O torpedo de Marcelo Odebrecht contra Lula

Marcelo Odebrecht, em seu depoimento a Sergio Moro, soltou um torpedo contra Lula. Ao analisar os laudos da PF, ele descobriu que 7,6 milhões de reais repassados à DAG – a empresa que serviu de laranja na compra do prédio do Instituto Lula – vieram do Prosub.

O dinheiro desviado do Prosub, segundo o próprio Marcelo Odebrecht, abasteceu a conta corrente de Lula no departamento de propinas da empreiteira.

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Em áudio, Joesley fala de Cármen, Dilma e de gravação com Cardozo

Mônica Bergamo – Folha de São Paulo

Nos grampos entregues pela J&F na semana passada, aparece um áudio em que Joesley Batista e Ricardo Saud, executivo da empresa, falam sobre um diálogo com o ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que teria sido gravado.

Eles ainda fazem piada sobre uma suposta proximidade de Cardozo, da ex-presidente Dilma Rousseff e da atual presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármen Lúcia.

Os dois conversam sobre a ideia de atrair Cardozo para um encontro, sob o pretexto de que gostariam de contratá-lo para serviços advocatícios.

No meio da conversa, eles arrancariam do ex-ministro da Justiça informações sobre magistrados do STF. Dependendo do teor delas, entregariam o conteúdo à PGR.

Os executivos da JBS entendiam que os procuradores tinham grande desejo de que as investigações alcançassem o Supremo.

No diálogo, Saud fala a Joesley que já tinha alertado um homem chamado Marcelo [supostamente o ex-procurador Marcelo Miller] de que, para comprometer o STF, o caminho seria José Eduardo Cardozo.

Saud diz ainda a Joesley que teria ouvido de Cardozo que o ex-ministro teria cinco ministros do STF no bolso. A afirmação é considerada uma bravata típica do executivo por interlocutores da própria JBS.

O encontro com Cardozo efetivamente ocorreu e a proposta de contratação também. A armadilha, porém, não teria funcionado a contento.

Cardozo teria feito afirmações genéricas sobre os magistrados e teria inclusive recusado propostas de pagamentos de honorários fora das vias regulares.

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Palestras opacas

Merecem elogios os ministros Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello, Rosa Weber e Edson Fachin. É exemplar sua conduta de não aceitar pagamento por palestras proferidas a convite de empresas, órgãos públicos e outras entidades.

Não que elas estejam proibidas, esclareça-se. A Constituição veda, no artigo 95, que juízes exerçam outro cargo ou função, mas abre exceção para atividades de magistério, como aulas e conferências.

Em 2016, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) disciplinou o tema com a resolução 226, pela qual todo serviço docente prestado por um juiz deve ser comunicado formalmente ao respectivo tribunal, mediante registro eletrônico.

Cabe ao CNJ e à Corregedoria Nacional de Justiça promover o acompanhamento e a avaliação periódica das informações fornecidas, reza a norma. Como a resolução não exige que se divulguem também os valores auferidos, tornou-se regra a opacidade.

O público pode saber onde o magistrado deu palestras, não se e quanto recebeu por elas. Exatamente o oposto da transparência pela qual a Justiça tem o dever de zelar na esfera pública.

Reportagem desta Folha na segunda-feira (4) revelou que, de 87 juízes procurados pelo jornal ao longo de dez dias, 76% se escusaram de informar se receberam ou não por suas apresentações.

Do STF, apenas os quatro citados responderam de pronto. Não se manifestaram até a publicação Marco Aurélio Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.

Não é raro topar com anúncios sobre “aulas magnas” de ministros de tribunais superiores em escolas particulares. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) encaminhou informações sobre palestras de Gilmar Mendes e Luiz Fux, sem no entanto esclarecer se os eventos foram remunerados ou não.

Repita-se que os magistrados não estão obrigados a dar transparência de pagamentos recebidos pelas exposições em que compartilham seu saber jurídico em instituições acadêmicas. Diante do óbvio potencial para conflitos de interesses, contudo, seria mais republicano que assim procedessem.

editoriais@grupofolha.com.br

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Desidério Pansera

Requiescat in pace, amigo. © Rodolpho Pajuaba

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Convescote

Flores, melancia e palhaços.  © Lauro Borges

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Coutinho sempre gol

© Roberto José da Silva

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Ditados

República dos Bananas

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Polinizando

© Caetano Solda

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Acidentes acontecem

Ruy Castro – Folha de São Paulo

RIO DE JANEIRO – Uma conhecida minha levou o celular para o chuveiro —não consegue se desgrudar dele— e, em meio ao banho, usou-o sem querer como sabonete. Os celulares têm muitos usos, mas este não é um deles —por enquanto. Outro amigo distraído teve a gravata engolida pela impressora e esta já começava a estrangulá-lo. Foi salvo por sua secretária, que percebeu a iminência da tragédia, correu e apertou o botão de desligar. Acidentes acontecem.

