Tempo

Caetano Solda e o cartunista que vos digita, 1983. © Alberto Melo Viana

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Vasou!

© Roberto José da Silva

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Ex-amante de doleiro Youssef quer processar filme sobre Lava Jato

Mônica Bergamo – Folha de São Paulo

A doleira Nelma Kodama, ex-amante do doleiro Alberto Youssef e primeira pessoa presa na Operação Lava Jato, já acionou seus advogados para pedir participação nos lucros do filme “Polícia Federal – A Lei É para Todos” pelo uso de sua imagem. Caso ganhe, ela pretende doar o dinheiro para a creche Casa da Criança Higino Penasso, em Canarana, no Mato Grosso, que leva o nome do seu avô.

TROPA
A produção do filme afirma que ainda não foi notificada sobre a pretensão e diz que preparou “orçamento e advogados” para possíveis ações na Justiça.

NA MÉDIA
O presidente Michel Temer mantém a taxa média de apoio a seu governo na Câmara dos Deputados. Uma semana antes da votação da primeira denúncia contra ele, o peemedebista tinha 79,5% de sustentação no parlamento. Agora, chega a 78,7%.

NA MÉDIA 2
A taxa, calculada pelo projeto Congresso em Números, da FGV-RJ, leva em conta como os deputados votaram -se contra ou a favor da orientação do governo nas matérias apreciadas pelo plenário.

QUASE CERTO
“Numericamente, Temer tem menos apoio agora, mas a variação, no agregado, é pequena. Há uma possibilidade de ele conseguir enterrar a próxima denúncia também”, avalia Fábio Vasconcellos, coordenador-adjunto do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV, lembrando que, depois da confusão com a delação da J&F, as chances devem ter aumentado ainda mais.

NO MÍNIMO
O estudo registrou mudanças nas taxas de legendas médias e pequenas: Temer tem hoje menos apoio nessas agremiações. “Isso pode ser um sinal amarelo para o governo”, diz Vasconcellos.

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Todo dia é dia

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Desbunde!

Alia. © IShotMyself

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© Caetano Solda

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Mural da História

20 de agosto, 2005

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Os Robertos (Prado e José da Silva)

© Roberto José da Silva

ó, céus!

nenhum pio
nada de nuvens
não há azul

ó, céus, que são tantos,
que cada um tem o seu
e ainda tem quem não veja
quando a gente cai do céu

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Rodrigo Janot e Pierpaolo Bottini no botequim.  © O Antagonista

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Catedrais de massa

Ruy Castro – Folha de São Paulo

DO RIO DE JANEIRO – Qualquer mortal em visita a Florença, na Itália, acha difícil deixá-la, mesmo que por algumas horas, para prestigiar seja o que for nas proximidades. Em que outro lugar se tropeça a cada passo na história da arte? Mesmo na Europa —onde, segundo Nelson Rodrigues, “uma xícara de asa quebrada, um pires, tem 2.000 anos”—, que cidade pode se gabar de tantos museus, galerias, praças, capelas e igrejas abarrotados de Da Vinci, Michelangelo, Botticelli, Caravaggio, Tiziano, Rubens, Raphael, Tintoretto?

E que outra foi o berço, escritório ou túmulo de gigantes como Dante, Boccaccio, Maquiavel, Galileu e até de Américo Vespúcio, aquele que, quatro anos depois de descobrir a América, passou aqui pela nossa orla, em 1502, e nos batizou de… Rio de Janeiro? Como competir com tantas ruas e calçadas que geraram ou abrigaram as maiores realizações do espírito humano? Enfim, como sair de Florença depois que se chega lá? E para quê?

Bem, a 50 km ou uma hora de ônibus de Florença fica San Gimignano. Assim como Florença, ela também tem suas catedrais, mas estas são de massa: as da sorveteria Dondoli, na Piazza della Cisterna. Os clientes falam de seus sorvetes de açafrão, gorgonzola, lavanda, azeitona preta —além dos clássicos baunilha, café, chocolate, pistache— com a mesma devoção com que os visitantes de Florença falam do “David”, da “Anunciação” e do “Nascimento de Vênus”.

O autor daquelas tentações, o sorveteiro Sergio Dondoli, tem em San Gimignano um prestígio comparável ao de Brunelleschi, o arquiteto do Duomo e do Battistero, em Florença. A prova disso são as filas à sua porta, comparáveis às daqueles monumentos.

