ser punido todos os dias por um crime que não se cometeu” —Anthony Powell. “O grande problema de envelhecer é o medo de que isso dure muito tempo” —A.J.P. Taylor. “Envelhecer não é para qualquer merdinha” —Bette Davis.

Com tudo isso, se alguém me perguntar hoje como é fazer 70 anos, eu direi que, por qualquer ângulo, é melhor do que não fazer.

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Um grão de sal

Rogério Distéfano – O Insulto Diário

GRUPOS DE DIREITOS HUMANOS, com apoio da Defensoria Pública, condenam ações da intervenção federal no Rio de Janeiro, como bloquear a entrada de favelas para revistar e fichar quem entra e sai. Não entenderam o espírito da coisa: sem isso a intervenção não funciona; sem isso não faz sentido a intervenção dos militares. A intervenção voltada para a segurança pública é operação de guerra. Não fosse, as Forças Armadas não seriam chamadas a fazê-la.

Sendo essa a regra, os grupos de direitos humanos – quanto à Defensoria entende-se que não o faça – deveriam exigir isonomia no tratamento. Ou seja, que os militares também fichassem os que estão nas praias e, via mandado de busca coletivo, os que estivessem em ruas e ambientes escolhidos da cidade. Fichar moradores dos morros e favelas tem um pressuposto discriminatório e até racista, de que ali, onde estão os da classe baixa, mora o perigo e a criminalidade.

Ainda que fosse, e se não há como negar que traficantes e assaltantes montam seus quartéis-generais nos morros, eles também atuam na cidade frequentada. Têm lá sua extensão (ia dizendo longa manus) e seus clientes. Não por acaso a visibilidade que determinou a intervenção federal veio, durante o Carnaval, de assaltos e homicídios na cidade. Em outras palavras, a criminalidade se estende por toda a cidade, não é exclusiva de morro e favelas.

Acontece nos arrastões nas praias e nos assaltos nas ruas. Portanto, a ação interventora tem que fichar, não digo todos os moradores do Rio, mas tratá-los com o mesmo critério. Sem isso a crítica da área dos direitos humanos faz sentido: a intervenção é midiática e quer conquistar almas e corações da classe média. A rapidez como foi decidida, o modo como foi concebida e os meios com que vem sendo praticada, a intervenção federal promete fracassar.

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Gilmar Mendes, do STF, nega pedido de Carli Filho para adiar júri popular

Assim rasteja a humanidade…  © Nagel Coelho

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou seguimento ao Habeas Corpus (HC) da defesa do ex-deputado estadual Fernando Ribas Carli Filho. Os advogados do ex-parlamentar tentavam suspender a realização do júri popular em Curitiba, marcado para os próximos dias 27 e 28. Com a negativa, o júri popular está mantido. (clique aqui e confira a íntegra da decisão )

HC tinha sido protocolado um dia depois da derrota no Superior Tribunal de Justiça (STJ). De acordo com o despacho do ministro do STF, “segundo jurisprudência consolidada deste Tribunal, não tendo sido a questão objeto de exame definitivo pelo Superior Tribunal de Justiça ou inexistindo prévia manifestação das demais instâncias inferiores, a apreciação do pedido da defesa implica supressão de instância, o que não é admitido”.

“Ante o exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus, por ser manifestamente incabível”, concluiu Gilmar Mendes.

No STF, os advogados de Carli Filho repetiram os argumentos que já tinham sido oferecidos ao STJ. Para a defesa, o júri popular não deveria ocorrer em Curitiba, pois “há fundadas dúvidas sobre a imparcialidade dos jurados e indicativos concretos de comoção social e intranquilidade local”. Assim, pediam a transferência do júri popular para outra comarca do Paraná.

Ainda conforme trecho do pedido feito pela defesa de Carli Filho, “a campanha negativa contra o paciente [Carli Filho] foi tão vitoriosa que a senhora Christiane Yared foi a deputada federal mais votada do Estado do Paraná em 2014”. Christiane Yared (PR-PR) é mãe de um dos mortos no acidente de carro que teria sido provocado por Carli Filho – réu por duplo homicídio com dolo eventual (quando se assume o risco de matar).

A colisão ocorreu na madrugada de 7 de maio de 2009, na capital paranaense, e gerou a morte de Gilmar Rafael de Souza Yared e de Carlos Murilo de Souza. Carli Filho havia ingerido bebida alcoólica antes de conduzir o veículo e dirigia em alta velocidade.

Gazeta do Povo

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Lula acredita ser a reencarnação de todos os pobres do país

Lula, que é católico, acostumou os brasileiros a se comparar com a figura de Jesus. Quando era presidente da República, tinha na parede, atrás de sua mesa de trabalho, um enorme crucifixo de madeira que desapareceu quando Dilma chegou. Em 2010, o ex- presidente carismático afirmou que tinha sido mais flagelado do que Jesus antes de ser crucificado: “Se eu pudesse dar uma imagem das punhaladas que levei e pudesse tirar a camisa, meu corpo apareceria mais destroçado do que o de Jesus Cristo”. No Brasil, “só Jesus ganha de mim em honradez”, disse em outra ocasião. E perante o juiz Moro explicou que aqueles que o delatam e acusam “deveriam ler melhor a Bíblia, onde se condena nomear o nome de Deus em vão”.

