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Garotinho ‘pode ter feito bobagem’, mas é honesto, diz Crivella
Marcelo Crivella – © Jefferson Rudy
O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, disse que o ex-governador do Estado Anthony Garotinho “pode ter feito bobagem”, mas é “pobre e honesto”. Ele e a mulher, a ex-governadora Rosinha Garotinho, foram presos nesta quarta-feira (22) pela Polícia Federal.
“O Garotinho é pobre. É um cara que não tem nenhum tostão”, disse Crivella à Folha.
“Ele pode ter feito alguma bobagem na campanha. Mas garanto que ele e a Rosinha são muito honestos e estão sendo injustiçados”, afirmou.
O prefeito é aliado político do casal, que foi preso sob acusação de financiamento ilegal de campanhas com a ajuda de um “braço armado”.
Para Crivella, as acusações são fruto de “perseguição política”. “Garotinho denuncia o PMDB todos os dias. É uma briga terrível. Aí as denúncias vêm”, disse.
“Duvido que ele e a Rosinha tenham saqueado o Estado. Crime é superfaturamento. O resto é injúria, calúnia e difamação”, acrescentou.
Em 2016, Garotinho pediu votos para Crivella. Depois de eleito, o prefeito nomeou a deputada Clarissa Garotinho (PR-RJ), filha dos ex-governadores, como secretária de Desenvolvimento.
Segundo Crivella, Clarissa permanecerá no cargo mesmo após a prisão dos pais. “Ela está com o coração estraçalhado, mas vai continuar firme”, disse.
DELAÇÃO
Na quarta (22), a TV Globo informou que um funcionário do doleiro Alvaro Novis, delator da Lava Jato fluminense, disse ter repassado R$ 450 mil à campanha de Crivella.
O dinheiro teria sido entregue em nome da Fetranspor, a federação das empresas de ônibus. Em nota, o prefeito disse que “a suposta acusação ocorreu porque [ele] não concedeu aumento na passagem de ônibus e apoiou a redução no preço das tarifas”. Folha de São Paulo
O jogo de novo, diacho!
Os nobres parlamentares de Brasília, tão parcimoniosos na aprovação das reformas que o país precisa, quando a jogatina vem à baila, tomam-se de enorme assanhamento. É que a bancada dos bingos e da roleta faz-se de morta, mas continua sempre à empreita de uma brecha legislativa.
Recentemente, revelei aqui que dois graduados auxiliares de Temer – “gente da melhor qualidade” – estavam maquinando propor ao Congresso Nacional a legalização dos jogos de azar, “como medida para aumentar as receitas da União. Quem eram eles? O então ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, e o então ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (aquele dos 51 milhões encontrados no apartamento baiano), ambos, hoje, inquilinos do Complexo Penal de Pinhais. Daí, vê-se que a referência acima a “gente da melhor qualidade” é pura ironia.
A justificativa era a costumeira, tão estúpida quanto a pretensão: “Hoje o jogo existe de forma clandestina e sem gerar qualquer benefício para o Estado”. Se a motivação é esta, melhor seria legalizar desde logo o tráfico e o uso da droga, cuja demanda seria muito maior e geraria muito mais recursos.
A pretensão arrefeceu com a prisão dos principais mentores.
Leio agora que o Senado retomou a ideia e pode votar, ainda em 2017, um projeto para legalizar os jogos de azar. A nova proposta teria partido de governadores. E o atual objetivo seria arrecadar dinheiro para financiar o combate à violência. Quer dizer, para combater o crime comete-se outro.
O projeto é do ínclito senador Ciro Nogueira, do Partido Progressista, e teve relatório favorável do não menos distinto senador Benedito de Lira, do mesmo partido, ambos com inexpressivas atuações parlamentares e condutas marcadas por suspeitas. O relatório legaliza jogo do bicho, bingo, vídeo-bingo, apostas esportivas e não esportivas e cassinos online ou em complexos de lazer integrados. Um formidável maná!
O presidente do Senado, aquela figura ambígua, admite que a proposta é polêmica, mas que deve ser analisada. “Não sou um defensor do projeto, mas sou o presidente da Casa e pautaria o projeto para que o Senado definisse sim ou não e acho que, se aprovarmos isso, essa questão dos jogos de azar, tem que ter uma legislação”, disse o senador Eunício Oliveira sem nada dizer, muito pelo contrário. Mas está disposto a se alinhar com o cartel da roleta.
