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Em Brasília…
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Preocupada com a Lava Jato, premiê da Noruega cobra ‘limpeza’
© Myskiciewicz
Após encontro com Michel Temer, Erna Solberg pediu soluções para a corrupção no governo brasileiro e anunciou cortes no apoio à preservação da Amazônia
O presidente Michel Temer foi colocado em uma saia justa nesta sexta-feira durante encontro oficial com a primeira-ministra da Noruega, Erna Solberg, em Oslo. A premiê teceu duras críticas sobre a corrupção no país e repreendeu o Brasil pelo aumento do desmatamento das florestas tropicais, durante entrevista conjunta após a reunião. Solberg ainda anunciou que seu governo irá reduzir o investimento no fundo de proteção da floresta Amazônica.
“Estamos preocupados com a Lava Jato. É preciso fazer uma limpeza e encontrar uma solução”, afirmou Solberg a jornalistas, ao lado de Temer. Segundo ela, o Brasil vive uma época de “desafios” e “turbulência”. Atualmente, a Noruega também investiga empresas que teriam pagado propina a ex-diretores da Petrobras e executivos que manteriam contas no exterior.
Temer, desconcertado com as críticas da premier, se confundiu ao tomar a palavra para seu discurso. Em vez de anunciar sua visita ao Parlamento norueguês e seu encontro com o rei do país, o peemedebista disse que iria ao “Parlamento brasileiro” e falaria com o “rei da Suécia”. Mesmo com os comentários de Solberg, porém, Temer tentou convencer a Noruega de que o Brasil não passa por uma crise. “As instituições funcionam com regularidade extraordinária e liberdade”, afirmou. “A democracia é algo plantado formalmente pela Constituição e praticada na realidade”. Veja.com
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Personagens paulistanos queridos (que tanto merecem nosso sarcasmo)
Tati Bernardi – Folha de São Paulo
Os sonhadores desempregados – Como tem gente que sonha nessa cidade. Sobretudo, em sair dela. Sonham escrever e não têm uma única tentativa rabiscada. Sonham, corajosos, desbravar os quatro cantos desse planetinha, mas estremecem ao pensar numa profissão e em ser alguém para além de devaneios e bicos. Para eles, se enterrar na frente do computador, sem ver de perto o drama na Síria ou como vivem os esquimós, é jogar uma vida no lixo. Nunca entendi como tantas festas em Barcelona são sinônimos de compreender in loco as mazelas, as tensões políticas e a complexidade humana mundial. SONHAR, esse verbo tão usado por gente chatérrima! “Meu sonho é escrever comédia.” Então desista, amigo. O humor é incompatível com comercial de faculdade. Os sonhadores paulistanos (vulgo mendigos do seguro-desemprego na Europa) temem ver os pais envelhecendo, os amigos virando tios flácidos com churrasqueiras. Tanto querer e só conseguem colecionar fotos de pontes com rios.
As socialites do perrengue – Gente que poderia estar numa executiva indo pra NY mas está dormindo no chão de uma cabana. Nada contra experiências espirituais, mas me refiro a uma gente um pouco mais superficial. E dá-lhe Instagram da pessoa, com um maiô que custou R$ 989, nadando com nativos, toda cagada de inseto, a cara abatida e desesperada: #melhorviagem. “Eu quase morri” é a marca caríssima que eles trazem na bagagem. Bolsas Chanel, ficou pequeno pra vocês. A experiência de ter sofrido muito e sentido bastante incômodo e infelicidade e dengue e febre amarela e diarreia macabra é o que eles vão exibir no evento fechado no Jockey. Os perrengues são mais eternos que os diamantes.
