Dois louquinhos e um sótão

© Roberto José da Silva

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Sessão da meia-noite no Bacacheri

Szamanka é um controverso retrato da brutalidade, do sexo, da paixão, da obsessão e da loucura. Conta a história de Michal, professor de antropologia em Varsóvia, que na defesa de sua tese de doutorado torna-se cada vez mais obcecado por um xamã mumificado. Neste contexto, ele conhece a bela, enigmática, sexualmente voraz e perturbada estudante de engenharia conhecida como “A Italiana”. A partir deste encontro, sua vida torna-se cada vez mais caótica. Tudo culmina na sequência final, antológica na carreira do diretor Zulawski, que nos brinda com mais uma obra instigante em seu retorno à Polônia natal.

Polônia, 1996, direção de Andrzej Zulawski|Polônia, França, Suíça|110m.

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Playboy – Anos 70

1970|Carol Willis. Playboy Centerfold

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Arte se põe no lixo

Na Poluicéia Desvairada. © Lee Swain

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Estado da desigualdade

© Lalo de Almeida – Folhapress

Foi oportuna a divulgação, na terça-feira (21), de estudo do Banco Mundial a respeito da eficiência e da equidade do gasto público no Brasil —ou, mais precisamente, da escassez de ambas.

Apresentam-se às claras conclusões que, no mais das vezes, acabam encobertas por mistificações do debate político. Ademais, o trabalho atende a encomenda de Joaquim Levy, ex-ministro da Fazenda do governo Dilma Rousseff (PT), o que permite recordar que as preocupações reformistas antecedem o impeachment da ex-presidente.

Em suma, aponta-se que o setor público brasileiro gasta muito e gasta mal. Se tal diagnóstico não prima pela originalidade, a descrição do quadro tem os méritos do didatismo e da amplitude.

Da arrecadação de impostos ao destino dos gastos, o Orçamento contribui para perpetuar a já extrema desigualdade socioeconômica —enquanto o gigantismo estatal costuma ser justificado pela necessidade de reduzir a distância entre ricos e pobres.

No caso da Previdência, principal item da despesa, a distorção é evidente. Cerca de 35% dos subsídios (a diferença entre contribuições e benefícios) se direcionam aos 20% mais abonados.

Especialmente assimétricas se mostram as regras de aposentadoria dos servidores públicos, em sua maioria pertencentes aos estratos de renda mais alta —e que recebem, do restante da população, uma transferência estimada em 2% do Produto Interno Bruto.

Mudanças em tais normas e maior tributação dos benefícios mais elevados, sobretudo no Legislativo e no Judiciário, estão entre as medidas recomendadas.

Também se destacam os salários da máquina pública: no funcionalismo federal, eles superam em 67% os do setor privado, em média, mesmo depois de considerados nível educacional, idade e experiência. É a maior discrepância numa amostra de 53 países.

O Banco Mundial estima que a redução desse diferencial à metade (o que seria possível com congelamento de salários mais altos nos próximos anos, entre outas medidas) pouparia o equivalente a 0,9% do PIB, quase a metade do ganho esperado com a reforma da Previdência em dez anos.

O texto traz ainda sugestões para redirecionar a carga tributária de forma que se transfira ônus maior aos mais ricos, uma ideia negligenciada no Brasil.

Redefinir com convicção a ação do Estado para reduzir a desigualdade e, ao mesmo tempo, recuperar o equilíbrio orçamentário demandam reformas de grande alcance. Como fazê-lo é o desafio político fundamental que precisará ser vencido nos próximos anos.

Folha de São Paulo

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Black Friday

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Com licença, Calderari

© Roberto José da Silva

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Ostras

Sobre foto de Lina Faria

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Verde que te quero verde

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Polícia Federal apura golpes de pastores evangélicos em fiéis

Sidinei dos Anjos Peró – © Myskiciewicz

A Polícia Federal identificou a atuação de pastores evangélicos para beneficiar uma organização criminosa investigada por golpes milionários que atingiram pelo menos 25 mil pessoas em todo o país. A Operação Ouro de Ofir foi deflagrada nesta terça-feira, 21, contra grupo que prometia lucros estratosféricos às vítimas em negócios fictícios envolvendo ouro ‘do tempo do Império’ e antigas ‘letras do Tesouro Nacional’. Sidiney dos Anjos Peró, alvo de prisão temporária, é apontado com um dos líderes e responsável por arregimentar pastores com o fim de ludibriar e tirar dinheiro dos fiéis.

