Michel Temer, um Rui Barbosa light na carta de defesa que apresenta à câmara dos deputados: as acusações contra ele são “mentiras, inverdades e falsidades”. Rui entrou na literatura pelos cinco sinônimos da mesma palavra na mesma frase. Temer, porque é light e porque é Temer, ficou em dois, pois ‘inverdades e falsidades’ significam o mesmo que ‘mentiras’.

Esqueceram de mim O prefeito João Dória, de S. Paulo, lançou as bolinhas comestíveis feitas de produtos no limite do vencimento. Vai usar nas escolas que não precisou frequentar. Houve degustação, aberta à imprensa. Faltou um convidado, o senador Roberto Requião, provador de mamona.

Torpezas e vilezas, urdiduras conspiratórias, palavras de Michel Temer no chororô da contra as denúncias da PGR, sob exame na câmara dos deputados. Tinha o grego Demóstenes que falava com pedras na boca. Temer usa pêssego em calda.

A raposa no galinheiro O ministro Ronaldo Nogueira, do Trabalho, baixa portaria que ajuda a bancada ruralista: a lista do trabalho escravo terá periodicidade semestral e sob critérios que atenuam a caracterização da violência dos empregadores.

Saiu aí mais uma dessas pesquisas, agora dizendo que aumenta o número de latino-americanos saudosistas de governos militares. Se fosse apenas para essa gente, até não seria de nos incomodarmos. Mas acontece que o governo militar deles iria arder em nosso lombo.

Quando Freud quis deixar a Áustria, os nazistas exigiram dele um desagravo prévio. Freud escreveu: “Não tenho queixa contra o regime nazista, inclusive o recomendo aos interessados”. Se pudesse sair do Brasil militar do presidente Bolsonaro, eu assinaria uma declaração dessas.

Agora é lei Por causa da intervenção nas favelas, ação de guerra, a justiça militar julgará os militares nos crimes contra civis. Os militares bem que podiam cometer crimes contra os políticos. Safados como são os políticos, os militares ganhariam pontos. Nem precisaríamos do regime militar.

Entre o risco de eventual injustiça e a exigência de transparência absoluta, ficaria com esta, que considero aspiração nacional”. Do senador Álvaro Dias, homem de palavras homeopáticas, diluídas em toneladas de água fervida. Liso como sabonete naquele “ficaria com esta”. Fica ou não fica? Essa coisa de condicional não cabe em quem se pretende assertivo.

Álvaro não tem mais jeito. Percebam a baba de quiabo naquele “risco de eventual. Risco de eventual é o eventual, nada mais. Mas o senador usa preservativo nas palavras. A gente se esbalda na boa vontade e ele volta ao normal, mãos escondidas nos punhos longos do paletó. “Eventual injustiça” só é boa no forévis dos outros. Essa Álvaro aceita.

Na água? As estrelinhas brasileiras precisam estar todos os dias na mídia. Na falta do talento que as faça visíveis, lutam pela visibilidade com roupas resumidas, exposição chocante nas redes sociais e confidências de alcova. A mais recente vem de Flávia Alessandra, a delegada do filme da Lava Jato, protagonista onipresente nas novelas da Globo e nas fotos em pelo de revistas masculinas. A atriz nos conduz agora para o domínio dos seus fluxos vitais – e não falo da lágrima nem da urina.

Flávia comunica ao mundo e seu Raimundo que adora transar na piscina. Nada contra, seja uma coisa, seja outra, sejam ambas, desde que respeite os demais e comportados usuários. Não há antivoyeur que resista à imagem de Flávia transando. Desde que ela em seguida esvazie a piscina, pois muita gente – este escrevinhador entre tantos – não entra em piscina nem pago. Por motivo até inocente: o incontido e docemente transgressor xixi que os banhistas sempre liberam. Rogério Distéfano

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O Rei da Vela vem aí olê olê olá ♫

©  Igor Marotti

$ílvio $antos, muso inspirador da montagem nos 50 anos da Tropicália Antropófaga. Segunda, dia 23 de outubro, dia seguinte ao fim de semana de estreia d’O Rei da Vela, os advogados do Grupo $ilvio $antos tentam, em reunião no CONDEPHAAT, destombar o Teatro Oficina sob a alegação de que o projeto de Lina Bo Bardi é ilegal.