Os playboys do Santo Daime – O convite dizia “venham chamemorar com a gente”. Seu motorista o levou. “Tragam café da manhã”: então ele comprou pequenos brioches, iogurte tipo A com amoras. Na hora de dançar no círculo, entoando algo sobre “eu glorifico o índio em mim”, lembrou dos passinhos que arriscava, também em grupo, na finda boate Krypton, obviamente no Itaim. E se entregou. Imitou um robô com um dos braços soltos e quase foi expulso pelo xamã. Pensou em seu sobrenome, pensou no sobrenome do Xamã: jamais poderia ser expulso. Vomitou em sua camisa tão fina, em seu sapatênis tão descolado, por três vezes seguidas. Também se cagou. Viu várias pessoas vomitando e se cagando. Entre atores conhecidos, “gente comum” que ele trombava em grupos de corrida. Era realmente legal estar ali? Ele de fato entrara em contato com seus traumas mais profundos ou era apenas muito parecido com peixe estragado e síndrome do pânico? Antes tentou Freud (por algumas semanas) mas fritar sozinho não era diiiver, meeeo. Viu monstros escondidos nas árvores e pensou em seu sobrenome. Pensou no sobrenome dos monstros. Tava tudo bem.
A esquerda que pirou mas não deixa de ir ao pilates – Posso sacanear meu micromundo? Posso. Algumas das minhas amigas (que odeiam o machismo mas são sustentadas pelos maridos machistas) pararam de trabalhar porque engravidaram (os filhos já têm pra lá de oito anos e um grande staff) e passam o dia pregando LUTA feminista nas redes sociais. Achei que falta de noção melhorava com a idade mas, recentemente, conheci uma chique e fervorosa senhora militante. Ficamos amigas porque ela me achou “bastante de esquerda” em um texto e puxou papo na feira dos orgânicos. Depois me considerou “nem tão de esquerda assim” em outro texto e passou a me virar a cara. Um dia postou: “não preciso de homem pra nada!” e recebeu 2.376 likes. Bem menos do que as mesadas que, me confidenciou, recebia do ex-marido ricaço e do pai morto milionário.
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Fraga
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Caco Galhardo
Folha de São Paulo
Falta uma – Araquém Alcântara, 65, é o que se chama ‘fotógrafo da natureza’. Sua especialidade, as onças brasileiras, apanhadas no hábitat, em ação. Fotos lindas, estão no Uol. Alguém precisa avisar Araquém que seu álbum está incompleto, pois falta a mais irada de todas as onças brasileiras: Rafael Valdomiro Greca de Macedo.
Renuncie, então – O príncipe Harry, neto da rainha, filho e irmão dos futuros reis da Inglaterra, diz que na família Windsor ninguém tem vontade de ser rei ou rainha. Então podia sugerir aos desinteressados que desistissem dos títulos, dos palácios, dos serviços e das pensões do Estado. O moço parece político brasileiro, para quem o mandato é um peso que justifica as mordomias. Duvido que se não fosse príncipe estaria namorando Megan Markle, a estrela da série Suits.
Aqui, não – O ministro Gilmar Mendes está à beira do ataque de nervos. Ontem teve um piti na sessão do STF em que se decidiu manter Édson Fachin relator do caso JBS: Gilmar discutiu com o colega Luís Roberto Barroso, levantou-se e foi ao gabinete, retornando após o intervalo. Discordar fora dos autos, em entrevistas, é fácil. Lá dentro é que são elas.
Amadores – A delegacia de furtos e roubos de cargas bateu na churrascaria do Pinheirinho e prendeu a quadrilha – na realidade uma tredrilha, pois eram três elementos – que roubou e distribuiu quatro toneladas de carnes. É o mau exemplo da Friboi, desta vez com amadores.
Defina, por favor – Lula declara que irá “às últimas consequências” para provar sua inocência nos processos da Lava Jato. É a segunda vez na semana que a expressão surge por aqui, a primeira pelo deputado Ney Leprevost. Será que esse povo alcança o ponto a que podem chegar nas “últimas consequências”? Não, claro que não, é apenas o gosto brasileiro pelo bombástico.
Tiro ao Álvaro – Nessa quadra triste e trágica da política brasileira, instalada no fervo brasiliense, eu me volto ao centro geográfico do país e pergunto, “cadê Álvaro Dias”? Ele, sabem, o senador que a gente esqueceu de quantas vezes elegeu, ele, que em tempos amenos adora dar pitacos sobre o que acontece em Brasília. Qual o quê, nessas horas o senador é que nem cachorro em dia de tormenta: corre para se esconder debaixo da casa. Não é defeito, também corro. Mas também não fui eleito para ser valente. Álvaro, sim.