Uma das histórias mais hilariantes contadas pela atriz Carrie Fisher em seu livro “Wishful Drinking” foi a de como seu pai, o cantor Eddie Fisher, já velho, mandou para dentro, com água, seu próprio aparelho para surdez, pensando que era a bolinha que tomava para dormir. Resultado: passou a noite em claro, mas escutando cada ruído de sua flora intestinal.

E minha amiga Ana Luiza Pinheiro, em adolescente, surpreendeu-se ao ver seu pai de gatinhas, no chão do quarto, tentando matar um inseto com o chinelo. “É uma aranha!”, exclamou ele. Ana Luiza aproximou-se e constatou que a aranha vislumbrada por seu pai era apenas seu cílio postiço. Os cílios postiços dos anos 70 eram assim, exuberantes.

Mas nada supera a história que me juraram ter acontecido no velório do sambista João Nogueira, em 2000. Ele era um artista muito querido, daí as cenas de comoção na capela do São João Batista. Um dos mais inconformados era um fã tocado pelo álcool, que se debruçava, descontrolado, chorando sobre o caixão. Quando as pessoas tentaram consolá-lo –”Calma, meu senhor!”–, ele se debateu e sua dentadura escapou e caiu sobre o peito de João Nogueira.

Seguiu-se um momento de mal-estar. Ninguém parecia disposto a pescar aquele objeto. E o homem não se deu por achado. Sem parar de chorar, disse, embargado: “Vai, João! Leva contigo o meu último sorriso!”.

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A CASA DO DEPUTADO Paulo Maluf, em Campos do Jordão, São Paulo, foi roubada. O ladrão será preso. Qual? O outro.

O JAPONÊS DA FEDERAL, policial que conduzia os presos da Lava Jato, Alberto Yousseff, o réu precursor da Operação, o juiz Sérgio Moro e os procuradores, e outros, tanto presos quanto delatores, publicaram ou irão publicar livros sobre suas experiências. Melhora a literatura, contarão segredos que desvendarão os subterrâneos do Brasil? Não. Mas podem melhorar o mercado editorial, cronicamente raquítico.

O SECRETÁRIO VALDIR ROSSONI, nos finais de semana um youtuber em ascensão, promete acampar em frente à Rede Globo se esta não lhe der direito de resposta sobre as reportagens em que aponta sua participação nos episódios da Operação Quadro Negro.

Com o devido respeito, ele pediu à Justiça? Não é a Globo quem decide sobre o direito de resposta. Agora, entre nós, com ou sem o direito, seria bacana se Rossoni cumprisse o ameaçado, acampar, ainda que ignorando as sugestões em contrário da turma do deixa-disso – e podemos imaginar quem é essa turma.

Seria algo novo, algo convincente, se Rossoni levasse adiante. Pode até engrossar o acampamento com outros supostos caluniados pela Globo. Faria como daqueles acampamentos que os professores montam em frente ao Iguaçu. Aqui sacamos um blefe do secretário: os professores do Paraná, que brigam com o quadro negro, acampariam ao lado para atacar com giz a barraca de Rossoni.

Rogério Distéfano

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Mural da História

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Putaqueparis!!

© Roberto José da Silva

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Clara Averbuck: sobre acusações, mentiras, punitivismos e boletins de ocorrência

Foto Arquivo Pessoal

Já não é fácil ser mulher, mas, desde segunda, a minha vida se transformou num inferno. Fui violentada por um motorista que havia sido chamado por um aplicativo. Estava numa festa, feliz da vida com as minhas amigas e meus amigos, e percebemos que eu já tinha passado do ponto (sim, isso significa que bebi demais) e que era hora de ir. Ele se aproveitou do meu estado vulnerável. Não darei detalhes pois não estou no programa da Sônia Abrão, e isso é o que menos importa.

Ponto um: estava vulnerável. Ficamos, quando bebemos, e temos todo o direito de beber, inclusive porque o álcool é vendido em qualquer lugar, posto que é uma substância lícita e em garrafa alguma jamais vi nenhum rótulo de que apenas homens podem consumir.

Mas infelizmente apenas mulheres são julgadas por isso. O homem encher a cara no churrasco, no jogo de futebol, e voltar pra casa trançando as pernas é a coisa mais normal da face da terra, apenas um homem chegando de porre lá da boemia. Se uma mulher bebe, nossa, que vagabunda, devia estar pedindo, com que roupa ela estava? Mulher de respeito não faz isso. Pois eu estava com a roupa que eu quis usar aquele dia. Poderia estar de burka. Poderia estar fantasiada de Mulher-Maravilha, se quisesse. Meu corpo, entorpecido ou não, merece respeito. Não tenho e não terei a conduta ilibada e aura pura que esperam de uma mulher “de respeito”, que é como gostam de chamar as mulheres que passam no crivo dos conservadores. É bela, recatada e do lar que chama, né? Não sou isso. Não serei e tenho direito de viver como bem entender. O respeito é meu por direito.