O objetivo final: construir 3 torres de 100 metros de altura no terreno em torno ao Teatro Oficina, massacrando o Bixiga, sua população e seu patrimônio cultural. E ainda despejar a companhia Teatro Oficina Uzyna Uzona que ocupa o território sagrado há quase 60 anos!

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Votação da denúncia contra Temer na CCJ deve ficar para quarta

Otimistas com resultado, deputados governistas devem abrir mão do tempo para agilizar discussão, mas alto número de oradores deve atrasar votação

O início dos debates na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara está agendado para a manhã desta terça-feira, mas a votação da denúncia contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral), todos do PMDB, está prevista para ocorrer apenas na quarta-feira. Terão direito à fala os 66 integrantes titulares (que têm poder de voto), os 66 suplentes e até quarenta deputados que não tem assento na CCJ.

Membros podem falar por até vinte minutos e os demais, por quinze, o que praticamente garante que a decisão não possa ser concluída ainda neste primeiro dia de debates. Existe a possibilidade de que os governistas, otimistas com o resultado da votação, prefiram abrir mão do seu tempo ou não usá-lo totalmente para acelerar a tramitação e evitar que seja protelado para quinta-feira. Um dos principais articuladores de Temer na Câmara, o deputado Beto Mansur (PRB-SP) afirma que a base aliada trabalha com a meta de alcançar o mesmo resultado obtido na primeira denúncia.

Naquele momento, após rejeitar o parecer de Sérgio Zveiter (Podemos-RJ), os parlamentares da CCJ aprovaram, por 41 votos a 24 e uma abstenção, o relatório do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que também era a favor do arquivamento da denúncia. “Acredito que a gente vai ter uma votação muito expressiva, parecida com aquela que tivemos já na primeira denúncia, que também foi arquivada tanto por sugestão da CCJ quanto no plenário”, afirmou.

Para Mansur, a divulgação dos vídeos da delação premiada do operador financeiro Lúcio Funaro não deverá influenciar os deputados na votação da Comissão. Nas imagens, Funaro diz que o presidente Michel Temer recebeu propina repassada pelo ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), entre outras acusações. “Na minha opinião, não muda absolutamente nada. Nós temos um número de votos consolidado dentro da CCJ para votar o relatório o deputado Bonifácio de Andrada e indicar para o plenário o arquivamento da denúncia”, disse.

Oposição

Para a oposição, o cenário para análise da denúncia piorou para o governo em relação à primeira peça elaborada pela Procuradoria Geral da República (PGR). “O ambiente para análise da segunda denúncia é completamente diferente daquele da primeira. Além do aprofundamento da crise institucional, a robustez da denúncia e, principalmente, o ambiente de desagregação da base aqui dentro favorece a que a denúncia seja aprovada pelo plenário”, disse o líder da minoria, deputado José Guimarães (PT-CE).

Segundo o deputado, a oposição tem tentado conseguir votos contra Temer conversando com os parlamentares e alertando-os sobre o impacto da denúncia na eleição do ano que vem.

“Temos três linhas de ação na CCJ e no plenário. A primeira delas é convencer, através do recurso que foi apresentado, que as denúncias deveriam ser fatiadas. Segundo, convencer os deputados para diminuir a diferença de votos para impactar aqui no plenário. E terceiro, o grande trabalho que estamos fazendo, é nos aviões [durante viagens], nas bases dos deputados, mostrar que ainda há um espaço para aqueles que votaram a favor do governo na primeira denúncia possam se redimir agora, porque isso tem impacto sim na eleição. Eu penso que o ambiente está mudando muito”, avaliou. Veja (Com Agência Brasil)

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João Doria tem ração

© Myskiciewicz

O prefeito João Doria apresentou uma boa ideia que já vem sendo bombardeada, nesta tarefa de desconstrução da sua imagem, moda atual em que todos buscam tirar uma casquinha. A mais nova encrenca enfrentada pelo prefeito paulistano é a do alimento processado a ser distribuído entre pessoas pobres, uma invenção para a qual já estão querendo dar o apelido ruim de “ração”.

A informação de que o produto é feito a partir de alimentos próximos à data de vencimento também vem sendo usada para caracterizar mal o produto, por mais que isso seja aceitável e até já aconteça de empresas doarem alimentos próximos do vencimento. A novidade no que Doria está implantando é o formato granulado, cujo processamento tem a capacidade de alongar a data de validade desses alimentos.

