Alhures do Sul

Thomas Earl Petty – 1950 -2017.  © Reuters

Tom Petty, adeus

O cantor americano Tom Petty, de 66 anos, morreu nesta segunda-feira (2), após sofrer um ataque cardíaco no dia anterior, informa o site oficial do cantor, em nota assinada pelo porta-voz da família e empresário do artista, Tony Dimitriades.

O representante do músico confirmou que Petty morreu rodeado de amigos, familiares e companheiros da sua famosa banda The Heartbreakers por volta das 20h40 no horário local (0h40 desta terça-feira (3), no horário de Brasília). Leia a íntegra abaixo

O site “TMZ” informou que o músico estava inconsciente e sem respirar quando foi atendido, na noite do último domingo (1º), em sua residência em Malibu, na Califórnia. No entanto, os serviços de emergência foram capazes de recuperar a pulsação e o levaram para o Hospital Santa Monica.

Ainda segundo o TMZ, após Petty perder atividade cerebral a família pediu aos médicos para não tentarem procedimentos que o mantivesse vivo artificialmente (uma ordem chamada em inglês de “do not ressucitate”, ou “não ressucitar”).

Por volta das 17h desta segunda-feira (2), a CBS, rede de TV dos EUA, chegou a publicar que Tom Petty havia morrido, com base em informação da Polícia de Los Angeles, que mais tarde, se retratou e disse que havia informado incorretamente à imprensa.

80 milhões de discos

Tom Petty, de 66 anos, tinha desde 1976 uma das carreiras mais bem sucedidas do rock norte-americano. Entre suas músicas mais conhecidas estão “American Girl”, “Free fallin”, “Stop draggin’ my heart around”, “Listen to hear heart” e “Mary Jane’s last dance”.

Ele vendeu ao todo mais de 80 milhões de discos. Foram 13 álbuns de estúdio com os Heartbreakers, três solo, dois com os Traveling Willburys e dois com a banda Mudcrutch.

Seu primeiro grande sucesso nos EUA foi “Breakdown”, do disco de estreia com os Heartbreakers, de 1976. Entre inúmeras indicações, ele ganhou o Grammy três vezes: uma com os Traveling Wilburys, uma pela performance solo e outra com os Heartbreakers.

Ele também fez parte no final dos anos 80 da superbanda Traveling Wilburys, com Roy Orbison, Bob Dylan, George Harrison e Jeff Lyne. Eles lançaram dois álbuns, incluindo a música “Handle with Care”. Roy Orbison morreu após a gravação do primeiro disco, de 1988. Continue lendo

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É possível unir por uma causa quem pensa diferente, diz Paula Lavigne

Paula Lavigne, criadora do movimento 342 e responsável pela mobilização de artistas

Na terça-feira 26 de setembro, o Diário Oficial da União publicou decreto do presidente Michel Temer que revogava a extinção da Reserva Nacional do Cobre e Associados, a Renca. O fim da reserva mineral, criada em 1984, no período do general João Baptista Figueiredo, fora decidido, em 23 de agosto, numa canetada presidencial.

O recuo veio após intensa pressão e campanha de um grupo que reunia entidades da área ambiental, como o Greenpeace, intelectuais, políticos e celebridades –entre as quais a supermodelo Gisele Bündchen, a quem Temer prometera numa rede social não editar o decreto.

No centro da articulação estava o movimento 342 Agora, uma parceria da empresária da área de música Paula Lavigne, 48, e do ativista Pablo Capilé, 35, um dos fundadores do coletivo Fora do Eixo e da Mídia Ninja –redes de atuação cultural e midiática ligadas a pautas de esquerda.

O 342 Agora é o nome de um site criado pela dupla para cobrar e pressionar parlamentares. O número corresponde a dois terços da Câmara dos Deputados, fração necessária para aprovar emendas constitucionais.

Adotando transitoriamente o nome de 342 Amazônia, o movimento inundou as redes sociais, levou artistas a Brasília, ecoou no Rock in Rio e conseguiu o que queria.

“A Amazônia é uma causa que une muita gente e a receptividade foi enorme”, diz Lavigne. “Unir” é um dos verbos mais conjugados pela empresária, interessada numa política de causas que não se filie a este ou aquele partido. “Claro que sempre no campo progressista”, ressalta.

Lavigne, casada com Caetano Veloso, tem um passado de militância em temas de seu interesse profissional, como direitos autorais. Nesta entrevista, concedida em seu apartamento no Rio, ela conta um pouco da história de seu ativismo, comenta críticas que sofre nas redes sociais e garante que não é candidata “a nada”.