Os mineiros, aquele pessoal da Andrea Neves, dizem que o esperto acaba comido pela própria esperteza. Não é o caso de Álvaro, que só finge ser esperto. Ele não é esperto, é prudente, quem o conhece sabe disso. Mas o resultado acaba o mesmo: Álvaro ainda será comido pela prudência. Logo ele, bacharel em História, pós-graduada em impostação vocal. Faltou as aulas sobre a Revolução Francesa, no ponto sobre Jean-Paul Marat, que fez da audácia sua filosofia de ação política. É isso, Álvaro não tem audácia.
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Com a tag blog do zé beto, Pensando bem…, Rogério Distéfano
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Tempo
Ligia Kempfer em Buenos Aires, 1994, na exposição itinerante dos vencedores do Salão Internacional de Humor de Piracicaba. © Myskiciewicz
O segredo das joias
Ruy Castro – Folha de São Paulo
RIO DE JANEIRO – Com o ex-governador Sérgio Cabral é assim. Levanta-se uma folha de seu inquérito na Polícia Federal e piscam novos anéis, brincos e colares, comprados com dinheiro público, em espécie e à vista, para adornar dedos, orelhas e pescoço de Adriana Ancelmo, sua mulher. Pelas últimas contas, são 189 joias e pedras preciosas às mancheias.
É de se perguntar quantos dedos ou orelhas não teria a dita senhora ou quantos anos levaria para desfrutar aquilo tudo, à média de uma peça por dia. Um recém-chegado de Júpiter, desinformado sobre nossos políticos, talvez enxergasse uma grande paixão nesse tesouro de Ali Babá que Cabral despejou sobre madame.
Nos anos 60, falou-se isso do ator Richard Burton, que cumulava de joias Elizabeth Taylor, a ponto de os fotógrafos já dispensarem os flashes para fotografá-la, tantos os pingentes, colares e tiaras brilhando em sua cabeça. As elites europeias viam naquilo uma grande cafonice, mas Burton presenteava sua mulher com seu dinheiro.
Sérgio Cabral exercia sua cafonice com nosso dinheiro. Idas quinzenais a Londres ou Paris, lautos rega-bofes com os sócios, conta-corrente em alfaiates da nobreza e, na volta ao Rio, sempre vergado ao peso de tantas malas —tudo isso traía o jeca, o deslumbrado, incapaz de habituar-se ao dinheiro que passou a entrar-lhe às fábulas, subtraído dos investimentos contratados pelo Estado.
Das joias compradas por Cabral para Ancelmo, só 40 foram localizadas até agora. Onde estão as outras? Em segredo? Mas não há segredo. Estão em todos os contratos feitos com renúncia fiscal, no dinheiro que deixou de entrar em troca da propina e nas benesses para amigos à custa dos cariocas e fluminenses que confiaram nele. O valor total é o da quebradeira do Rio. As joias não passam de uma reles lavanderia de 18 quilates.
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Com a tag Ruy Castro- Folha de São Paulo, sérgio cabral
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Servidores de todos os bairros, desuni-vos.
Quem não leu, lamento, perdeu um grande momento: a entrevista de Rafael Greca sobre a resistência a seu pacote de bondades, entrevado na câmara dos vereadores. Parecia outro homem. Melhor, parecia um homem público na mais pura e vera acepção, ousaria aqui a resgatar e atribuir-lhe o mérito que Jânio Quadros negava a Paulo Maluf, o de ser “um varão de Plutarco”. Vale a pena ler o livro, e não me meto a fazer resenhas no blog, que tem gente melhor neste espaço virtual que faz isso.