Tenho dito e repetido: o jogo, seja de que modalidade for, faz mal à saúde pública. Só não vê isso quem não quer, é estúpido de nascença ou dependente do vício.
Pessoalmente, detesto qualquer tipo de jogo. Ainda que tenha sido, no passado, campeão de truco – confesso. Com direito a medalha e tudo mais. O passar do tempo, todavia, conscientizou-me. Hoje, nem víspora de igreja.
A minha ojeriza, no entanto, não resulta de nenhum trauma pessoal. Jamais perdi um tostão em jogos de azar. Nem mesmo na loteria ou na sena oficializadas. Por uma simples razão: nunca apostei. De igual modo, jamais entrei em uma daquelas casas de bingo que, até bem pouco tempo, infestavam a cidade e o país. E me sinto plenamente feliz por não formar no batalhão dos infelizes que todas as semanas aguardam a grande vitória que nunca virá.
Sempre fui um assalariado, satisfaço-me com a minha pobreza e não seria agora que resolveria ficar rico. Ainda mais, de uma hora para a outra. Em compensação, conheço bem os perversos efeitos da jogatina. Sou capaz de recitá-los de cor. Da simples inimizade entre amigos ao corpo de um suicida estendido no chão, passando pela ganância, pelo desespero e pela loucura.
Conheço um infeliz dependente que perdeu o apartamento da família em uma simples rodada de pôquer. Sei, também, de uma tradicional família curitibana, cujos membros eram obrigados a catar a matriarca nas madrugadas dos bingos de então, até o dia em que receberam uma conta que os fez desfazerem-se de seus carros para quitar a dívida da mãe.
Não se trata de uma questão de puritanismo. O jogo não é um problema moral, mas social. E criminal, porque por trás da jogatina esconde-se o crime organizado, o tráfico de drogas, a lavagem de dinheiro e a exploração de incautos, para dizer o mínimo.
Lembrai-vos de Waldomiro Diniz, que despachava no Palácio do Planalto, levado pelo companheiro José Dirceu, e que acabou flagrado recebendo propina para facilitar o funcionamento dos bingos? Diniz se faz merecedor, hoje, de homenagem por haver revelado, com sua conduta, o que se escondia por trás da inocente distração de velhinhas e velhinhos solitários.
Emprenhados pelo ouvido pelos oportunistas que os cercam, pelos lacaios dos gangsteres de Las Vegas, pelos trambiqueiros e pelos exploradores da ignorância popular, os nobres parlamentares querem suprir a falta da propina dos empreiteiros de obras públicas, hoje recolhidos aos costumes, pelos donativos das gangues dos bingos e da roleta. Aqui para vocês!
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Quaxquáx!
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O biço que não é biço
© Roberto José da Silva
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Com a tag fotografia, roberto josé da silva, zé beto
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Morre David Cassidy, ator da série “Família Dó Ré Mi”, aos 67 anos
O ator e cantor americano David Cassidy, ídolo juvenil da década de 1970, morreu nesta terça-feira (21), aos 67 anos, após ter sido internado na semana passada em um hospital de Fort Lauderdale, na Flórida. Ele ficou famoso na série “A família Dó Ré Mi”, na qual atuou entre 1970 e 1974, ao interpretar o papel de Keith Partridge.
“Em nome da família Cassidy, anunciamos com grande tristeza o falecimento do nosso querido pai, tio e irmão David Cassidy”, afirmou em comunicado reproduzido pela mídia americana, sua representante, Jo-Ann Geffen. Segundo a revista “People”, Cassidy “morreu rodeado por aqueles que amava”.
Entre 1970 e 1974, Cassidy se tornou um dos maiores ídolos teen dos Estados Unidos, ao estrelar a série “A família Dó Ré Mi”. “Estava em negação, mas parte de mim sempre soube que isso iria acontecer”, disse Cassidy à People, em fevereiro, ao anunciar a demência, doença que também atacou sua mãe. “Quero amar. Quero aproveitar a vida”, afirmou.
Cassidy teve problemas com álcool e dívidas nos últimos anos. Chegou a leiloar sua casa em 2015. Entre 2010 e 2014, foi preso três vezes por dirigir alcoolizado. Na música, fez sucesso com os hits “I think I love you” e “Cherish”.
