Precisamos conservar o Parque Bom Retiro. Não é, Rafael Greca?

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Esquerda mão leve

José Pires – Brasil Limpeza

Já se fala em uma união das esquerdas neste ano eleitoral. Claro que lideranças esquerdistas já deram início também ao papo de sempre, que nunca resulta em grande coisa, quando falam em “campo democrático”, “soberania nacional”, “ reformas estruturais”, “compromisso econômico”, todo o palavrório político que preenche espaço na mídia, mas nunca resulta em nada prático na qualidade de governo, como foi visto e revisto nesses 13 anos da esquerda no poder, com o PT na chefia. Vou tentar ajudar os companheiros. A base essencial de uma união das esquerdas no Brasil tem que vir do que foi feito pela esquerda nesses últimos anos, por isso começa pelo compromisso de parar de roubar. Tem que criar uma cláusula pétrea no documento que estabelece a pauta em comum, um mandamento obrigatório, para ser acatado de forma incondicional por todo esquerdista: “Não roubarás”.

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© Laerte – Folha de São Paulo

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Ex-secretário de Paes é preso pela 2a vez pela Lava Jato

© Ricardo Borges|FolhaPress

O ex-secretário municipal de Obras do Rio Alexandre Pinto foi preso na manhã desta terça-feira (23) numa nova fase da Operação Lava Jato no Rio. É a segunda vez que ele é detido em razão das investigações.

A Operação Mãos à Obra investiga propina nas obras do BRT Transbrasil, via inacabada da gestão Eduardo Paes (MDB) que ainda não foi concluída pelo governo Marcelo Crivella (PRB). O custo estimado é de R$ 1,4 bilhão.

As investigações apontaram que Pinto recebeu cerca de R$ 6 milhões em propinas por diversas obras no município para conservação de vias, como a Linha Vermelha e a Transoeste. As informações desta operação foram obtidas após a delação premiada do empresário Celso Junior, que gerenciava os recursos indevidos pagos ao ex-secretário municipal.

Além de Pinto, estão sendo cumpridos outros oito mandados de prisão. Agentes da Polícia Federal também cumprem 18 mandados de busca e apreensão. Outros alvos da operação são o ex-subsecretário Vagner de Castro Pereira e o doleiro Juan Bittlonch, suspeito de remeter para o exterior a propina obtida pelo grupo.

Junior mantinha contas no exterior em seu nome, mas tendo Pinto como real proprietário. Os valores ficaram depositados em contas em Mônaco e Uruguai.

A operação também tem como alvo Marcus Belchior, ex-secretário de Conservação da gestão Paes. Ele é suspeito de ter recebido R$ 250 mil em propina e foi intimado a depor.

Pinto já havia sido preso em agosto na Operação Rio 40 Graus, que investigou o pagamento de propina em obras prometidas para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Ele foi solto em novembro por ordem do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Ele foi denunciado sob acusação de cobrar 1% sobre os contratos das obras da Transcarioca e de recuperação ambiental de rios de Jacarepaguá.

Ex-secretário de Obras da gestão Paes (2007-2016) na Prefeitura do Rio, esteve à frente da pasta desde 2009. Funcionário de carreira da prefeitura desde 1987, Pinto foi o responsável pela licitação das grandes obras realizadas na cidade na esteira da Olimpíada -à exceção da revitalização da região portuária. 

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Marapicas & Maragatos

Rogério Distéfano

AMANHÃ, quarta, em Porto Alegre, julgamento do recurso de Lula, sentença do juiz Sérgio Moro, da Lava Jato. Não será uma Picapaus versus Maragatos, que ainda vive no imaginário gaúcho. Agora são marapicas versus lavagatos.

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Infalível Murphy

Ruy Castro – Folha de São Paulo

RIO DE JANEIRO – Outro dia, em Copacabana, o taxista sugeriu que talvez nos livrássemos do engarrafamento na avenida Atlântica se fôssemos por dentro. Eu disse OK. Ele virou à esquerda e saímos numa avenida Nossa Senhora de Copacabana parada e ainda mais cheia. Perguntou a um colega e ficou sabendo que, lá na frente, dois carros tinham acabado de bater -daí a razão de estar tudo congestionado. Deu com as duas mãos no volante: “É a lei de Murphy!”.