Tudo isso é apenas para dizer que, pelos próximos 30 dias, estarei ausente da coluna, checando, inclusive, se a fama da dita sorveteria tem razão de ser.

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Palocci, os crimes de Lula e a ilusão corrupta do pré-sal

Se Lula tinha alguma esperança de não ser condenado em segunda instância no processo do famoso triplex do Guarujá, isso se rompeu definitivamente com o depoimento de Antonio Palocci desta quarta-feira, dado ao juiz Sérgio Moro. É claro que o julgamento no Tribunal Regional Federal da 4ª Região deve ater-se às provas que já estão lá, mas em processos do tipo nunca se deve subestimar o clima político e era com isso que Lula contava para se safar. Tanto é que até inventou essa caravana pelo Nordeste, que ao contrário do esperado sucesso esperado, acabou contribuindo para demonstrar fraqueza política.

O depoimento de Palocci foi desastroso para Lula, em tudo que ele tem para enfrentar daqui pra frente. Desmonta até a lorota sobre sua candidatura em 2018. Seu ex-ministro fez uma confissão extensa sobre o esquema criminoso investigado pela Lava Jato, inclusive falando de Lula diretamente. Ele disse que o ex-presidente fez um “pacto de sangue” com a Odebrecht. E Palocci é um chegado. Foi da mais alta importância na primeira vitória eleitoral de Lula para presidente e sempre foi pessoa de sua intimidade. Era um braço-direito mesmo depois de sair do governo. E a forma que o ex-ministro abriu o verbo mostra que ele sabe que o Ministério Público tem provas consistentes. E apesar de ter falado bastante hoje, com certeza ele guarda muita coisa para depois, para garantir a delação premiada que ainda está negociando com os promotores.

Algo muito interessante que dá para observar no depoimento foi a falta de percepção de Lula frente ao aumento do volume de corrupção em seu governo e também sua falta de capacidade de conduzir o esquema em condições mais controladas. Chama a atenção o papel do chamado pré-sal como aguçador da ambição pelo dinheiro. Palocci diz que o pré-sal “foi um dos grandes males para o Brasil”. Ele diz que o governo não soube “lidar com a riqueza”, o que de fato ocorreu e não foi só no estímulo aos ladrões para meter a mão no dinheiro público.

Todo o país perdeu muito na ilusão de que o petróleo jorraria de tal forma que o Brasil chegaria a fazer parte da Opep, como repetia então o próprio Lula. E agora ficamos sabendo pela fala de um dos mais graduados dirigentes petistas que a animação com o dinheiro fácil afetou até a capacidade de atenção dos corruptos no disfarce de seus crimes. Esta foi outra situação no governo do PT em que a propaganda manteve-se ativa mesmo depois da vitória eleitoral, convencendo até os próprios autores da fraude. Tem até um slogan forte que define muito bem este arrebatamento: “Sem medo de ser feliz”. Eles se deixaram levar pelo engodo que deu muito voto para o PT. O governo petista gastou o que não tinha e ainda passaram a roubar além da conta.

José Pires

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Dirceu diz que prefere morrer do que delatar como Palocci

Mônica Bergamo – Folha de São Paulo

José Dirceu, condenado na Operação Lava Jato, diz que prefere “morrer” antes de delatar, como tenta fazer o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci.

PREÇO
O próprio Dirceu, questionado sobre o depoimento em que Palocci envolve Lula diretamente com o recolhimento de propinas para o PT, respondeu a interlocutores: “Só luta por uma causa quem tem valor. Os que brigam por interesse têm preço. Não que não me custe dor, sofrimento, medo e às vezes pânico. Mas prefiro morrer que rastejar e perder a dignidade”.

FICHA
O depoimento do ex-ministro da Fazenda ao juiz Sergio Moro levou a uma comparação entre o comportamento dele e de condenados como Dirceu e João Vaccari, ex-tesoureiro do PT. Os dois suportariam tudo em nome de uma “causa”. Já Palocci jamais teria tido qualquer compromisso com ela.

O JOGADOR
Apesar das ameaças do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de cancelar os benefícios da delação premiada de executivos da J&F, Joesley Batista passava até sexta (8) a alguns interlocutores a impressão de que mantinha a segurança de quem sempre se deu bem no final das histórias.