Como não podia deixar de ser, já apareceram teóricos para desqualificar o projeto da prefeitura com palavras bonitas. Um pesquisador da Unifesp disse que o produto “descontextualiza totalmente o caráter do que é comer”. Outros falam do respeito ao caráter cultural do alimento. E por aí vai. Mas o granulado do Doria nada mais é que algo parecido a produtos que estão à venda em lojas principalmente de alimento integral. E que são até bem caros. O aspecto desse granulado até que é dos melhores. E obviamente não é apenas esse tipo de alimento que vai constar na cesta básica dos mais pobres. Neste tema, aliás, o prefeito já andou oferecendo até omeletes para moradores de rua.

O que querem mesmo é pegar no pé de Doria o que seria feito com ou sem o granulado. Mas a verdade é que pode ter faltado um cuidado maior para apresentar a proposta, que caiu de imediato na boca da oposição e tornou-se mais um fato polêmico. E ainda teve descuido de assessoria, com o secretário de Assistência Social, Felipe Sabará, caindo na besteira de provar o granulado a pedido de uma rede de TV. Logo destacaram uma imagem parada na qual parece que ele comeu e não gostou, o que não é confirmado pela imagem em movimento e nem por sua declaração.

Mas quem é que vai conferir veracidade, nesses tempos em que a ironia e a desqualificação é que pautam a maioria dos debates? O objetivo da prefeitura é altamente nobre, de evitar que alimentos sejam jogados fora. A lei é do próprio Doria. Porém, o debate já começou do modo usual, pela busca de defeitos e o estímulo para que a coisa não dê certo. É o preço que o prefeito paga por ser presidenciável e parte desse custo vai também para a população, com o desmonte pretensamente jocoso de boas ideias administrativas.

José Pires

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“Porcaria por porcaria, fiquem aqui no SBT”, conselho de Sílvio Santos no programa do último domingo. “Novidade é bobagem”, conselho do senador Roberto Requião, candidato ao governo do Paraná, que ainda não cansou de governar.

“Numa Olimpíada, você coloca o atleta experimentado”, remata o experimentado animador da Escolinha de Governo, programa que conduziu por oito anos. Porcaria por porcaria, ainda colocamos o governador experimentado.

O avião de Simara & Simaria, dupla que canta não-sei-o-quê, derrapa na pista do aeroporto de Londrina, informa o Uol. Derrapa na pista ou depista na rapa? Depois de Simara e Simaria a gente consila as fúdendas, confunde as sílabas.

A operadora Oi chama seus credores para resolver a dívida que acumulou, R$ 10 bi. Não chamou Lulinha, que conseguiu injeção de R$ 4 mi da Oi em sua nanica Gamecorp logo depois que o governo do pai mexeu na legislação para remover impedimento para a compra da Brasil Telecom pela Oi. O “Reinaldinho dos negócios”, na imagem de Lula, seria útil neste momento. Ou não.

From Russia with love Gleisi Hoffmann & Paulo Bernardo em Moscou – viagem oficial cumulada com renovação dos votos de amor e fuga do voto contra Aécio Neves.

Serei candidata em qualquer cenário”, diz a vice Cida Borghetti. Precisa não, aproveite o cenário pronto, aquele do casamento de Maria Victória.

O saco vazio A polícia federal fez quatro horas de buscas ontem, 16, no gabinete do deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB/BA), irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, locatários do apartamento de Salvador onde foram encontradas oito malas e seis caixas cheias de dinheiro vivo – notas de R$ 50 e R$ 100.

Claro que a PF só entra na Câmara depois de autorizada pelo presidente, que, claro, avisa antes o deputado que, claro, está convenientemente na Bahia depois de, claro e convenientemente, limpar a sala, como se faz para a chegada de convidados.

A PF não perdeu a viagem e saiu do gabinete carregando um saco. Não tinha dinheiro no saco. Só a perícia dirá se há digitais do dinheiro no saco. Em Brasília as digitais nunca são do político, são do dinheiro. Porque em Brasília o dinheiro tem vida própria.

Dilma estuda anular seu impiche na Justiça com base na delação do doleiro Lúcio Funaro sobre a entrega de dinheiro a Eduardo Cunha para comprar apoio dos parlamentares que votaram contra a presidente – e a favor de Michel Temer.