Levei um susto. No passado, citar a lei de Murphy era uma brincadeira entre os iniciados. Murphy, claro, é o autor da frase “Se alguma coisa pode dar errado, dará”. É uma frase profunda -sobre o destino do homem, a inevitabilidade do fracasso, a falta de sentido do Universo, sei lá. Tinha mesmo de virar lei. E quem é esse Murphy? Não se sabe ao certo -pode nem ter existido e, se existiu, não sabe que criou sua própria lei.

Para fins contábeis, o verdadeiro Murphy é um escritor americano chamado Arthur Bloch, autor também de uma frase que complementa a lei original: “Não apenas dará errado, como isso acontecerá no pior momento possível”. E de um corolário ainda mais arrasador: “Murphy era um otimista”.

Bloch fez para nós, em pílulas, o que Schopenhauer e Nietzsche levaram a vida construindo: uma visão pessimista, logo realista, do mundo. Mais frases: “Se há possibilidade de várias coisas darem errado, dará errado a que causar mais prejuízo”; “Dixadas à própria sorte, a tendência das coisas é piorar”; “Toda solução cria novos problemas” etc.

O que me deixa contente é que um humilde taxista carioca foi desencavar um autor famoso nos anos 1980 e, depois, deixado de lado. O preocupante é que, se a lei de Murphy já chegou às classes populares, é porque até elas já sabem que, não importam os acertos do percurso, no fim vai dar errado. 

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“Novelas sempre têm final feliz”

Foi o que Carlos Marun disse, há pouco, confirmando que o Palácio do Planalto insistirá na briga judicial para garantir a posse de Cristiane Brasil, do PTB, no Ministério do Trabalho.

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Para Wilson Bueno (Jaguapitã – 1949|Curitiba – 2010)

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29 de agosto, 2009. O Ex-tado do Paraná

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Ela

Janis Lyn Joplin (1943|1970). Hoje, Janis Joplin estaria com 75 anos.

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Contra o habeas corpus pra macharada

© John-Macdougall|AFP|Getty-Images

Uma certa macharada ficou histérica com o manifesto de Catherine Deneuve & grande elenco. Parecia um gol de final de campeonato. O saloon do Velho Oeste, agora instalado nas redes sociais, veio abaixo — nem a chegada do pistoleiro Shane ao vale do Wyoming, no filme Os brutos também amam, foi tão zoadenta.

A bela de Repulsa ao sexo defendeu o direito à cantada e criticou o exagero de grupos feministas, nesta mesma semana do protesto enlutado em premiação de Hollywood. “Nós defendemos a liberdade de importunar, indispensável à liberdade sexual”, escreveu. Nos trópicos, Danuza Leão, no jornal O Globo, esquentou ainda mais a chapa: “Acho que toda mulher deveria ser assediada pelo menos três vezes por semana para ser feliz. Viva os homens.”

A histeria de uma certa rapaziada, célebre ou anônima, chamou a atenção deste cronista envelhecido em barris de carvalho e machismo. O recado da belle de joursoou aos ouvidos de milhares de homens como se fosse uma anistia, uma licença para a bandalheira, um “liberô geral”, um gol de Copa do Mundo contra o time feminista, um cala-boca nas vozes e hashtags que clamam por igualdade e tratamento digno.

AgoraSomosNosPorcosChauvinistas de novo na fita.

Por trás de todo homem — grande, médio ou pequeno — há uma ficha corrida de violências e assédios criminosos ou machistices de varejo. Nada inocente, confesso o quanto já fui inoportuno, amada Séverine, digo, Catherine, aqui já confundindo personagem com vida real. O quanto, ao achar que estava dando apenas uma cantada, ave!, importunava miseravelmente — alcoolizado ou não, pouco importa. E haja ressaca moral na solidão da muvuca-jurubeba, afinal de contas, importunar nunca rende o que se pretende, avançar ao sinal do “não e não e não” jamais vigora.