Os últimos dias me fizeram descobrir que é praticamente uma invenção das nossas cabeças achar que as pessoas evoluíram e acreditam que alguém pode levar sua vida livremente sem ser assediada, abusada, violada. Cheguei em casa arrasada, minha amiga cuidou de mim, me amparou chorando a noite inteira, e eu ainda fui questionada do porquê não ter ido “direto para a polícia”. Tudo que uma mulher quer depois de ter seu corpo violado é ir numa delegacia, não é mesmo?

Ter que aguentar idiota dizendo que uma vítima quer “aparecer” contando uma história de violência é algo que foge da minha compreensão. Teve até quem dissesse que contei minha experiência porque lanço livro com minha querida Titi Muller ainda neste ano e quero chamar atenção. Mas é lógico! Tudo o que quero é que apontem para meu livro e digam “ei, não é aquela garota que foi violentada? Vou comprar?”. E outra: caso vocês não saibam, a editora tem departamento de marketing e dos fortes, eu não precisaria criar um factoide e mentir, como os misóginos de plantão têm me acusado de ter feito. E o mais incrível: sequer fiz denúncia formal e não há “falsa acusação de crime”, como os Advogados da Universidade das Redes Sociais decidiram, pois sem denúncia formal não há crime ou investigação. E, se você não seguir a cartilha decidida por eles, é invenção. Senão é “fanfic”.

Fanfic legal vai ser pegar todas essas agressões que tenho recebido e fazer uma compilação pra mostrar o que passa uma mulher que denuncia violência. Duvidam da veracidade, questionam meu comportamento, minha roupa, meu estado. Perguntam por que não quero fazer boletim de ocorrência, sendo que não passei por uma cena do filme Irreversível e não tenho inúmeras marcas e DNA no meu corpo. Como é que eu vou provar? Pode até que aconteça o que houve com a Joanna Maranhão e que EU vire a criminosa por não conseguir provar um crime que não deixou vestígios ou teve testemunhas. É essa a maior crueldade do crime sexual; se não temos como provar, estamos lascadas.

Estupro, desde 2009, já não é apenas penetração de pênis em um corpo; a legislação brasileira considera estupro qualquer ato sexual – como toques indesejados em partes íntimas – ocorridos por meio de violência ou ameaça grave, mesmo que não haja penetração. Guardem essa informação, mulheres. Você pode ter sido estuprada e não sabe.

Outros surtam e dizem que estou desencorajando mulheres a fazerem denúncias, logo eu, uma militante que tantas vezes acompanhei mulheres vulneráveis na delegacia, que passei por constrangimentos junto com elas, que apoio totalmente a ampliação de leis de proteção a mulheres e inclusive fiz um trabalho junto ao Instituto Maria da Penha no começo deste mês. A lei ainda tem muito o que melhorar, os profissionais precisam ser preparados para lidar com mulheres em situação de violência e o sistema todo precisa ser revisto. O sistema, como está, não funciona; basta ver o número de mulheres assassinadas mesmo tendo vários boletins de ocorrência e medidas protetivas. O que eu faço é uma crítica. Jamais disse que as Delegacias da Mulher ou as denúncias não deveriam existir. Falei do meu caso. Do meu. Continue lendo

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JBS entrega extratos de contas atribuídas a Lula e Dilma

Mônica Bergamo – Folha de São Paulo

Os donos da JBS vão entregar extratos e explicar em detalhes, nos documentos que estão entregando ao Ministério Público Federal, depósitos feitos nas contas que atribuíram a Lula e a Dilma no exterior.

CONTROLE
As contas foram abertas em nome de uma offshore controlada por Joesley Batista, da JBS. Ele diz que, quando fazia negócio com o governo, depositava propina de cerca de 4%, primeiro numa conta “de Lula”, no governo dele, e depois numa conta “de Dilma”. O dinheiro ficaria reservado para o PT. O empresário afirma que mostrava os extratos para o então ministro Guido Mantega.

CASÓRIO
Cada vez que dava dinheiro para campanhas do PT no Brasil, Joesley diz que abatia contabilmente da poupança do exterior. No fim das contas, o PT gastou tudo o que tinha direito, afirma. E Joesley usou o saldo no exterior para comprar um apartamento em NY, dois barcos e até mesmo para pagar a festa de seu casamento, em 2012.

FICÇÃO
O ex-ministro Guido Mantega afirma que nunca negociou a doação de recursos irregulares com o empresário Joesley Batista. Lula e Dilma afirmam que jamais ouviram falar da tal conta.

DIREITO
Lula perdeu ação em que pedia direito de resposta à TV Globo por reportagem no “Fantástico” sobre a sentença de Sergio Moro que o condenou à prisão. O juiz Gustavo Dall’Olio diz que a Globo “fez o que lhe incumbia, informar, direito seu e da coletividade, exercitado de forma regular e profissional”.

É OUTRA COISA
Afirma ainda que, embora a lei não exija, a emissora, “pela adoção de padrões éticos que revelam a prática do bom jornalismo”, facultou a Lula o contraditório. Para ele, é a condenação “por crime contra a administração pública” que é desfavorável e ofensiva ao petista, e não “o exercício legítimo do dever de informar”.

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Jogando tênis

© Caetano Solda

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