“O velho e alguns escritos”, de Zeca Corrêa Leite, será lançado dia 17 de maio na Livraria da Vila

O velho e mais 22 poesias dão forma ao livro O velho e alguns escritos, do jornalista e poeta Zeca Corrêa Leite, que será lançado dia 17 de maio na Livraria da Vila, no Pátio Batel, das 19 horas às 21h30.

O título da obra evidencia o poema de abertura que ocupa 31 das 102 páginas do volume. É a narrativa de um homem em idade avançada que caminha para dentro de si, trazendo à tona certezas e fragilidades.

A princípio aparentemente ranzinza e insensível (“não quero que venham sentar-se à mesa para me fazer companhia”), este acaba se revelando o oposto, à medida que se desnuda nas confissões. Não é uma tarefa fácil: contradições, lirismo e fantasia misturam-se em sua personalidade.

No livro o autor explica ter escrito O velho para o ator Emilio Pitta, que certa vez lhe pedira alguns textos, mas não foi atendido. Porém, anos depois a convite da (saudosa) atriz Silvanah Santos, produziu um conjunto de poemas que deram origem ao monólogo Quinhentas vozes, peça premiada em seis categorias com o Troféu Gralha Azul.

Para saldar a dívida com Pitta, dedicou-se à criação de um único e longo poema, feito na mesma época em que produzia os textos para Silvanah.

O velho e alguns escritos traz ilustrações de Heliana Grudzien e apresentação do jornalista José Carlos Fernandes, que diz: “Tomara a palavra ‘noturno’ sirva para definir a atmosfera dessa soma de versos”. Para Fernandes as páginas do livro refletem antes de tudo seu autor.

Paralelamente ao jornalismo, Zeca Corrêa Leite, sempre atuou na área literária. À época de estudante, publicou Asilo de surdos, com Kako Machado, Edgar Yamagami e Paulo Venturelli; participou das antologias Sala 17, Rei magros, Feiticeiro inventor, Nova antologia brasileira. Trabalhos solos: Domingo José vai à festa, Quinhentas Vozes, Lendas das águas. Compôs letras que foram musicadas e gravadas por José Oliva.

A edição de O velho e alguns escritos contou com a chancela do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura/Fundação Cultural de Curitiba e Prefeitura Municipal de Curitiba, incentivo cultural do Grupo Positivo e apoio do escritório Cultural Office.

 “O velho e alguns escritos”, de Zeca Corrêa Leite|Lançamento: 17 de maio|Horário: 19 horas às 21h30|Livraria da Vila|Pátio Batel – Lj. 314 fone 3020-3500|Avenida Batel, 1868|Valor: R$ 40,00.

Publicado em Sem categoria | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Todo mundo lá!

Publicado em Todo mundo lá! | Com a tag , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Publicado em Sem categoria | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Culpa da “Galega”…

República dos Bananas

Publicado em Sem categoria | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Fraga

Publicado em fraga | Com a tag , , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Laerte

Publicado em Geral | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Senhor Luiz Inácio. Não precisava isso de o procurador Roberson Pozzobom chamar Lula pelo nome de batismo, quando o próprio juiz Sérgio Moro se dirigia ao réu como “ex-presidente”. Se o procurador pretendia fazer ironia, fez mal, fez fraca, tanto que prontamente se corrigiu. Ironia, ainda que não intencional, fez o juiz, ao lembrar, em nome da solenidade, que o réu é ex-presidente. Um ex-presidente submetido a processo criminal com o pano de fundo da corrupção.

Ficou assim, a ironia do procurador foi chocha, até infantil, e a do juiz não foi ironia. Dá para entender. Advogados, promotores e juízes da área criminal usam a ironia como instrumento de trabalho para rebater argumentos e para atacar o caráter dos réus. Faz parte do jogo. O que nunca fez parte do jogo é um ex-presidente atolar-se tanto na lama a ponto de ser levado à barra da Justiça, exato pela corrupção. Nem Getúlio Vargas, a evocação de Lula.

Getúlio passou por ordália equivalente à de Lula: tolerante com a corrupção dos que o cercavam, embora nunca tenha sido provado que dela foi beneficiário. E aqui começam as diferenças a pontuar as semelhanças. Getúlio continua o herói do povo, daquele que conviveu com ele ou recebeu os ecos de seu carisma; Lula pretende isso, tanto que usa uma paráfrase de Getúlio: este, na carta de suicídio, dizia sair da vida para entrar na História.

Lula, entre o delusional e o megalomaníaco , afirma que já entrou na História. Do modo como falseia a realidade, pensa que pode falsear a História, que se constrói com o tempo e é vista em perspectiva, à distância. Lula, neste momento, vive um trecho de sua história, o lado negro dela, que só o tempo poderá ou não fazer com que se apague diante do que chama seu legado – no qual não inclui Mensalão, Petrolão e Corrupção.