David Cassidy nasceu em Nova York, filho do ator Jack Cassidy com a atriz Evelyn Ward. Seus pais viajavam com frequência e ele ficou muitos anos morando com os avós em West Orange, Nova Jersey. Em 1956 seus pais se divorciaram. Ainda em 1956, seu pai se casou com a atriz Shirley Jones, com quem contracenou na “Família Do, Ré, Mi”. Após 50 anos de carreira, Cassidy anunciou o fim de sua carreira em fevereiro de 2017, por motivos de saúde.
G1
© CoolPix
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Hora da Prosa aborda história da presença afro-brasileira na cidade
A Fundação Cultural de Curitiba promove na próxima quinta-feira (23), às 19h, na Casa Romário Martins, uma edição do projeto Hora da Prosa com o tema “Curitiba negra: história e memória da presença afro-brasileira na cidade”. Os palestrantes são a historiadora Joseli Mendonça, professora do Departamento de História da Universidade Federal do Paraná, e o advogado Nei Moreira de Freitas, membro da Comissão de Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Paraná e membro da diretoria da Sociedade 13 de Maio.
Joseli Mendonça, que pesquisa temas relacionados à escravidão e ao período pós-abolicionista, vai falar sobre espaços da cidade de Curitiba que estão relacionados à presença da população negra na história local. De acordo com Joseli, em alguns desses espaços, essa relação é direta, embora ela seja desconhecida de grande parte da população. “Não há, por exemplo, qualquer indício evidente de que a Praça Zacarias foi um local de sociabilidade e trabalho para a população negra. Ela, entretanto, foi. E se falarmos sobre isso, a própria história dos negros na cidade pode adquirir outro significado e relevância”, diz a historiadora.
Personalidades negras – A contribuição afro-brasileira nas artes e na intelectualidade curitibana também será lembrada com uma visita guiada ao Cemitério Municipal São Francisco de Paula, que no próximo sábado (25) terá um roteiro especial pelos túmulos de personalidades negras da história de Curitiba. Nomes como Enedina Alves Marques, primeira engenheira negra do Brasil, o maestro Benedito Nicolau dos Santos, a professora e pesquisadora Maria Nicolas e o fundador da Sociedade Treze de Maio, Vicente Moreira de Freitas, serão alguns dos personagens rememorados em suas trajetórias.
Serviço: Hora da Prosa com a historiadora Joseli Mendonça e o advogado Nei Moreira de Freitas. Local: Casa Romário Martins – Largo da Ordem, 22. Data e horário: 23 de novembro (quinta-feira), às 19h. Entrada franca. Visita temática ao Cemitério Municipal – Personalidades negras. Local: Cemitério Municipal São Francisco de Paula – Padre João Sotto Maior, s/nº Data e horário: 25 de novembro (sábado), das 9h às 12h. Inscrições gratuitas e vagas limitadas.
‘Quantas malas de dinheiro são suficientes para o novo diretor da PF?’, ironiza procurador da Lava-Jato
© Divulgação
O procurador da força-tarefa da Lava-Jato, Carlos Fernando dos Santos Lima, criticou a declaração do novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, que colocou em dúvida se “uma única mala” seria o suficiente para determinar se houve ou não crime. Em um post nas redes sociais, Lima ironizou: “Uma pergunta: quantas malas de dinheiro são suficientes para o novo diretor-geral da Polícia Federal?”.
Em entrevista coletiva após sua posse no principal cargo da Polícia Federal, Segovia prometeu que Temer continuará sendo investigado e que seus inquéritos terão celeridade. Segovia questionou as conclusões das investigações da JBS pela Procuradoria-Geral da República. De acordo com Segovia, se dependesse da PF, a averiguação não teria sido finalizada em um prazo tão curto.
— Talvez uma única mala não desse toda a materialidade para apontar se houve ou não crime, e quais são os partícipes. Isso poderia ter sido respondido se a investigação tivesse mais tempo. E quem colocou esse prazo foi o Ministério Público Federal. E também seria esclarecido por que Joesley (Batista, dono da JBS) sabia quando iria acontecer (a divulgação da delação) para ganhar milhões no mercado de capitais — disse Segovia.
Ontem, o procurador já havia criticado Segovia. Segundo Lima, a opinião do novo diretor-geral seria desnecessária e irrelevante.