“A característica principal da fraude está em atingir a fé das pessoas e na sua crença em um enriquecimento rápido e legítimo, levando-as a crer, inclusive, que tal mecanismo seria um “presente de Deus aos fiéis”, ou seja, trazendo a fé religiosa para o centro da fraude. A maneira mais prática de explicar isso talvez seja a crença de que contra a fé não há fatos nem argumentos. Muitas vítimas não estão interessadas em entender, pensar ou se informar – só estão interessadas em acreditar. E é exatamente neste ponto que a fraude tomou proporções inimagináveis e ganhou território nos mais diversos Estados da Federação”, afirma o delegado Guilherme Guimarães Farias, em relatório.

Segundo o inquérito, diversas narrativas foram inventadas pela suposta organização criminosa para ludibriar as vítimas. No entanto, apenas os crimes cometidos por intermédio de duas histórias são alvo da ação deflagrada nesta terça, 21.

Uma delas se refere a uma família de Campo Grande (MS) detentora dos lucros sobre a venda de centenas de toneladas de ouro do tempo do Brasil Imperial (1822-1889), mas, para repatriar os valores obtidos com os lucros, alega ter um acordo com uma ‘Corte Internacional’, que coloca uma condição: 40% do montante que receberiam os herdeiros no Brasil teriam de ser doados a terceiros.

Em outro golpe, as vítimas davam valores em troca de uma comissão sobre a ‘recuperação de antigas letras do Tesouro Nacional’. O esquema era o mesmo: em troca de quantias de, no mínimo, R$ 1 mil, eram prometidos às vítimas grandes lucros.

Em ambos os casos, as pessoas nunca receberam o que foi prometido. Há quem já tenha dado mais de R$ 20 mil ao grupo.

De acordo com a Polícia Federal, abaixo dos mentores dos esquemas, estão ‘corretores’, que ficam a cargo de cooptar vítimas e inseri-las em grupos nas redes sociais, e escriturários, que fraudavam documentos.

Em representação à Justiça Federal do Mato Grosso do Sul, a Polícia Federal dá conta de que, ‘fazendo uso de grupos em redes sociais, como Facebook e, principalmente, Whatsapp, onde vários “grupos” foram criados com o objetivo de transmitir informações sobre as “operações”, os chamados “corretores”, “líderes” ou apenas encarregados, postam informações e áudios, bem como os próprios “investidores”, por vezes, se manifestam”

“Assim, todos ficam emaranhados em informações falsas, contraditórias e, por vezes, motivacional. São comuns as mensagens do tipo: “vocês tem que acreditar”; “vocês foram os escolhidos“; “aguardem que a benção virá”, “tenham paciência que isso é uma dádiva de Deus”, tudo como forma de manipulação mental e técnicas aparentemente programada de PNL (Programação Neurolinguística) e Controle da Mente, para despertar a cobiça e a esperança, sempre renovada a cada semana, de se receber milhões de reais”, dizem os investigadores.

Um dos golpes tem como mentor Sidiney dos Anjos Peró, conhecido pelas vítimas como ‘Dr. Peró’. Ele se diz Juiz, mas apenas possui uma carteira de identificação de Juiz Arbitral do Tribunal de Justiça Arbitral Brasileiro.

“Juiz arbitral é um cargo que não existe. Um árbitro existe em Câmaras de negociação, não é um cargo público. O que eles queriam era status”, afirma o delegado Guilherme Guimarães Farias, que conduz as investigações.

O delegado afirma, em representação à Justiça, que ‘além dos símbolos usados por Peró, que remetem à fé cristã, como a Estrela de Davi e a Arca da Aliança’, Sidiney ‘arregimenta pastores evangélicos, possivelmente como corretores, para vender “aportes” de sua Operação SAP a fiéis das respectivas igrejas evangélicas onde referidos pastores agem também de forma criminosa, seja vendendo “aportes” ou mesmo divulgando e estimulando uma operação ilegal’.