E agui reentra Getúlio, seu paradigma, pai dos pobres como ele. Também pai dos que à sua volta se corromperam: irmão, filho, auxiliares, gente do partido. Lula não tem o senso de destino de Getúlio, que desde cedo via o suicídio como saída política e existencial. Lula faz da política sua experiência existencial de prazer e desfrute – não é sem razão que o mais pesa contra ele são o sítio e o tríplex, presentes que teria recebido em suposta corrupção.

Neste momento, sem qualquer pretensão de fazer estripulias sobre a História, resta aguardar que o tempo, pai da História, leve a termo a semelhança final entre Lula e Getúlio, o suicídio. Não que se pretenda ou se espere o suicídio de Lula, longe disso, a vida é sagrada até para seu titular. A História, em quem Lula tanto confia, poderá extrair da Lava Jato, o atestado de óbito de Lula, seu suicídio político.

Rogério Distéfano

Publicado em Pensando bem... | Com a tag , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Gilmar e Janot podem ser a negação das falsas mesuras emanadas das togas

Janio de Freitas – Folha de São Paulo

A expressão, como tantas outras de igual utilidade nas conversas inúteis, desapareceu soterrada pela infinidade de modismos: “sinal dos tempos”. De repente me ocorre o temor de que tudo o que estamos vendo com assombro seja, sem que o saibamos, a modernidade de que falamos sem saber o que de fato é, ou pode ser.

Quem sabe a ação partidarizada de inúmeros juízes e procuradores da República, o apelidado Partido da Justiça, é a moderna ruptura com a hipocrisia do apartidarismo entre togados?

As grosserias com que Gilmar Mendes e Rodrigo Janot se comunicam podem ser a negação moderna das falsas mesuras emanadas das togas. Recusa que inclui até o meio termo vigente no Congresso, com os desaforos intercalados por “vossas excelências” mútuas. Mendes e Janot não se enfrentam como facções da partidarização judicial.

É certo, porém, que o procurador-geral é crítico da proximidade de Gilmar com Temer, por exemplo. E o ministro se exalta com investidas do Ministério Público em certas áreas empresariais e políticas. Ambos são contribuintes ativos da partidarização no Supremo e na Procuradoria da República. Realçada, outra vez, nos últimos dias.

Os argumentos lançados pelo juiz que fechou o Instituto Lula são aplicáveis, até com mais justeza, à Petrobras. Se no instituto foram tramadas negociatas, como presume o juiz brasiliense, na estatal essa atividade está mais provada que em qualquer outra parte do país. E há muito mais tempo e volume.

Ao menos por coerência pessoal, o juiz deveria fechar a Petrobras. Assim como os restaurantes, hotéis e escritórios preferidos pelas tratativas da corrupção de políticos, administradores públicos e empresários. O juiz, no entanto, ficou nos limites da regra: criação de fatos contundentes nas vésperas de atos da Lava Jato para a incriminação progressiva de Lula.

A transferência do depoimento de Lula, do dia 3 para o 10 de maio, feita por Sergio Moro também foi pouco criativa na motivação invocada: era preciso mais tempo para organizar o policiamento necessário às manifestações previstas. Nenhuma polícia precisaria de sete dias para planejar barreira de estrada e o cerco a um prédio.

O adiamento foi para esperar a pesada e contraditória delação de Renato Duque contra Lula e as de dirigentes da empreiteira OAS, carreando de quebra as delações de João Santana e sua mulher.

A fragilidade das motivações expostas não resiste às evidências. Ainda mais quando uma militante da direita extremada faz as vezes de juíza. Caso de Diele Zydek, que proibiu a montagem em Curitiba dos manifestantes esperados. Escrevo enquanto Lula depõe e a expectativa das manifestações não sugere suas perspectivas.

Mas as restrições adotadas em Curitiba, só elas, sem dúvida já agrediram a liberdade de manifestação pública. Esses abusos estão crescendo em número e em ação. Manifestações políticas dependem dos lugares onde ocorram.

A restrição à sua liberdade começa por deslocamento forçado da área que lhes é permitida. Depois vem a violência policial, trazendo como uma das consequências o estímulo às arruaças e depredações.

Na briga entre Gilmar Mendes e Rodrigo Janot, só resta torcer pelo empate. São dois modernos mal compreendidos ou dois retrógrados demais. E seria bom se não representassem o movimento que ameaça o Judiciário de equiparar-se à desmoralização dos seus dois coadjuvantes nos Poderes.