“Sua opinião pessoal é totalmente desnecessária e sem relevância, ainda mais quando dada em plena coletiva após a posse que lhe foi dada pelo próprio denunciado”, escreveu. O Globo
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Aberta a temporada de idiotas
Tati Bernardi – Folha de São Paulo
Tenho evitado ir a qualquer evento, almoço ou reunião com mais de dois humanos. Percebi que a cada três pessoas, uma sempre vai falar besteira sobre gravidez. A mais irritante é sobre meu peso ou o tamanho da minha barriga (que os idiotas sempre consideram pequena). “Nossa, tá tudo bem? É que eu engordei 40 quilos e você continua magra… Precisa de ajuda?”. Oi? Seria engraçado não fosse tão invasivo e desrespeitoso: não é mais sobre meu corpo que essas pessoas estão falando, é sobre minha filha. “Ela está no peso ideal”, sou obrigada a responder. Nenhuma dessas pessoas merece atenção, mas já estou protegendo um serzinho que ainda nem nasceu das maledicências dos imbecis.
Fui magrela minha vida inteira e sempre tive que aturar as indagações insuportáveis sobre a minha saúde. Não quero aqui fazer a “minoria sofrida só que não” como aqueles ignorantes que defendem a luta por mais espaço e aceitação para héteros, ricos e brancos. As gordinhas devem aturar uma quantidade muito maior e um teor muito pior de frases escrotas. Mas acreditem em mim: vai ter sempre uma vaca ou um desgraçado esperando chegar uma pessoa magra no recinto pra destilar toda a sua incapacidade em se controlar no pudim. “Nossa, senta aqui, tadinha, tá morrendo!”
Esses dias uma garota que nunca vi na vida colou em mim, no aniversário de uma grande amiga, e começou a narrar quão horrível foi o seu parto. Que ela quase morreu, o filho quase morreu, o médico fez tudo errado, ela está processando o hospital, ela nunca mais quer engravidar na vida, o filho não dorme, não mama, o casamento dela acabou, ela descobriu que a babá a rouba, sua mãe não pode ajudar porque está muito doente e por aí vai.
Eu, que cheguei toda animada na festinha, fui murchando e ficando corcunda, e foram doendo todos os músculos e ossos das minhas costas e quase precisei ser carregada pra casa. Consegui ficar dez minutos na porra da festa por causa desse serzinho de luz que não suportou ver uma grávida felizinha. Ah, detalhe, no dia seguinte ela me achou no Facebook e me mandou a seguinte mensagem: “Desculpa se te enchi com meus problemas, mas é bom pra você saber que não é fácil!”. Esse é o problema dos idiotas. Eles precisam te ajudar, precisam dividir com você essa sabedoria tão divina que diz “a vida não é fácil”. Poxa, idiotas, obrigada! Eu nunca tinha notado! Que presente a sua existência!
Eu já escrevi sobre isso, mas não poderia deixar de citar novamente os idiotas do primeiro trimestre. Eu enjoei demais, tive muito cansaço, estava muito assustada com as mudanças e fiquei bastante deprê. E o que muitas pessoas faziam pra me animar? Me davam bronca! “Mas a gravidez é uma coisa linda, abençoada, é até pecado você estar assim! Você não está feliz?”. Fui parar no psiquiatra, desesperada, chorando 24 horas por dia, repetindo a cada meio segundo a frase “será que não amo o meu bebê e sou uma pessoa horrível e mereço morrer?”. Os idiotas, quando estamos mais sensíveis, têm um poder abissal… E como eles amam isso!
Fiquei algumas semanas um pouco anêmica, o que a obstetra explicou ser muito normal durante a gestação, e me tornei a maluca do limão. Porque o limão “ajuda a absorver o ferro” comecei a espremê-lo até na escova de dente (piada, ok?). Claro que uma idiota de plantão notou minha tática e começou a me contar quão horrível foi o pós-parto da prima dela que ficou anêmica, perdeu muito sangue na cesárea e depois não teve forças pra cuidar do rebento ou até mesmo pra se locomover sem cadeira de rodas. E eu, que só queria comer um franguinho grelhado com limão, tive que ouvir tudo sem avançar na jugular da pessoa. Infelizmente, dá uma preguiça desgraçada bater nos outros quando estamos grávidas, mas me aguardem.
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Com a tag opinião, Tati Bernardi – Folha de São Paulo
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Mural da História
10 de outubro de 2009. O Ex-tado do Paraná
Publicado em mural da história
Com a tag mural da história, o ex-tado do paraná
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