Nunca, no entanto, Lula tinha se atrevido a tanto como fez dias atrás em Belo Horizonte, quando disse aos seus seguidores, aludindo sem dúvida aos juízes: “Estão lutando com um ser humano diferente. Eu não sou eu. Sou a encarnação de um pedaço de células de cada um de vocês”. E acrescentou, no melhor estilo evangélico: “Prendam minha carne, mas minhas ideias continuarão livres”.

Ao elevar o tom de suas identificações religiosas, Lula, que é o melhor publicitário de si mesmo, chegou a flertar com o dogma cristão da encarnação. De acordo com os Evangelhos, Deus “se encarnou em Jesus Cristo”. Desse modo, todos os que creem nele e o seguem se tornam deuses como ele.

A mensagem simbólica de reencarnação enviada por Lula aos juízes e magistrados é clara: é inútil tentar condená-lo ou impedi-lo de disputar as eleições para que, como ele propõe, “o Brasil volte a ser o que era” e não o esfarrapado no qual o transformaram aqueles que tentam encurralá-lo. É inútil, porque, segundo Lula, quem estão perseguindo não é ele, que não é uma pessoa normal, mas “um ser humano diferente”, que não tem por que se submeter às leis dos seres comuns. Por isso, diz que não se sente obrigado a acatar nenhuma sentença de condenação contra ele. Se Lula não é Lula, mas a encarnação dos milhões que o seguem, se ele não é feito como todos nós de nossas próprias células, mas das células de cada um dos pobres, dos sem-terra e dos sem-teto, é inútil acusá-lo de algo porque “ele não é ele”. São os pobres que se transubstanciaram em Lula. Persegui-lo, condená-lo, é condenar milhões de pessoas que confiam nele.

Segundo essa imagem bíblica da encarnação, de nada serviu, por exemplo, que Jesus Cristo tenha sido crucificado, porque ele não era mais um profeta, era a encarnação de tudo quilo que as elites desprezavam. Podiam arrancar-lhe a vida, mas não matar sua mensagem. Curiosamente, é o que afirmou Lula em Minas: “Prendam minha carne, mas minhas ideias continuarão livres”.

Não deve ser fácil para os juízes e magistrados a sutil e simbólica linguagem teológica de Lula, aos quais manda dizer, evocando os livros sagrados do cristianismo: “Se me encarcerais, se me fechais as urnas, não o estais fazendo ao Lula político, que já não existe, porque se encarnou nos pobres com quem compartilhou suas células”. Encarcerá-lo, condená-lo ao ostracismo, seria como condenar esses milhões de brasileiros, em sua grande maioria pobres e analfabetos que o seguem e querem votar nele, e nos que ele se encarnou e até mesmo se transubstanciou.

Lula deveria dispensar todos os seus advogados. Ninguém sabe defendê-lo melhor do que ele. E faz isso usando parábolas e símbolos sagrados que tocam a sensibilidade de um povo profundamente religioso como o brasileiro. E isso sem necessidade de recorrer aos livros da jurisprudência humana. Para Lula, para se defender, basta-lhe a Bíblia. Bastará também aos juízes e magistrados?

Juan Arias, El País

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Contrato com advogado de Lula gerou pagamentos de mais de 32 milhões

O ex-diretor regional do Sesc Júlio César Gomes Pedro disse que “os valores astronômicos” gastos por Orlando Diniz com escritórios de advocacia “começaram com a contratação do escritório de Roberto Teixeira”. Ao corroborar o depoimento de Danielle Paraíso, Gomes disse ainda que Teixeira prometeu resolver o “problema político de Orlando, como um acordão”.

Segundo ele, o advogado e compadre de Lula não conseguiu resolver o problema em 15 dias e passou a “exigir que fossem contratados outros escritórios”. Quando Gomes deixou o cargo, “o contrato com Roberto Teixeira já havia gerado pagamentos de mais de R$ 32 milhões”.

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O avatar de Leprevost

Rogério Distéfano – O Insulto Diário

ANOS 60/70, político promissor, jovem, bonito, bem nascido, rico, advogado que se dava ao luxo de só fazer inventários e processos de despejo de imóveis próprios. Por tradição de família educado na cartilha de Getúlio Vargas, o trabalhismo. Olhando para trás diria hoje que é o avatar do deputado Ney Leprevost – noves fora o trabalhismo.

Tinha tudo para subir, senador quantas vezes quisesse, governador quatro vezes, até vice-presidente de um FHC. Com os ternos príncipe de Gales bem cortados pelo alfaiate paulista, o céu era seu limite. Quase um Jânio Quadros, que se vestia, fazia o bigode e passava brilhantina para ficar parecido com Anthony Eden, primeiro ministro inglês.

Imbatível na zona eleitoral do Country, muitíssimo querido pelo povão – Joãozinho Trinta unca disse o que o levou ao exílio dos inventários e dos processos de despejo. Teria siexplicou que povo gosta de riqueza e quem gosta de pobreza é o intelectual. Assim como subiu, a carreira despencou. Ndo o baile na sociedade de bairro, ele convidado de honra?

O cerimonial dava-lhe a prerrogativa da primeira dança com a rainha do clube. Dançou uma valsa, devolveu a moça e voltou para a política com o presidente do clube: “O que achou da moça”, perguntou-lhe o presidente. “Dança bem, mas tem um cheiro de sovaco!” A moça era noiva do presidente.

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