Não era Rafael, era Greca. Sereno, coerente, linear nas ideias e nas palavras, assertivo quanto aos problemas que tenta resolver. Li duas vezes e pensei: entrevista dada por escrito, revista por três assessores, o político, o de imprensa e o de relações públicas – mais uma das tias, dando um chega-pra-lá em Minha Margarita. Insisto, não era esse o Rafael com quem convivemos desde seus tenros vinte anos, quando estreou como campeão da reforma da Catedral Metropolitano, terçando cores e frisos com padres e arquitetos.
Sou meio influenciável, até ingênuo, fácil de ser levado na conversa e meio que vacilei a pensar que, afinal, o prefeito estava certo. Então tudo voltou ao pastel, aquilo não era Greca, era Rafael. Com ele e seu mestre de ocasião Roberto Requião não tem erro, é aquela coisa de toco na enchente, vão indo bem até certo ponto e dali em diante começam a enroscar no que vem pela frente. Aconteceu com o prefeito, no caso nosso velho Rafael de tantos motejos e gracejos, quando logo no dia seguinte voltou a falar sobre a resistência a seu pacote.
Nosso Rafael começa por criticar o viés ‘ideológico’ de sua oposição na câmara. Concordo, ele é daqueles que no geral falam antes de pensar, vítima de uma incontinência estética de maravilhar-se com a forma e desdenhar o efeito, ou pior, de confundir a forma com o efeito, o que em seu caso dá no mesmo, qual seja, em nada. Um perigo quando um político saca a ideologia no jogo parlamentar e democrático. Ou não sabe o que é ideologia ou, pior, sabe o que é ideologia, que para nosso consumo é a essência da vida política.
Não ousaria dizer que Rafael é marxista de última hora e de conveniência, pois Marx definiu ideologia como a consciência das relações de domínio entre as classes sociais. Não, isso não é Rafael, chama-lo de marxista seria o mesmo que defini-lo como faquir. Seria então um fascista de outra margem, que repudia qualquer oposição, a meio caminho do totalitarista que sonha a sociedade como uma horta de repolhos, todas as cabeças iguais? Também não, isso ainda não é Rafael. Então, qual Rafael briga com a câmara?
Quem ainda não percebeu pode chispar daqui. É o velho Rafael de sempre, mimado, vaidoso, orgulhoso, impérvio às contrariedades e às críticas, o afilhado preferido da madrinha. Querem a prova? Dou-lhes, está na antepenúltima entrevista, aquela em que lançou o terror sobre os servidores em greve e políticos da oposição: não aprovado seu pacote, não haverá salários até dezembro. Quem faz isso? O menino que é dono do campo, da bola e das camisas; ou ele faz gol, é juiz e capitão do time ou encerra o jogo, todo mundo para fora.
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Com a tag blog do zé beto, Pensando bem…, Rogério Distéfano
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República dos Bananas em greve
Organizados pelo meio redator e semi-cartunista João Fiorot (vulgo Jão), a equipe do República dos Bananas resolveu parar de bater ponto por questões estruturais. Jão reclama que o Aran anda falando muito mal do Lula, cujo único crime foi roubar os nossos corações. Por outro lado, Túlio afirma que Aran deveria dedicar mais tempo ao molusco da massa. Túlio e Jão só se comunicam por pombos correios já que o Sedex nunca funciona.
Jotapê Jorge, enrolada com a faculdade, reclama que os rendimentos do site não cobrem nem as suas xerox. Nelson Moraes afirma que a linha de conexão espiritual de Pai Sigmund está cortada por falta de pagamento.
Por fim, Renzo Mora está de boa, mas queria uns cascalhos a mais por fora.
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Com a tag República dos Bananas
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Дерьмо!
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Com a tag Ayrton Baptista Junior, michel temer, Rússia, Tusquinha
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Ele não serve como exemplo
Peço licença para me retratar perante o distinto público, antes que caia sobre a minha cabeça a fúria dos deuses do Olimpo. Na semana passada, ao maldizer a conduta e o voto do ministro Gilmar Mendes, no deplorável julgamento da chapa Dilma-Temer, pelo TSE, dei graças aos céus por ainda existirem juízes como Herman Benjamim, Rosa Weber e Luiz Fux. Urge que eu retire da relação o citado Fux.