Quem gostou do impiche pode entrar no processo como amicus curiae, amigo de Temer. Se Dilma ganhar a causa, pode meter processo contra ela, eleita por mentira explícita e deslavada. Melhor não, numa dessas a gente perde o governador.

Fake news significa notícia falsa, a praga que contamina a internet. A última fake news teria sido a vaia que Gleisi e marido sofreram de brasileiros no Museu Hermitage, em Moscou.

A assessoria de Gleisi informa que não houve vaia, mas selfie do casal com os brasileiros. Vindo de Gleisi, pode ser o fake do fake. Gleisi não convence nem a múmia de Lênin.

Bar Baridades Na oitava dose de saquê, um insiste que o Brasil só se “endireita com a volta do regime militar”. No terceiro gin tônica, dose chorada, o parceiro responde, ‘cara, o regime militar só serviu para engordar corruptos, durante e depois’.  Rogério Distéfano

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Iara e Nireu Teixeira. © Dóris Teixeira

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Verde que te quero verde

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Cinemateca apresenta retrospectiva do diretor italiano Dario Argento

© Divulgação

A Cinemateca de Curitiba apresenta de 17 a 21 de outubro uma seleção de dez filmes do diretor italiano Dario Argento, considerado um dos mestres do cinema de terror e principal representante do gênero conhecido como “giallo”, baseado em histórias de assassinatos em série. A mostra “L’Oro di Argento” é realizada pelo Consulado Geral da Itália, com curadoria de Antonio Cava.

Os principais filmes do cineasta, produzidos entre 1970 e 1996, estarão em exibição e serão também tema de um debate, sábado (21), às 17h30, com o organizador Antonio Cava, o crítico de cinema Marden Machado, o diretor de cinema Paulo Biscaia Filho e o curador Fernando Brito, da série “Giallo” e “Obras primas do Terror” da DVD Versátil.

O diretor – Filho do famoso produtor italiano Salvatore Argento e da fotógrafa brasileira Elda Luxardo, Dario Argento tem entre suas maiores influências os livros de capas amarelas (Giallo), extremamente populares com histórias de assassinatos em série, mistérios, suspense e doses de terror. Centenas de filmes dos anos 70 e 80 foram baseados em contos publicados nestes livros.

Argento, que sempre teve paixão por histórias policiais e de suspense, além de profunda admiração pelo diretor americano Alfred Hitchcook, definiu o caminho que trilharia no cinema com seu primeiro filme, O pássaro das plumas de cristal (1970), imprimindo nas telas uma tensão psicológica e visceral até então desconhecida no cinema. O gato de nove caudas e Quatro moscas no veludo cinza, ambos de 1971, acabaram por confirmar sua excelência. Em 2009 lançou Giallo – Reféns do Medo numa clara homenagem ao estilo que o consagrou.

Programação:

 17 de outubro (terça-feira)

15h – “O Gato de Nove Caudas” (“Il gatto a nove code”, 1971, 112 min.) Com James Franciscus, Karl Malden e Catherine Spaak. Um repórter e um jornalista cego aposentado tentam resolver uma série de assassinatos e acabam se tornando alvos do assassino.  Faixa etária: 16 anos. Continue lendo

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Amores eternos

Ruy Castro – Folha de São Paulo

RIO DE JANEIRO – A morte de Hugh Hefner, proprietário da “Playboy”, e de Si Newhouse, da “New Yorker”, “Vanity Fair” e “Vogue”, coincide com a suposta agonia de um produto por cuja glória eles foram grandemente responsáveis no século passado: as revistas impressas. Jann Wenner está tentando vender a “Rolling Stone”. Outros conglomerados americanos, como a Time e a Hearst, também registraram prejuízo nos últimos balanços.

Quem passa pelas bancas de revistas nos aeroportos internacionais não entende como esse setor pode estar em crise. De fato, sem abrir essas revistas e folheá-las uma a uma é difícil perceber que seus editores estão lutando para fazer com menos as maravilhas que gordos orçamentos lhes permitiam até há pouco.

Em 50 anos de imprensa, trabalhei em grandes revistas. Em 1968, “Diners”, uma publicação mensal dirigida por Paulo Francis e exclusiva dos sócios do cartão, pagava por artigo dez vezes mais que qualquer revista comercial. Até 1975, “Manchete” ainda mantinha Rubem Braga, Paulo Mendes Campos e Fernando Sabino como cronistas. E, nos anos 80, a “Playboy” brasileira tinha bala para estampar qualquer mulher com que sonhasse. As tiragens se contavam então às centenas de milhares, com 40% de páginas pagas de publicidade.