*

Folha – Como você começou a se engajar em ativismo político e na luta por causas?
Paula Lavigne – Eu era uma ativista e não sabia. Sempre tive essa energia pró-ativa. Comecei a atuar mais focada em política cultural. Desde a discussão da Lei do Audiovisual, eu me envolvi com esses assuntos, até que há quatro anos abrimos o Procure Saber [associação sem fins lucrativos composta por autores e artistas ligados à música] da qual sou presidente. A partir dali, eu fui aprendendo os métodos de militância, como estar presente na luta por causas e como obter resultados. Continue lendo

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Mural da História

31 de dezembro, 2005

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Tchans!

Laurie. © IShotMyself

 

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Mostra na Cinemateca presta homenagem aos 80 anos de Sylvio Back

Sylvio Back. © Guilherme Gonçalves

A Cinemateca apresenta a partir de hoje a Mostra Sylvio Back 8.0 – Filmes Noutra Margem, realizada em parceria com a Universidade Federal do Paraná e Unespar para celebrar os 80 anos de um dos mais importantes diretores do cinema paranaense e nacional. Uma seleção de 12 filmes representativos de sua carreira ocupará durante duas semanas as salas da Cinemateca e do Cine Guarani (Portão Cultural). A abertura oficial acontece às 18h30, com a presença do cineasta.

A mostra foi elaborada com a colaboração da pesquisadora Rosane Kaminski, do Departamento de História da UFPR, autora da tese de doutorado “Poética da angústia: história e ficção no cinema de Sylvio Back, 1960-70”. Em 2018, ela lançará o livro “A formação de um cineasta: Sylvio Back na cena cultural de Curitiba nos anos 1960”, pela Editora da UFPR.

De acordo com a pesquisadora, a trajetória cinematográfica de Back é marcada pela constante participação em questões políticas, estéticas e sociais. Seus filmes apresentam uma postura crítica, questionadora e provocativa. “Hoje, num contexto de crise e desilusões política, vale a pena assistir aos filmes de Back e tentar pensar com a própria cabeça, ao invés de esperar respostas para os nossos problemas, muitos dos quais cristalizados em valores que negamos revisitar. Seus filmes não apontam soluções, mas levantam questões”, afirma Rosane.

Na quarta-feira (4), às 19h, no Anfiteatro do Edifício D. Pedro I – Reitoria da UFPR, haverá uma mesa-redonda com a participação de Sylvio Back, da pesquisadora Rosane Kaminski e do também cineasta Fernando Severo. Os filmes serão exibidos na Cinemateca de 3 a 8 de outubro e serão reprisados no Cine Guarani de 10 a 15 de outubro. A entrada é franca.

Programação:

3 de outubro – Cinemateca|10 de outubro – Cine Guarani

17h – LANCE MAIOR (1968, 100’) Com: Reginaldo Faria, Regina Duarte e Irene Stefania. História de jovens que buscam os ideais perdidos e um lugar ao sol. Eles representam a inquieta juventude do final da década de 1960. O bancário Mário é um desses jovens e se vê dividido entre o amor de duas mulheres. Continue lendo

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O fator Lula

Bernardo Mello Franco – Folha de São Paulo

BRASÍLIA – Depois de ser condenado no caso do tríplex, Lula ampliou sua liderança na corrida presidencial. O novo Datafolha mostra o petista isolado na frente, com pelo menos 35% das intenções de voto. É mais que o dobro do segundo colocado, o deputado Jair Bolsonaro.

A rejeição ao ex-presidente também recuou. A fatia de eleitores que dizem não votar nele de jeito nenhum caiu de 46% para 42%. É um percentual alto, mas não significa que ele seja um rival fácil de ser batido no segundo turno. Pelo contrário: se a eleição fosse hoje, Lula venceria todos os adversários que se apresentam como pré-candidatos.

Seria a pesquisa dos sonhos para o PT se não fosse por um detalhe. Nada menos que 54% dos brasileiros defendem que Lula seja preso. Ele já foi sentenciado a nove anos e meio, mas recorre em liberdade. Além disso, é réu em outras seis ações penais.

Não se sabe quantos entrevistados leram as 238 páginas da primeira sentença de Sergio Moro. Admitindo-se que o grupo seja residual, a maioria formou sua opinião com base em dois fatores: o noticiário de Curitiba e a torcida contra o ex-presidente.