Moço, pobre moço, gaste o latim com uma cantada elegante, isso nunca foi proibido nem fez parte da plataforma dos muitos e diferentes grupos feministas. Não tome o manifesto da amada atriz francesa como um habeas corpus para a velhacaria selvagem ainda em voga. Mire-se no exemplo de um filme no qual a personagem de Catherine (Geneviève) desperta o romantismo do jovem mecânico Guy Foucher. Eternamente em cartaz nos nossos inconscientes: “Não há guarda-chuvas para o amor” (1964). Uma lição contra todas as guerras.

Não é de hoje essa discussão, amigo. Já deu tempo de sacar o que pode e o que não deve. A cantada nunca esteve proibida, como querem fazer parecer os inimigos das feministas. Vamos lá, garoto, prove a sua delicadeza. Será um bom exercício, no mínimo.

Não há nada para comemorar no manifesto das francesas, macharada. É um gol contra ou um gol de mão, pelo menos. Só um certo radicalismo nos educa, aponta o rumo das ventas da sensibilidade. Somos, historicamente, muito folgados e mimados. Chega de mimimi do tipo “não se pode nem mais dar uma cantada” etc. Não é disso que as feministas, que você tanto ironiza no Twitter e Facebook, estão tratando. O jogo é mais bruto. Creio que não careço aqui repetir as estatísticas de violência contra as mulheres.

Desculpa, querida Catherine, sigo amando a ti e ao conjunto da obra, mas é que amacharada compreendeu o manifesto como um álibi, licença para qualquer coisa, um habeas corpus para seguir a mesma brutalidade. Estou fora.

Beijos, como se estivéssemos no último metrô de Truffaut.

Xico Sá|El País

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Cony ao piano

Ruy Castro – Folha de São Paulo

Poucos sabem, mas, em matéria de música, Carlos Heitor Cony gostava mesmo era de ópera. Em música popular, no entanto, tinha dois amores – dois compositores dos anos 1930. Um, brasileiro, Ary Barroso (1903-1964), de quem ficou amigo e com quem conversou muitas vezes. Outro, americano, não era Cole Porter, nem George Gershwin, mas o hoje quase esquecido Nacio Herb Brown (1896-1964).

Brown é o autor das canções ouvidas no filme “Cantando na Chuva” (1952), de Gene Kelly e Stanley Donen. Seu parceiro nelas é o letrista Arthur Freed, produtor do filme e mandachuva dos musicais da Metro durante décadas. Freed era tão poderoso que Kelly, Fred Astaire, Judy Garland e o próprio Vincente Minnelli eram seus subordinados no estúdio. E sua ideia para “Cantando na Chuva” era a de usar as canções que ele e Brown tinham feito no passado, para gloriosos musicais em preto e branco, e costurar uma história ao redor delas.

Entre outras, essas canções eram “All I Do is Dream of You”, “You Were Meant for Me”, “Should I?”, “You Are my Lucky Star”, “Beautiful Girl”, as espetaculares “Broadway Melody” e “Broadway Rhythm”, e a canção-título, “Singin’ in the Rain”. Cony gostava delas desde que as conhecera naqueles mesmos filmes, que vira em criança nos anos 1930.

Corta para o futuro. Por algum tempo, há anos, tive em casa um piano -para as visitas, claro, porque não toco nem “O Bife”. Um dos poucos que se sentaram ao seu teclado foi Cony. E o que ele iria tocar? Sugeri-lhe “Paradise”, “Temptation”, “You Stepped Out of a Dream”, todas de Brown.

Mas Cony preferiu “Alone”, que Allan Jones cantava para Kitty Carlisle em “Uma Noite na Ópera” (1935), dos Irmãos Marx. E, assim, por alguns minutos em pleno século 21, Nacio Herb Brown reviveu no Leblon. 

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Arbustos no deserto.  © Andre de Dienes

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