Ainda não está claro o que será das revistas impressas. Neste momento, elas estão sob o ataque dos veículos digitais, muito mais ágeis. Mas estes ainda não as superaram em compromisso jornalístico, excelência do texto e magnificência gráfica.

Alguém já arriscou que, um dia, as revistas se juntarão ao universo dos objetos que não precisam mais existir, mas continuarão a ser fabricados porque são bonitos, chiques e sempre haverá quem os ame. Como os discos de vinil, os relógios de pulso, o filme fotográfico, as canetas-tinteiro e, pode crer, os pianos.

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Zorro

© Roberto José da Silva

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Todo dia é dia

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© Vera Solda

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Supremo, mas nem tanto

Bernardo Mello Franco – Folha de São Paulo

BRASÍLIA – O Supremo Tribunal Federal não é mais tão supremo assim. No longo julgamento de quarta-feira, a corte estabeleceu que o Congresso poderá derrubar suas decisões que envolvam parlamentares. O direito à última palavra, que pertencia aos ministros, foi graciosamente cedido aos deputados e senadores.

A decisão significa um alívio para a classe política ameaçada pela Lava Jato. Agora os investigados poderão se livrar da Justiça sem ter a obrigação de desmentir gravações, delações e malas de dinheiro. Basta manter o apoio da maioria dos colegas, que ganharam uma licença para salvar os amigos no plenário.

Ao amputar o seu próprio poder, o Supremo se curvou aos coronéis do Senado. Na semana passada, eles se rebelaram contra as medidas que o tribunal impôs ao tucano Aécio Neves. O motim convenceu a ministra Cármen Lúcia a negociar. O resultado da negociação é a vitória dos rebelados, com o apoio decisivo do governo e da presidente do Supremo.

Não é a primeira vez que a estratégia funciona. Em dezembro passado, o senador Renan Calheiros se insubordinou contra uma decisão que o afastava da presidência do Senado. A pretexto de evitar um conflito institucional, o Supremo aceitou ser desacatado. Saiu menor da crise, como voltou a acontecer nesta quarta.

Em nome da conciliação, Cármen Lúcia sacramentou o novo recuo. Ao desempatar o julgamento, ela disse que concordava com o relator Edson Fachin em “quase tudo”, mas cedeu ao Senado no essencial. Sua confusão ao explicar o próprio voto reabriu o debate no plenário e escancarou a divisão do tribunal.

Ao oferecer a Aécio a salvação que negou a Eduardo Cunha, o Supremo confirmou que suas decisões podem variar de acordo com a influência política do réu. O julgamento reforça a ideia de que a Justiça brasileira ainda segue a máxima de George Orwell em “A Revolução dos Bichos”: todos são iguais, mas alguns são mais iguais do que os outros.

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Todo dia é dia

Paulo Leminski –  © João Urban

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Mural da História

8 de abril, 2007 – O Ex-tado do Paraná

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Advogado de Temer critica “criminoso vazamento”

Eduardo Carnelós, advogado de Michel Temer, classificou neste sábado a divulgação dos vídeos do depoimento de Lúcio Funaro à PGR como “criminoso vazamento”, com o intuito de “causar estardalhaço” às vésperas da votação da segunda denúncia contra o presidente na CCJ.

“O vazamento de vídeos com depoimento prestado há quase dois meses pelo delator Lúcio Funaro constitui mais um abjeto golpe ao Estado democrático de direito. É evidente que o criminoso vazamento foi produzido por quem pretende insistir na criação de grave crise política no país, por meio da instauração de ação penal para a qual não há justa causa.”

Mais: “Autoridades que têm o dever de respeitar o ordenamento jurídico não deveriam permitir ou promover o vazamento de material protegido por sigilo. É igualmente inaceitável que a imprensa dê publicidade espetaculosa à palavra de notório criminoso, que venceu a indecente licitação realizada pelo ex-PGR [referindo-se a Rodrigo Janot] para ser delator, apenas pela manifesta disposição de atacar o presidente da República.”

A Folha afirma que obteve os vídeos por meio de fontes oficiais e não por vazamentos. O Antagonista

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