Aqui surge a segunda contradição da história. Muitos eleitores cruzam os dedos para que Lula seja preso e assim fique longe do Planalto. No Congresso, antipetistas profissionais dizem que o raciocínio está errado. Nove entre dez tucanos preferem ver o ex-presidente condenado, porém em casa. Na cadeia, ele reforçaria o discurso de perseguição política, com altos dividendos eleitorais.

Vistos em conjunto, os números indicam que a sociedade continua fortemente polarizada em torno do petista. Isso sugere que uma eleição com Lula arrisca terminar em impasse. Se ele for preso, uma fatia expressiva da população pode questionar a legitimidade do pleito. Se for eleito sem derrubar a condenação na Justiça, outro grupo considerável pode contestar sua vitória. Não é um cenário animador para a democracia, seja qual for o lado do eleitor.

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Massacre em Las Vegas

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Delatores da Odebrecht começam a receber intimação do STF

Mônica Bergamo – Folha de São Paulo

Delatores da Odebrecht começaram a receber uma intimação do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre os acordos de colaboração que fizeram com a Justiça e passaram a tomar conhecimento das mudanças determinadas por Cármen Lúcia em cada um deles.

VOCÊ DECIDE
Um exemplo é sobre o momento do cumprimento de penas. O MPF (Ministério Público Federal) defendia que ele começasse imediatamente após a homologação do acordo. Mas a ministra interpretou que o cumprimento da pena antes de uma condenação definitiva é uma escolha do colaborador.

PONTE AÉREA
O acordo com o MPF também previa a renúncia sobre 100% dos bens não declarados mantidos fora do país. Para o STF, no entanto, o colaborador só pode abrir mão da parcela do patrimônio que lhe pertence, não podendo renunciar a bens de terceiros, como os que estão em uma conta conjunta com a mulher, por exemplo.

BRONZEADO
O doleiro Adir Assad, preso na Operação Lava Jato, disse em um dos anexos de sua pré-delação premiada que Paulo Vieira Souza, conhecido como Paulo Preto, ex-diretor da Dersa no governo de José Serra (PSDB), usava o cômodo inteiro de uma casa para guardar dinheiro. Assad relatou que funcionários comentavam que o dinheiro era colocado no sol às vezes, para evitar mofo.

MAIS UM
Paulo Souza diz que conheceu Assad há 20 anos em provas de corrida de rua. “A história é engraçada, dá mídia, mas é uma calúnia”, afirma. Se a declaração estiver na delação oficial, o doleiro terá que responder também por esse crime à Justiça, afirma Souza.

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Mural da História

28 de maio, 2011

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Paixão

Gazeta do Povo.  © Ademir Paixão

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Meu primo é de (extrema) direita

Tati Bernardi – Folha de São Paulo

Tenho esse primo, 11 anos mais velho que eu. Crescemos juntos, alucinados pelos “tatus-bolinha” do jardim da casa dos meus avós. Sabe esse bichinho? Que ora é tatu e ora, principalmente se você o provocar, resolve dar um tempo de tudo e vira bolinha? Enfim, toda lembrança boa da minha infância tem lá a figura divertida, magra, alta e doce do meu amado primo: ele lia historinhas pra mim (depois que nós a inventávamos juntos), afinava a voz pra fazer o papel de uma professora histérica que me dava zero em matemática, deixava que eu o maquiasse, passasse batom, colocasse flor em seu cabelo. Nós tínhamos uma tartaruga, a Livia, e descobrimos, anos depois, que se tratava de um macho.

E tínhamos um gato vesgo, o Billy, que me dava tanta alergia que eu espalhava lencinhos com meleca por toda a casa –mas meu primo não se incomodava, até me ajudava a assoar o nariz. Um dia pedi que ele fizesse um furo na parede do meu quarto, para que eu tivesse um portal secreto para o quarto dos meus pais. Meu primo, que fazia tudinho que eu pedisse, não pensou duas vezes e pegou a furadeira, detonando, ao mesmo tempo, a privacidade (e a coerência) de dois cômodos. Ele ficou proibido, por algumas semanas, de vir brincar na minha casa. Foram os piores dias da minha vida.