Depois do escrito e publicado, arrependi-me, pois me lembrei de que o indigitado ministro Luiz Fux não pode nem deve ser apontado como exemplo de julgador. Foi bem na discussão da legalidade da eleição do preemedebista acoplado à petista, mas tem, na carreira judicante, alguns nódulos que emporcalham a sua trajetória.
Cito apenas um, suficiente para justificar a retirada do meu louvor: a decisão de s. exª. de conceder, nos idos de 2014, o auxílio-moradia para toda a magistratura federal, seguida da investida da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) pleiteando a extensão do belo benefício a todos os juízes do Brasil – o que, de fato, ocorreu, com a ajuda do Conselho Nacional de Justiça.
Essa bondade é um dos absurdos que enodoam e desonram a toga dos eminentes magistrados, desgastando-a, sobretudo, perante a opinião pública – fato, aliás, reconhecido por boa parte dos próprios beneficiados.
Como observou na época o jornalista Rodrigo Deda, na falecida edição impressa da Gazeta do Povo, a concessão do ministro Fux começou por descumprir a emenda constitucional 19/1998, introdutora do § 4º do artigo 39 da Constituição Federal, que impede membros de poderes de receber qualquer outra vantagem adicional remuneratória que não seja o vencimento.
Fux, não obstante, por via tortuosa, vislumbrou um inexistente caráter indenizatório no auxílio-moradia, imune, portanto, aos efeitos do § 4º, ao limite salarial, a desconto previdenciário e à cobrança de impostos. Ora, indenizatório, como o próprio nome está a dizer, significa indenização, ressarcimento por prejuízo causado ou recebido. Além do que, pressupõe tempo determinado, finito. Bem diferente do caráter pretendido pelos eminentes magistrados e deferido pelo ministro Fux. E assim os homens da capa preta passaram a perceber (e continuam percebendo) um acréscimo remuneratório, indiscriminado e pré-fixado, independente, inclusive, do fato de já possuírem residência própria.
Quer dizer, com seu contorcionismo decisório, o exmo. Ministro Fux não apenas vitaminou os holerites de magistrados, procuradores, membros do Ministério Público e conselheiros dos tribunais de contas, esses últimos agraciados em nome de uma tal de “simetria”, como atropelou a lei maior e prestou um enorme desserviço à sociedade brasileira que paga a conta.
Por isso, não pode nem deve ser citado como exemplo de julgador e seu nome é deletado do texto por mim escrito e aqui publicado em 13 de junho corrente.
Perdoe-me pela impropriedade, mestre Zé Beto. Na minha idade, apesar do cuidado, isso às vezes acontece. Esqueci-me de que uma pessoa não pode ser julgada por um único ato e que é sempre temerário elogiar homens públicos e autoridades, ainda que usem togas ou becas.
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Com a tag blog do zé beto, Célio Heitor Guimarães
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Piauí
© Cesar Marchesini
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Com a tag Cesar Marchesini, fundação nacional do humor, salão internacional de humor do piauí, teresina
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Fiquei olhando os pés do terapeuta. Ele calçava sandálias, mas com meias listradas em branco e preto. Entrei no túnel do tempo, como no velho seriado da televisão. E falei descontroladamente, sem que viesse uma orientação da alma ou da cachola. Sim, eram aquelas meias nos pés de um jovem doutor vestido de uma forma impecavelmente elegante no resto do corpo que me conduziam. Até a descoberta da inexistência de Papai Noel veio. Assim como meu choro, porque nunca ganhei nada e me torturava ver as crianças da vizinhança mostrando seus brinquedos no dia seguinte. Paixões, amor, sexo, taras contidas… e meu olhar fixos naqueles dois pés imóveis. Então, o dedão do pé direito fez um movimento. Foi como o sinal que os hipnotizadores dão para que suas cobaias voltem à realidade. Olhei o doutor. Ele disse que minha hora tinha acabado. Paguei com cartão de crédito.