“Vários pastores são citados nos grupos, dos mais diversos estados brasileiros”, relata.

A PF ainda afirma que ‘Sidinei dos Anjos Peró está sendo alvo de uma investigação na Policia Civil de Primavera do Leste/MT, juntamente com Gleison França do Rosário, que tudo indica, teria sido seu “corretor” na região citada, fato este ocorrido dentro de uma igreja evangélica, inclusive com a participação do pastor responsável pela instituição religiosa’.

O nome da operação faz referência a uma passagem Bíblica, na qual o ouro da cidade de Ofir era finíssimo, puro e raro, sendo o mais precioso metal da época. Ofir nunca foi localizada e nem o metal precioso dela oriundo.

COM A PALAVRA, SIDINEY

A defesa de Sidinei dos Anjos Peró não foi localizada. O espaço está aberto para manifestação.

Estadão

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Marun está com tudo

Carlos Marum –  © Divulgação

Segundo Andreza Matais, “os peemedebistas aceitaram aguardar mais uns dias para a nomeação de Carlos Marun na Secretaria de Governo porque receberam a garantia do presidente Temer de que ele será o ministro”. O plenipotenciário de Eduardo Cunha está com tudo. Rodrigo Maia até pediu para que a repórter do Estadão os fotografasse juntos.

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Corcovado

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Garotinho ‘pode ter feito bobagem’, mas é honesto, diz Crivella

Marcelo Crivella – © Jefferson Rudy

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, disse que o ex-governador do Estado Anthony Garotinho “pode ter feito bobagem”, mas é “pobre e honesto”. Ele e a mulher, a ex-governadora Rosinha Garotinho, foram presos nesta quarta-feira (22) pela Polícia Federal.

“O Garotinho é pobre. É um cara que não tem nenhum tostão”, disse Crivella à Folha.

“Ele pode ter feito alguma bobagem na campanha. Mas garanto que ele e a Rosinha são muito honestos e estão sendo injustiçados”, afirmou.

O prefeito é aliado político do casal, que foi preso sob acusação de financiamento ilegal de campanhas com a ajuda de um “braço armado”.

Para Crivella, as acusações são fruto de “perseguição política”. “Garotinho denuncia o PMDB todos os dias. É uma briga terrível. Aí as denúncias vêm”, disse.

“Duvido que ele e a Rosinha tenham saqueado o Estado. Crime é superfaturamento. O resto é injúria, calúnia e difamação”, acrescentou.

Em 2016, Garotinho pediu votos para Crivella. Depois de eleito, o prefeito nomeou a deputada Clarissa Garotinho (PR-RJ), filha dos ex-governadores, como secretária de Desenvolvimento.

Segundo Crivella, Clarissa permanecerá no cargo mesmo após a prisão dos pais. “Ela está com o coração estraçalhado, mas vai continuar firme”, disse.

DELAÇÃO

Na quarta (22), a TV Globo informou que um funcionário do doleiro Alvaro Novis, delator da Lava Jato fluminense, disse ter repassado R$ 450 mil à campanha de Crivella.

O dinheiro teria sido entregue em nome da Fetranspor, a federação das empresas de ônibus. Em nota, o prefeito disse que “a suposta acusação ocorreu porque [ele] não concedeu aumento na passagem de ônibus e apoiou a redução no preço das tarifas”. Folha de São Paulo

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O jogo de novo, diacho!

Os nobres parlamentares de Brasília, tão parcimoniosos na aprovação das reformas que o país precisa, quando a jogatina vem à baila, tomam-se de enorme assanhamento. É que a bancada dos bingos e da roleta faz-se de morta, mas continua sempre à empreita de uma brecha legislativa.

Recentemente, revelei aqui que dois graduados auxiliares de Temer – “gente da melhor qualidade” – estavam maquinando propor ao Congresso Nacional a legalização dos jogos de azar, “como medida para aumentar as receitas da União. Quem eram eles? O então ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, e o então ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (aquele dos 51 milhões encontrados no apartamento baiano), ambos, hoje, inquilinos do Complexo Penal de Pinhais. Daí, vê-se que a referência acima a “gente da melhor qualidade” é pura ironia.