CAÇA
A Prefeitura de São Paulo está estudando um meio mais eficiente para conseguir cobrar os devedores. A estimativa é que a cidade tenha deixado de receber R$ 100 bilhões em taxas e tributos nos últimos anos. Para minimizar essa perda, a ideia é adotar uma estratégia de cobrança mais agressiva, semelhante à de bancos privados.

CAÇA 2
Empresas de tecnologia estão apresentando soluções à administração. Entre elas estão programas de computador que conseguem vasculhar detalhes da vida das pessoas, seus amigos e parentes. A expectativa é conseguir evitar fraudes com a transferência de bens entre pessoas próximas ao devedor.

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Desfile

© Roberto José da Silva

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Fim do Lula

Luiz Inácio Lula da Silva – © Lula Marques

O dia 6 de setembro de 2017 tem tudo para passar à História como o que selou o destino do mais popular e carismático líder político brasileiro desde Getúlio Vargas, o presidente da República que em agosto de 1954 matou-se com um tiro no peito para não ser derrubado por um golpe militar.

Em menos de duas horas, ficou-se sabendo que o ministro da Fazenda e da Casa Civil dos governos do PT, Antonio Palocci, “o Italiano”, detonou o “pacto de sangue” firmado por Lula com a construtora Odebrecht. E que Lula e Dilma foram denunciados outra vez, desta vez por obstrução de Justiça.

A Lula, segundo Palocci, a Odebrecht pagou propinas num valor de R$ 300 milhões – parte para financiar suas atividades, parte para a compra de uma nova sede do Instituto Lula, e o resto para satisfazer qualquer outro desejo dele. Como o de concluir um museu em sua homenagem. O pacote incluía o pagamento de R$ 200 mil por palestra.

Depois de disparar uma flecha no próprio pé com o caso da polêmica delação do Grupo JBS, Rodrigo Janot, Procurador Geral da República, disparou outra em Lula e Dilma – essa por conta da manobra esperta de 2015 que tornaria Lula ministro-chefe da Casa Civil do segundo governo Dilma.

A manobra tinha como objetivo proteger Lula, que corria o risco de ser preso a qualquer momento por ordem do juiz Sérgio Moro. Como ministro de Estado, Lula só poderia ser processado pelo Supremo Tribunal Federal. Escaparia assim da órbita de Curitiba, etrerno pavor dos acusados por corrupção.

Preso há um ano, condenado uma vez, Palocci finalmente cedeu às pressões dos seus advogados e contou o que sabe em depoimento a Moro. Se não contou tudo, contou o suficiente para enterrar Lula que em breve deverá ser condenado pela segunda vez. É réu em pelo menos mais quatro ações penais.

Revelou, por exemplo, que Lula acompanhou cada passo do andamento das operações de repasses ilícitos da Odebrecht. E que na véspera de deixar o governo no final de 2010, apresentou Dilma a Emílio Odebrech para comprometê-la com o acerto que ele tinha com a construtora.

Quanto ao sítio de Atibaia, em São Paulo, onde a familia Lula da Silva desfrutou dos fins de semana, sim, foi mais um “agrado” da Odebrecht feito a Lula, afirmou Palocci. Como foi também o apartamento defronte ao que Lula mora em São Bernardo do Campo, usado por ele Por vários anos, a Odebrecht tapou buracos financeiros do Instituto Lula.

O depoimento de Palocci a Moro não fez parte de nenhuma delação premiada, porque delação ainda não há. Certamente Palocci guardou revelações inéditas para oferecer mais tarde em troca de melhor prêmio por delatar. Está ansioso por isso. Moro ouvirá Lula na próxima semana.

O que Palocci disse a Moro já é suficiente para que ele seja apontado no futuro como o maior algoz de Lula, aquele que desrespeitou o pacto de silêncio dos líderes do PT empenhados em preservar a imagem do demiurgo da esquerda. Algoz de Lula, mas também de Dilma, cuja fantasia de vestal Palocci rasgou.

A Lula e aos seus advogados só resta esgrimir com o surrado argumento de que Palocci mentiu para livrar-se da cadeia, o que desqualificaria a princípio toda e qualquer delação. Ao PT, resta procurar outro candidato para disputar a vaga de Temer, algo que ao fim e ao cabo não fará, refém que é de Lula.

Ricardo Noblat

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