Publicado em Sem categoria | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Krum, premiadíssima montagem da Cia. Brasileira de Teatro em parceria com Renata Sorrah, estreia em Curitiba

© Nana Moraes

Até que ponto é possível sonhar a mudança? Será que estamos condenados a repetir indefinidamente os mesmos ritos incompreensíveis, a viver uma sucessão interminável de casamentos e funerais que, vistos sem ilusões, não significam nada? Por que continuar? Para que continuar? Essas são questões que a peça KRUM, do dramaturgo israelense Hanoch Levin (1943-1999), encenada pela primeira vez no Brasil pela companhia brasileira de teatro, de Curitiba, sob a direção de Marcio Abreu, traz para o palco. A montagem estreou em março de 2015, no Rio de Janeiro e circulou por Belo Horizonte, São Paulo, São José do Rio Preto, Salvador, Porto Alegre e agora, finalmente, chega a Curitiba, no Teatro Guairinha. Serão apenas dez apresentações, de 11 a 21 de maio, de quinta, sexta e domingo, às 20h e aos sábados duas sessões: às 18h e 21h/ com preços populares, R$30 e R$15. A montagem consolida a parceria da companhia brasileira de teatro com a atriz Renata Sorrah.

KRUM é uma peça com dois enterros e dois casamentos. Não existem grandes feitos, tudo é ordinário. Entre as duas cerimônias, acontece uma sequência de cenas curtas, o quadro da vida dos habitantes de um bairro remoto. “É uma peça sobre pessoas. O que está em jogo é a matéria humana. Habitam o mundo de Krum seres pequenos, sem pudor na palavra, vivendo sob um teto baixo. Há um olhar, ao mesmo tempo, cruel e generoso sobre vidas mínimas ou, como em Tchekhov, sobre o que existe de mínimo no ser humano”, sublinha Marcio.

A peça tem início com o retorno ao lar do personagem-título, que, depois de perambular pela Europa em busca de experiências e quiçá de aprendizado, volta para casa – na periferia de uma cidade– de mãos vazias. Ao chegar, Krum confessa que não viu nada, não viveu nada, que nem mesmo no estrangeiro foi capaz de encontrar o que buscava.

Ao recusar a possibilidade de qualquer transformação existencial e de qualquer escapatória de um mundo onde o céu parece sempre tão baixo, o ar tão pesado e as estruturas sociais tão opressoras, Krum questiona a existência e a partir de tais  questionamentos a peça apresenta o reencontro do recém-chegado com os curiosos habitantes de seu mundo: sua mãe, seus amigos, a antiga namorada e os vizinhos. Breves episódios de suas vidas desenrolam-se diante dos espectadores, que são instados a se identificar com a perspectiva distanciada e irônica de Krum. “O fim está no começo e, no entanto, continua-se”, as palavras de Beckett descrevem com perfeição o princípio estrutural de Krum.

A companhia brasileira de teatro e Renata Sorrah Continue lendo

Publicado em Sem categoria | Com a tag , , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Mural da História

Publicado em mural da história | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Benett

© Benett – Gazeta do Povo

Publicado em Benett | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Fraga

Publicado em fraga | Com a tag , , , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Orlando Pedroso

Publicado em Orlando Pedroso | Com a tag | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Benett

© Benett – Gazeta do Povo

Publicado em Benett | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter

Estava tudo pronto: maquiador, continuísta, claquete, diretor de fotografia, editor, iluminador, elenco de apoio, diretor da fita. Só não deu tempo de preparar o cenário, pois a agenda de filmagem vinha incerta. O produtor executivo queria algo branco-e-preto, gênero film noir, algo nouvelle vague. Acontece que o ator principal, sentindo-se um Marlon Brando, meteu-se a dar pitacos na produção.

Não será nesta, nem será nas seguintes 86 tomadas, apenas com o elenco, que a produção terá o requinte exigido pela entourage do ator principal. Entourage, em tempo, vem do francês, e significa equipe, turma, grupo; pode ser traduzida, conforme o caso, para pandilha, quadrilha, malta, asseclas. O enredo original da película legitimava esta última tradução.

Cinema, pensa a maioria, é arte do diretor, do roteirista e dos atores. Pode ser, mas primeiro que tudo, é indústria, e indústria busca o produto bom para o mercado, a custo competitivo, que dê lucro. Portanto, quem manda no filme é o produtor e não é raro que ele decida retalhar o filme, deturpando o que fizeram diretor e roteirista. Ou mesmo deixe o filme na prateleira, fora do mercado.

É o que acontece hoje na locação da avenida Anita Garibaldi. O astro tinha tudo preparado, falas memorizadas, até a improvisação ensaiada (!). O produtor decidiu que não haverá filmagem, mas audição com fotos, rápidas, na verdade um teste para possível filmagem. Decisão peremptória, autoritária, do produtor, que só não poderá impedir, fora do set, gritos e vaias ao consagrado ator.  

Rogério Distéfano

Publicado em Pensando bem... | Com a tag , | Deixar um comentário
Compartilhe Facebook Twitter