A justificativa era a costumeira, tão estúpida quanto a pretensão: “Hoje o jogo existe de forma clandestina e sem gerar qualquer benefício para o Estado”. Se a motivação é esta, melhor seria legalizar desde logo o tráfico e o uso da droga, cuja demanda seria muito maior e geraria muito mais recursos.

A pretensão arrefeceu com a prisão dos principais mentores.

Leio agora que o Senado retomou a ideia e pode votar, ainda em 2017, um projeto para legalizar os jogos de azar. A nova proposta teria partido de governadores. E o atual objetivo seria arrecadar dinheiro para financiar o combate à violência. Quer dizer, para combater o crime comete-se outro.

O projeto é do ínclito senador Ciro Nogueira, do Partido Progressista, e teve relatório favorável do não menos distinto senador Benedito de Lira, do mesmo partido, ambos com inexpressivas atuações parlamentares e condutas marcadas por suspeitas. O relatório legaliza jogo do bicho, bingo, vídeo-bingo, apostas esportivas e não esportivas e cassinos online ou em complexos de lazer integrados. Um formidável maná!

O presidente do Senado, aquela figura ambígua, admite que a proposta é polêmica, mas que deve ser analisada. “Não sou um defensor do projeto, mas sou o presidente da Casa e pautaria o projeto para que o Senado definisse sim ou não e acho que, se aprovarmos isso, essa questão dos jogos de azar, tem que ter uma legislação”, disse o senador Eunício Oliveira sem nada dizer, muito pelo contrário. Mas está disposto a se alinhar com o cartel da roleta.

Tenho dito e repetido: o jogo, seja de que modalidade for, faz mal à saúde pública. Só não vê isso quem não quer, é estúpido de nascença ou dependente do vício.

Pessoalmente, detesto qualquer tipo de jogo. Ainda que tenha sido, no passado, campeão de truco – confesso. Com direito a medalha e tudo mais. O passar do tempo, todavia, conscientizou-me. Hoje, nem víspora de igreja.

A minha ojeriza, no entanto, não resulta de nenhum trauma pessoal. Jamais perdi um tostão em jogos de azar. Nem mesmo na loteria ou na sena oficializadas. Por uma simples razão: nunca apostei. De igual modo, jamais entrei em uma daquelas casas de bingo que, até bem pouco tempo, infestavam a cidade e o país. E me sinto plenamente feliz por não formar no batalhão dos infelizes que todas as semanas aguardam a grande vitória que nunca virá.

Sempre fui um assalariado, satisfaço-me com a minha pobreza e não seria agora que resolveria ficar rico. Ainda mais, de uma hora para a outra. Em compensação, conheço bem os perversos efeitos da jogatina. Sou capaz de recitá-los de cor. Da simples inimizade entre amigos ao corpo de um suicida estendido no chão, passando pela ganância, pelo desespero e pela loucura.

Conheço um infeliz dependente que perdeu o apartamento da família em uma simples rodada de pôquer. Sei, também, de uma tradicional família curitibana, cujos membros eram obrigados a catar a matriarca nas madrugadas dos bingos de então, até o dia em que receberam uma conta que os fez desfazerem-se de seus carros para quitar a dívida da mãe.

Não se trata de uma questão de puritanismo. O jogo não é um problema moral, mas social. E criminal, porque por trás da jogatina esconde-se o crime organizado, o tráfico de drogas, a lavagem de dinheiro e a exploração de incautos, para dizer o mínimo.

Lembrai-vos de Waldomiro Diniz, que despachava no Palácio do Planalto, levado pelo companheiro José Dirceu, e que acabou flagrado recebendo propina para facilitar o funcionamento dos bingos? Diniz se faz merecedor, hoje, de homenagem por haver revelado, com sua conduta, o que se escondia por trás da inocente distração de velhinhas e velhinhos solitários.

Emprenhados pelo ouvido pelos oportunistas que os cercam, pelos lacaios dos gangsteres de Las Vegas, pelos trambiqueiros e pelos exploradores da ignorância popular, os nobres parlamentares querem suprir a falta da propina dos empreiteiros de obras públicas, hoje recolhidos aos costumes, pelos donativos das gangues dos bingos e da roleta. Aqui para vocês!

Célio Heitor Guimarães

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Quaxquáx!

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