Hoje, com quase 50 anos, meu primo virou um tiozinho reclamão, pão duro e, por escolha própria, ocupado apenas de suas plantas. Ele não suporta ninguém muito tempo em sua casa porque “as pessoas enchem o saco, comem, sujam, demandam coisas, falam merda”. Virou aquele tipo de homem que a gente esculacha sem dó nas redes sociais, tem certa aflição de receber em festas (principalmente se ele desatar a falar e tiver mais gente por perto) e transforma em personagem de eterna chacota enojada quando quer dar exemplos de como ser machista e preconceituoso. Vira e mexe ele posta coisas como “ninguém mandou vestir aquela roupa, aquela hora da noite” ou memes terríveis que comparam uma mulher decente com outra considerada vagabunda.

Agora, quando meu querido primo, que representa tanta delicadeza e beleza na minha história, que ama (ou amava até pouco tempo) os animais, a natureza, as crianças, as músicas clássicas e os livros de amor… quando ele abre a boca, eu só desejo virar bolinha, assim como a mascote mais adorada da nossa infância, e dar um tempo de tudo. Não consigo deixar de amar essa magnífica e adorável figura paterna, mas está puxadíssimo ter prazer em qualquer conversa. O que vocês fazem com os tios, primos, parentes em geral que acreditam nunca ter existido a ditadura? Que batem palmas pra declarações como as do tal Mourão gauchão? Que falam coisas como “já tá rodada”, “é pobre, mas é limpinha” e “deu sorte, a filha nasceu clarinha”? Que acreditam realmente serem os gays uma afronta séria e direta à vida das pessoas de bem?

Que conseguem pescar dos discursos do Bolsonaro, do Crivella e do Feliciano “muitas coisas boas”? Que assistem com gosto aos programas da tarde que mandam “dar porrada e tiro pra pôr ordem na casa!”? Que postam aquela foto de artistas se divertindo numa praia carioca com uma frase tosca que é mais ou menos assim: “Depois eles dizem que a ditadura foi a pior época…”. O que você faz com os parentes próximos queridos (porque já foram, em tantos anos e risadas e lamentos, psicologicamente misturados ao seu sangue) que resolvem, por falta de leitura ou de um pouco de arco-íris na massa cinzenta, personificar em carne e osso, dentro da sua família e da sua casa, o pior da opinião do leitor desse jornal?

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Ciro Gomes declara que não venderá a alma para ser candidato a presidente. Não precisa. É só fazer como os outros presidentes: venda o Brasil e conserve a alma.

Hugh Hefner, o dono da Playboy, foi enterrado em túmulo vizinho ao de Marilyn Monroe, fotografada quando a revista ainda começava. Gratidão sem dúvida, mas não custa se garantir para a reencarnação.

Boato na rede: o juiz Sérgio Moro não vê a hora de deixar a Lava Jato, cuidar de outras coisas. Será que combinou com a beque Rosângela Moro?

Como é a palavra? Cenário. Em qualquer um, contra qualquer candidato, Lula é o favorito para presidente. Se depois de toda a crônica, processos e condenações por roubalheira a coisa está assim é melhor entregar para Deus. Ou para Lula, que dá no mesmo.

Eduardo Cunha declara em entrevista que “o [juiz Sérgio] Moro queria destruir a elite política e não conseguiu”. Ainda que essa fosse a intenção do juiz Moro – o que é duvidoso – só pela intenção ele mereceria estátua em praça. Basta conferir os submetidos à vara de Moro para ver que o PCC tem gente melhor que essa elite. Porque o PCC não ataca no atacado, como a ‘elite’ de Eduardo Cunha.

Não fiz com eles o que fizeram com a Dilma”, palavras de Rodrigo Maia, presidente da câmara, sobre a equipe que cerca Michel Temer – entre eles Moreira Franco, sogro dele, Maia. Não seja por isso, ainda há tempo.

Povo esquizofrênico o brasileiro. Pesquisa do Datafolha revela que 54% dos consultados são favoráveis à prisão de Lula e 89% a que a câmara dos deputados inicie processo de cassação de Michel Temer. Aquilo de amostragem, o mistério estatístico insondável das pesquisas. Interessante a mostra do país dividido quanto a Lula: 67% no Sudeste e 61% do Sul contra ele, enquanto no Norte e Nordeste apenas 34% querem sua prisão. Rogério Distéfano

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Brasileiro quer Lula preso e aval a denúncia contra Temer

© Lula Marques

O brasileiro defende a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o prosseguimento da denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o atual ocupante do cargo, Michel Temer (PMDB), segundo o Datafolha. Dos entrevistados pelo instituto, 54% avaliam que os fatos revelados pela Lava Jato são suficientes para justificar a prisão do petista.

Por outro lado, 40% afirmam que não há motivos para a detenção do ex-presidente, que governou entre 2003 e 2010 –5% não opinaram.

No caso do peemedebista, a diferença de opiniões é mais ampla: 89% são favoráveis a que a Câmara autorize a abertura de processo contra ele por organização criminosa e obstrução de justiça.

Apenas 7% dos entrevistados são contrários à aprovação da denúncia, que implicaria no afastamento de Temer por até seis meses, caso a decisão da Câmara fosse aceita pelo Supremo.

O Datafolha ouviu 2.772 pessoas em 194 cidades, nos dias 27 e 28 de setembro, com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Lula foi condenado pelo juiz Sergio Moro a 9 anos e 6 meses de prisão por ter recebido um apartamento em Guarujá (SP) como parte de propina da construtora OAS.

Segundo entendimento do STF, ele só poderá ser preso se a sentença for confirmada em segunda instância, pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, sediado em Porto Alegre.

O apoio à prisão do ex-presidente cresce conforme aumenta o grau de instrução (69% entre os que têm nível superior e 37% entre os com nível fundamental) e a renda familiar mensal (chega a 76% no grupo mais rico e a 42% no mais pobre) do entrevistado.

Também é maior nas regiões Sul (61%) e Sudeste (65%) que na Nordeste (34%), onde os índices de popularidade do petista são mais altos.

De forma geral, entretanto, predomina em todos os grupos a opinião de que o petista não será preso ao fim das investigações (66% no total). Continue lendo

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Verde que te quero verde

A Causa Mais Bonita da Cidade.

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Uma chance para o Supremo  

 O Supremo Tribunal Federal ganhou oportunidade de ouro para desfazer o grave erro cometido ao suspender das funções parlamentares o senador Aécio Neves

O Supremo Tribunal Federal ganhou uma oportunidade de ouro para desfazer o grave erro que três dos cinco ministros da Primeira Turma daquela Corte cometeram, na terça-feira passada, ao suspender das funções parlamentares o senador Aécio Neves (PSDB-MG), impondo-lhe também restrições de liberdade e de direitos políticos.

O Senado aprovou requerimento para deliberar com urgência sobre essa estapafúrdia decisão, mas a votação foi postergada para a próxima terça-feira. Assim, nesse intervalo, os senadores esperam que o Supremo encontre uma maneira de anular a ordem que, ao castigar um senador da República sem que este nem réu seja e sem a autorização do Senado, conforme determina a Constituição, criou desnecessariamente uma situação de confronto entre Poderes e ampliou a sensação de insegurança jurídica que tanto mal causa ao País.

A decisão da Primeira Turma do Supremo foi tomada a partir de denúncia da Procuradoria-Geral da República, que acusa Aécio Neves de corrupção e obstrução de Justiça. O pedido de prisão, segundo os procuradores, se justifica pelo suposto risco à ordem pública e ao andamento do processo caso o senador continue solto. Por unanimidade, a Primeira Turma negou o pedido, sob a alegação, correta, de que somente o Senado pode autorizar a prisão preventiva de um senador, e ainda assim apenas em caso de flagrante de crime inafiançável. Nenhuma dessas condições estava dada. Porém, a criatividade jurídica de alguns ministros prevaleceu na segunda votação, quando a Turma, por 3 votos a 2, sancionou Aécio com a suspensão de suas funções parlamentares, o recolhimento domiciliar noturno e a proibição de contato com outros investigados, além de não poder deixar o País.

Diante da estupefação dos senadores com tão flagrante violação das prerrogativas do Legislativo pelo Judiciário, os ministros Luís Roberto Barroso e Luiz Fux, que votaram pelas sanções contra Aécio, tentaram se justificar. Segundo eles, o artigo 53 da Constituição, que menciona a punição a parlamentares, diz que cabe exclusivamente ao Congresso deliberar sobre eventual ordem de prisão contra seus integrantes, mas nada fala sobre outras medidas cautelares, como essas que foram tomadas contra Aécio. Logo, conforme Luiz Fux, “não há dúvida jurídica aqui, o direito é claríssimo”.

De fato, o direito é claríssimo: a única instância que pode autorizar medidas extremas contra um senador, como a prisão ou a suspensão das funções legislativas, é o Senado. Como a Constituição tudo faz para manter a integridade da vontade popular expressa pelo voto, somente quem tem voto popular pode decidir sobre o mandato de parlamentares eleitos – e ministros do Supremo não têm voto. Continue lendo

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